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Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

Relevos continentais e oceânicos. Fonte: 

Na aula de hoje, vamos abordar o conceito de relevo, sua relevância e os diferentes tipos que existem. Como vimos na aula passada, a tectônica das placas desempenha um papel fundamental na formação do relevo terrestre. Vamos retomar um pouco disso hoje.

O relevo consiste nas formas da superfície do nosso planeta, sendo influenciado tanto por agentes internos quanto externos. Em termos mais simples, o relevo é como a crosta terrestre é moldada. Quando falamos sobre relevo, estamos falando sobre diferenças, tanto de forma como de altitude, em relação ao nível do mar. Essas diferenças estão relacionadas com a constituição, origem, estágio e idade do relevo.

Agora, vamos falar sobre os diferentes tipos de relevo.

Um mapa mental com alguns relevos continentais! Fonte na própria imagem.

Os tipos de relevo são os aspectos variados da superfície do nosso planeta. A formação desses diferentes tipos de relevo se deve à ação dos agentes internos ou endógenos - que acentuam o relevo - e também dos agentes externos ou exógenos - que atenuam e esculpem o relevo. O relevo pode apresentar diversas formas, como cadeias de montanhas, serras, planaltos, planícies e depressões.

, por exemplo, são elevações do terreno, geralmente formadas por agrupamentos de morros. Muitas vezes, são formadas por agentes internos, ou seja, por forças tectônicas que movem as placas da Terra. No entanto, existem montanhas que são muito antigas e que não estão mais em processos de construção, e sim de erosão. A Cordilheira do Himalaia é a mais alta cadeia de montanhas do mundo e foi formada devido à colisão entre a placa indiana e a placa eurasiana.

 são relevos alongados com topos irregulares, às vezes isolados. Elas são alinhamentos de montanhas antigas que sofrem um processo acentuado de erosão, e que mais tarde sofrem um processo de falhamento. A Serra do Rio Grande do Sul é um exemplo disso.

 são superfícies elevadas, com ondulações suaves, que se destacam em relação às áreas limítrofes. São normalmente delimitados por escarpas. A principal característica de um planalto é que o processo de erosão supera o de sedimentação. O Planalto Central do Brasil é um exemplo típico de planalto.

 são superfícies planas, de baixas altitudes, sendo que a principal característica é justamente a contrária dos planaltos: o processo de sedimentação supera o de erosão. A Planície Argentina é um exemplo de planície.

 são áreas rebaixadas em relação aos relevos circundantes. Sua origem pode estar ligada a processos de erosão ou de afundamentos provocados por falhamentos, como a Depressão localizada em Ponta Delgada, nos Açores.

Alguns tipos de relevos oceânicos. Fonte: 

Agora que discutimos os relevos terrestres, vamos dar uma olhada nos relevos que encontramos nos oceanos. Assim como na terra, o relevo oceânico é diversificado e cheio de características distintas, e é significativamente influenciado pela tectônica das placas.

É importante lembrar que a tectônica das placas é um dos principais agentes endógenos, responsável pela formação de muitos desses relevos, como montanhas e planaltos. Conforme as placas se movem, elas podem colidir, afastar-se ou deslizar uma contra a outra, causando terremotos, formando montanhas e causando muitos outros eventos geológicos. Entender o relevo e a tectônica das placas nos ajuda a entender a história geológica da Terra e como os processos geológicos afetam a vida na Terra.

Um breve mapa mental com alguns aspectos da dinâmica do relevo. Fonte: 

Muito bem, agora que já conhecemos os principais tipos de relevo terrestre e oceânico, vamos discutir um pouco sobre os agentes que atuam na modelagem desses relevos.

Os agentes modeladores do relevo, como o próprio nome sugere, são forças que agem ao longo do tempo - estamos falando de milhões de anos - para formar e moldar o relevo terrestre. Esses agentes são divididos em dois grandes grupos: agentes internos e agentes externos.

