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Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

Um breve mapa mental com alguns dos principais tópicos das invasões estrangeiras! Fonte: 

Vamos embarcar em uma viagem pela história do Brasil colonial e descobrir as diversas influências estrangeiras que moldaram nosso país como o conhecemos hoje. A primeira coisa que precisamos entender é que o Brasil não era apenas um território sob o domínio português. Na verdade, foi um território muito disputado!

Durante os séculos XVI e XVII, o Brasil colonial viu a chegada de muitos 'visitantes' indesejados. Piratas e corsários ingleses, bem como invasores franceses e holandeses, desafiaram o domínio português na região. Mas o que exatamente os levou ao nosso território? Bem, alguns vieram em busca de riquezas fáceis, enquanto outros vieram por motivos políticos ou comerciais. Vamos entender melhor cada caso:

Você pode estar se perguntando qual é a diferença entre piratas e corsários. Bem, ambos são basicamente saqueadores. A diferença está em quem eles representavam. Enquanto o pirata agia de maneira independente, apenas por conta própria, o corsário tinha o apoio oficial de um governo ou entidade. Eles eram como piratas patrocinados!

Os primeiros 'visitantes' ingleses foram os corsários, que começaram a chegar na década de 1530. Um deles foi William Hawkins, um negociante de escravos, que viajou ao longo da costa brasileira e trocou mercadorias com os índios. Outro notável corsário foi Thomas Cavendish, apelidado de "lobo do mar", que estava a serviço da rainha Elizabeth I da Inglaterra.

No entanto, as incursões inglesas se intensificaram na segunda metade do século XVI, principalmente devido ao aumento dos conflitos religiosos na Inglaterra e ao interesse comercial pelas novas rotas marítimas. James Lancaster foi o primeiro pirata inglês a chegar ao Brasil em 1587, e em 1595, ele conseguiu tomar o porto do Recife, saqueando a região por mais de um mês e levando uma grande quantidade de pau-brasil de volta para a Inglaterra.

Agora, vamos explorar o papel dos franceses no Brasil colonial. Os franceses tiveram duas invasões significativas no Brasil, e apesar de não terem conseguido se estabelecer por muito tempo, certamente deixaram sua marca na história do país.

Os franceses eram como os "convidados não convidados" na festa que Portugal e Espanha estavam organizando no Novo Mundo. O Tratado de Tordesilhas, que dividia o Novo Mundo entre os dois países, deixou os franceses e outras nações de fora. Isso não impediu os franceses de fazerem suas visitas, estabelecendo colônias temporárias no Rio de Janeiro, chamada de França Antártica, e no Maranhão, conhecida como França Equinocial.

Aqui vale lembrar que os franceses, assim como outros europeus, estavam interessados nas riquezas naturais do Brasil, como o pau-brasil, a pimenta nativa e o algodão. Isso sem mencionar a oportunidade de expandir seu território e influência.

A primeira incursão francesa foi liderada por Villegaignon. Ele e seus homens desembarcaram na baía de Guanabara em novembro de 1555 e estabeleceram a França Antártica. Eles eram espertos e fizeram alianças com os índios tamoios locais, ajudando-os a lutar contra os portugueses.

No entanto, os portugueses, liderados pelo governador-geral Duarte da Costa, não ficaram parados. Após várias tentativas, eles finalmente conseguiram expulsar os franceses em 1567, com a ajuda de Estácio de Sá, jesuítas, colonos e algumas tribos indígenas locais, além de reforços enviados de Portugal.

Depois de serem expulsos do Rio de Janeiro, os franceses mudaram de foco e voltaram sua atenção para o norte do Brasil. Em 1612, sob o comando de La Touche, eles estabeleceram o forte de São Luís no Maranhão, batizado em homenagem ao rei francês Luís XIII. Esta nova colônia foi chamada de França Equinocial. No entanto, a presença francesa no Maranhão também foi breve, pois eles foram expulsos três anos depois por uma aliança entre portugueses e espanhóis, com a ajuda dos índios tremembés.

Agora, vamos falar sobre os holandeses e sua influência no Brasil durante o século XVII. Assim como os franceses e os ingleses, os holandeses também tentaram estabelecer seu controle sobre partes do território brasileiro. A principal área de influência holandesa foi a região Nordeste, principalmente Pernambuco, onde deixaram uma contribuição cultural significativa.

As primeiras incursões holandesas: 1624-1625

Em 1624, os holandeses fizeram sua primeira tentativa de invasão no Brasil. Eles miraram diretamente na cidade de Salvador, Bahia, que era a sede do governo-geral do Estado do Brasil. No entanto, os holandeses encontraram forte resistência. Os habitantes luso-brasileiros, com um forte senso de defesa, conseguiram impedir o avanço dos invasores para o interior do país, conseguindo expulsá-los definitivamente no ano seguinte.

No entanto, os holandeses não desistiram tão facilmente. Eles voltaram a ameaçar Salvador em 1627, saqueando diversos navios no porto da cidade.

Seis anos depois, os holandeses mudaram de estratégia e decidiram invadir Pernambuco. Isso fez sentido, pois Pernambuco era uma região rica, cheia de engenhos de açúcar. Os holandeses, após conquistarem a região, renomearam-na para Nova Holanda.

A invasão holandesa pode ser dividida em três partes:

Vamos agora aprofundar mais um pouco em alguns aspectos do governo de Maurício de Nassau, a expulsão dos holandeses e as consequências da disputa com eles.

O governo de Maurício de Nassau: 1637-1644

Em 1637, João Maurício de Nassau chegou ao Recife com o título de governador e comandante-em-chefe, a convite do governo holandês e da Companhia das Índias Ocidentais, uma empresa recém-criada que detinha o monopólio sobre o comércio nas colônias europeias na América. Nassau estabeleceu uma relação favorável com os senhores de engenho, concedendo-lhes empréstimos e adiando o pagamento de dívidas em troca de apoio político.

Durante o governo de Nassau, foram implementadas várias medidas econômicas, político-administrativas e culturais. Ele promoveu uma política de tolerância cultural e religiosa, permitindo a prática de cultos religiosos indígenas e africanos. Ele trouxe consigo um grupo de pintores, desenhistas, astrônomos, médicos, arquitetos, escultores e outros cientistas e artistas da Holanda, que foram os primeiros a explorar e documentar sistematicamente o cenário natural e humano do Brasil colonial.

As relações de Nassau com os senhores de engenho acabaram prejudicando a Companhia das Índias Ocidentais, levando à sua demissão e partida do Recife em 1644. Em seguida, a Companhia assumiu a administração da colônia holandesa. A resistência contra a presença holandesa aumentou, culminando na Insurreição Pernambucana e na eventual derrota dos holandeses em 1654. Portugal e a Holanda chegaram a um acordo em 1661, que estabelecia uma indenização a ser paga aos holandeses pelos investimentos feitos no Brasil.

Consequências da disputa com os holandeses

As lutas contra a Holanda foram impulsionadas pela União Ibérica, período em que Portugal ficou sob domínio espanhol. Após o fim da ocupação holandesa no Brasil, Portugal e o Brasil tornaram-se dependentes do capital inglês, como resultado do apoio que os ingleses deram aos portugueses tanto na luta contra os holandeses quanto nas disputas contra os espanhóis pelo trono.

Os holandeses, usando os conhecimentos que adquiriram no Brasil, passaram a produzir açúcar em suas possessões nas Antilhas, competindo diretamente com a produção de açúcar no Nordeste do Brasil. Alguns historiadores também sugerem que a expulsão dos holandeses contribuiu para o surgimento do nativismo pernambucano.