, também chamados de endógenos, são processos que ocorrem abaixo da superfície da Terra e que atuam do interior para o exterior. Entre eles estão:

, também chamados de exógenos, são processos que ocorrem na superfície da Terra. Entre eles estão:

Esses processos atuam em conjunto para esculpir e modelar a Terra, criando uma diversidade de paisagens e formas de relevo que vemos ao redor do mundo. Lembre-se de que esses processos ocorrem em escalas de tempo geológicas - estamos falando de milhões de anos - então, as mudanças no relevo não são algo que normalmente vemos acontecer em nossa vida cotidiana. Mas elas são um componente-chave na história geológica de nosso planeta.

Representação dos três principais agentes internos do relevo. Fonte: Prof. 

Vamos agora explorar mais detalhadamente cada um desses agentes internos que influenciam a formação e alteração do relevo.

Também conhecido como diastrofismo, o tectonismo se refere aos movimentos e deformações da crosta terrestre resultantes de pressões vindas do interior da Terra. Esses movimentos podem ocorrer de diferentes formas.

Se as pressões forem verticais, os blocos continentais podem sofrer levantamentos, abaixamentos, ou serem fraturados, gerando o que chamamos de falhas geológicas.

Já quando as pressões são horizontais, ocorrem os dobramentos ou enrugamentos da crosta, resultando na formação de montanhas - o que chamamos de orogênese.

As consequências do tectonismo são vastas e podem incluir a formação de bacias oceânicas, continentes, platôs e cadeias de montanhas.

O vulcanismo se refere à atividade vulcânica, ou seja, o conjunto de processos pelos quais o magma e seus gases associados ascendem através da crosta e são expelidos para a superfície terrestre e para a atmosfera.

Os materiais expelidos pelos vulcões podem ser sólidos (como cinzas e rochas), líquidos (como a lava) ou gasosos. Estes materiais se acumulam em um depósito sob o vulcão até que a pressão se torne tão alta que uma erupção ocorra.

A atividade vulcânica altera e cria novas formas na paisagem, podendo dar origem a montanhas, ilhas e até mesmo platôs. A maior parte dos vulcões ativos na Terra se concentra ao longo do Círculo de Fogo do Pacífico, que se estende desde a Cordilheira dos Andes até as Filipinas.

Um abalo sísmico, também conhecido como terremoto, é um movimento súbito ou tremor na Terra causado pela liberação repentina de esforços acumulados ao longo do tempo. Esse movimento é propagado pelas rochas em forma de ondas sísmicas, que podem ser detectadas e medidas por sismógrafos.

O ponto no interior da Terra onde o terremoto se inicia é chamado de hipocentro ou foco. Já o epicentro é o ponto na superfície terrestre diretamente acima do hipocentro, onde os efeitos do terremoto são mais sentidos.

A intensidade dos terremotos é medida pela Escala Richter, que quantifica a quantidade de energia liberada em cada terremoto.

Esses agentes internos desempenham um papel crucial na formação e alteração do relevo terrestre, modelando a paisagem de maneiras significativas ao longo de milhões de anos.

Erosão e intemperismo: os agentes internos do relevo! Fonte: 

Esse é o primeiro dos agentes internos que estudaremos!

Imagine que você tem um cubo de açúcar. Se você jogar água nele, o que vai acontecer? Ele vai começar a se desmanchar, certo? O mesmo acontece com as rochas, só que esse processo leva muito mais tempo! Esse "desmanchar" das rochas é o que chamamos de intemperismo, ou também de meteorização.

Os três principais tipos de intemperismo! Fonte: 

O intemperismo pode ser comparado a um super-herói com três poderes diferentes: mecânico, químico e biológico.

Alguns agentes causadores de intemperismo físico! Fonte: 

O poder mecânico do intemperismo é como se fosse a força física do super-herói. Ele quebra as rochas em pedaços menores, mas não muda o que as rochas são. É como se você pegasse um biscoito e o quebrasse em vários pedaços - continua sendo o mesmo biscoito, só que em partes menores!

Isso acontece muito nos desertos, onde a temperatura muda bastante, ou em lugares frios, onde a água consegue entrar nas rachaduras das rochas e quebrá-las quando congela. Temos dois tipos principais de intemperismo físico:

 Lembra quando falamos sobre o que acontece nos desertos? Isso é o intemperismo termal. As rochas se expandem com o calor e contraem com o frio, e isso acaba as quebrando com o tempo.

 Esse ocorre quando a água se infiltra nas rachaduras das rochas e depois congela, ou quando sais se precipitam e expandem as fissuras, ajudando a quebrar as rochas.

Os tipos de intemperismo químico. Fonte: @michel_professor.

Agora, o poder químico do intemperismo é como se fosse a habilidade do nosso super-herói de mudar a composição das rochas. Isso é como se você pegasse o biscoito e o transformasse em um cupcake - o que ele era antes muda completamente.

O intemperismo químico acontece mais em lugares com bastante chuva e vegetação, pois eles ajudam a alterar a composição das rochas. Existem diferentes tipos de intemperismo químico, dependendo do que exatamente está causando a alteração:

 É como a ferrugem que ocorre em metais quando estão expostos ao oxigênio.

 Ocorre quando a água se une à rocha e forma um novo mineral.

 Acontece quando os minerais da rocha se dissolvem completamente em ácidos.

 Ocorre quando as rochas que contêm silicatos encontram água e se transformam em uma solução alcalina.

 Acontece em ambientes frios, onde os ácidos orgânicos decompoem os minerais.

 É o poder especial do super-herói de usar bactérias para decompor os materiais orgânicos das rochas!

Outro exemplo de intemperismo biológico é o causado pelo crescimento das raízes! Fonte: 

Mas lembre-se, o intemperismo não é a mesma coisa que erosão! Enquanto o intemperismo é como o nosso super-herói que quebra as rochas ou muda a composição delas, a erosão é como um super-vilão que leva os pedaços de rocha para outro lugar!

E sabe o que mais? Quando esse super-herói do intemperismo trabalha bastante, ele ajuda a formar o solo! O solo é basicamente rocha intemperizada misturada com matéria orgânica, como restos de plantas e animais.

Então, quais são os fatores que tornam o intemperismo mais forte?

 Este é o grande influenciador do intemperismo. Imagine o clima como o instrutor de academia do intemperismo. O instrutor (clima) pode decidir se o intemperismo terá um treino pesado (muita chuva e temperatura) ou um treino leve (pouca chuva e temperatura baixa). Além disso, os ventos, que também são parte do clima, podem provocar mudanças físicas nas rochas.

 Imagine o relevo como a esteira na qual o intemperismo corre. Se a esteira (relevo) é íngreme, a água da chuva não tem muito tempo para ficar em contato com as rochas e as reações químicas são menos intensas. Mas, se a esteira é mais plana, a água tem mais tempo para interagir com as rochas e causar mais reações químicas.

O intemperismo quebra, e a erosão, leva! Fonte: 

Agora que já entendemos sobre o intemperismo, podemos confundi-lo com um outro processo chamado erosão. Mas, eles são bem diferentes, vamos ver como:

 Lembre-se do nosso super-herói com o superpoder de transformar rochas? Pois bem, esse é o intemperismo!

 Agora, imagine um vilão que gosta de desgastar as superfícies e roubar pedaços de rocha para depositá-los em outro lugar. Isso é a erosão!

Então, se você vir uma rocha mudando ou se desintegrando, é o super-herói do intemperismo trabalhando! Mas, se você notar que pedaços de rocha ou solo foram transportados de um lugar para outro, é o vilão da erosão causando problemas!

Vamos imaginar a erosão como uma empresa de mudanças, só que em vez de móveis, essa empresa transporta pedaços de rochas e solo! Ela pega o material que o super-herói intemperismo modificou e o leva para outro lugar, bem longe de sua casa original.

Exemplo de uma gota de chuva causando o deslocamento de partículas de solo junto da ação da gravidade! Fonte: 

Existem diferentes formas de transporte que essa empresa de mudanças pode usar. Ela pode usar a água, como rios, enxurradas e até oceanos, com suas ondas, marés e correntes. Outra opção é o vento, ou até geleiras.

E quando a empresa não consegue mais transportar o material?

Forma-se, então, uma bacia sedimentar! Fonte: 

Nesse caso, acontece algo chamado sedimentação. Isso ocorre quando a empresa (água, vento, geleiras) fica sem energia para continuar carregando o material, e então, eles deixam o material onde estão, formando uma nova camada de solo ou rocha.