Planejativo

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Revolução verde, Transgênicos e Agronegócio

Agricultura no Brasil

Guerra Fria

Organizações internacionais

Blocos econômicos

Nova ordem mundial

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

A Região Sul, menor divisão geográfica do Brasil, se estende por uma superfície de 576.774.310 km², o que equivale a 6,76% da totalidade territorial do país. Esta região se distingue por ser a única localizada fora da Zona Intertropical e por compartilhar fronteiras com três países sul-americanos: Uruguai, Argentina e Paraguai.

Historicamente, a população da região foi formada a partir da chegada de imigrantes europeus, como italianos, alemães, poloneses e ucranianos. A herança cultural desses grupos se manifesta especialmente na arquitetura, gastronomia e danças regionais.

A região é composta por três estados, cada um com sua respectiva capital: 

Economicamente, a Região Sul abriga uma indústria vitivinícola relevante, contribuindo significativamente para a renda regional. Além disso, áreas como Gramado e Canela, na Serra Gaúcha, são conhecidas por suas baixas temperaturas e se destacam como importantes pontos turísticos.

A presença industrial é marcante na região, especialmente entre Curitiba, no Paraná, e Blumenau, em Santa Catarina, bem como na extensão que parte de Porto Alegre e vai até Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Santa Catarina, em particular, é reconhecida como a maior produtora nacional de ostras e mexilhões, cultivados em extensos parques aquícolas.

Além disso, o sul do Brasil é casa de maravilhas naturais, como a Catarata do Iguaçu, no Paraná. Constituída por 275 quedas d'água e situada no Parque Nacional do Iguaçu, foi declarada Patrimônio Natural da Humanidade. Ademais, a Ferrovia Curitiba - Paranaguá, um projeto de 1808 localizado na Serra do Mar e circundado pela Mata Atlântica, representa um dos principais roteiros turísticos do sul do país. A região tem uma economia influente no País, distribuída em vários setores, tais como agropecuária, indústria, extrativismo, turismo, entre outros.

A composição demográfica da região sul do Brasil é fortemente marcada pela herança europeia, resultado da onda de imigração que ocorreu durante o século XIX e início do XX. Grupos significativos de alemães, italianos e açorianos foram para a região, juntando-se a outros contingentes de ucranianos, poloneses, russos e outros povos. Estes imigrantes teceram seus costumes, hábitos culinários, estilos arquitetônicos e até mesmo línguas na trama cultural da região.

Além disso, os imigrantes europeus foram fundamentais no desenvolvimento de um modelo econômico agrícola caracterizado pela posse de pequenas e médias propriedades rurais, onde diversos produtos agrícolas são cultivados. Esta prática de policultura continua a ser uma característica importante da economia da região até hoje.

A Região Sul do Brasil é composta por três estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A história desta região é rica e influenciada por diversos fatores e culturas.

No início, a região era habitada por indígenas de diferentes etnias, como os Kaingang e os Xokleng. A partir do século XVI, com a chegada dos colonizadores europeus, ocorreu um processo de ocupação e exploração do território.

A Região Sul foi palco de diversas disputas territoriais durante o período colonial, principalmente entre Portugal e Espanha. A assinatura do Tratado de Tordesilhas, em 1494, estabeleceu que as terras ao sul do paralelo 46º deveriam ser espanholas, mas essa fronteira foi modificada por diversos acordos subsequentes, como o Tratado de Madrid em 1750.

No século XIX e início do XX, a região recebeu uma grande leva de imigrantes europeus, principalmente alemães, italianos, poloneses e ucranianos. Estes imigrantes, fugindo de dificuldades econômicas e conflitos em seus países de origem, encontraram no Sul do Brasil a oportunidade de começar uma nova vida. A influência desses povos é perceptível até hoje na cultura, culinária e arquitetura da região.

A Região Sul também teve papel fundamental na economia brasileira. No século XIX, o Rio Grande do Sul se tornou grande exportador de charque, que era vendido principalmente para regiões do nordeste brasileiro, onde servia de alimentação para os escravos que trabalhavam nas plantações de açúcar. Já no século XX, a região se industrializou e se destacou na produção de couro, madeira e, mais recentemente, na vitivinicultura.

No campo político, a Região Sul foi palco de importantes conflitos, como a Guerra dos Farrapos (ou Revolução Farroupilha), uma revolta liderada por estancieiros rio-grandenses que durou de 1835 a 1845. Essa revolta, que tinha entre suas reivindicações a descentralização política, é um importante marco na história da região e do país.

Além disso, a região tem grande importância ambiental, abrigando diferentes biomas, como a Floresta de Araucárias e o Pampa, além de importantes parques, como o Parque Nacional de Aparados da Serra e o Parque Nacional do Iguaçu.

A Região Sul do Brasil apresenta uma topografia diversificada e um clima subtropical.

Quanto ao relevo, essa região apresenta desde planaltos até planícies costeiras. No Paraná, destaca-se o Planalto Atlântico, conhecido também como Serra do Mar, que apresenta uma grande biodiversidade. Ainda no Paraná, temos o Planalto de Ponta Grossa e o Primeiro Planalto Paranaense. O estado de Santa Catarina é dominado pela Depressão Central, uma área de planaltos e serras, incluindo a Serra Geral. No Rio Grande do Sul, podemos identificar a Depressão Central, o Planalto Meridional e a Planície Costeira.

No aspecto climático, a Região Sul do Brasil é marcada pelo clima subtropical, que se diferencia dos demais climas brasileiros por ter as quatro estações do ano bem definidas. É uma região de temperaturas mais amenas, sendo que, no inverno, os termômetros podem registrar temperaturas negativas, principalmente nas áreas serranas, com ocorrência de geadas e, ocasionalmente, neve. No verão, as temperaturas podem ser altas, mas são atenuadas pela incidência de chuvas, que são bem distribuídas ao longo do ano.

Além disso, o Sul do Brasil é atingido frequentemente por um fenômeno climático conhecido como "ciclone extratropical", que provoca fortes ventos e chuvas na região, especialmente no inverno. O fenômeno é causado pela interação de massas de ar frio, vindas do polo sul, com as massas de ar quente que estão sobre o continente.

Essas características do relevo e clima influenciam fortemente a vegetação, a fauna e a economia da região, com destaque para a agricultura e o turismo.

A vegetação da Região Sul do Brasil é diversificada, refletindo a variedade de climas e relevo que a região possui. Os principais biomas presentes são a Floresta de Araucárias e o Pampa, além de remanescentes de Mata Atlântica.

A Floresta de Araucárias, também conhecida como Mata de Pinhais, é típica das áreas mais altas dos estados do Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul. Esta floresta recebe esse nome devido à presença marcante da Araucária, uma árvore de grande porte e de grande importância econômica e ecológica. A araucária produz o pinhão, fruto muito apreciado na culinária local.

A Região Sul também abriga parte do bioma Pampa, que se estende pelo estado do Rio Grande do Sul. O Pampa, também conhecido como Campos Sulinos, é caracterizado por vastas áreas de vegetação rasteira, com poucas árvores e grande diversidade de gramíneas. Esse bioma é especialmente importante para a criação de gado, atividade econômica de grande relevância na região.

Além destes, há também na região áreas de Mata Atlântica, especialmente nas encostas da Serra do Mar. Este bioma, um dos mais ameaçados do Brasil, é caracterizado pela grande biodiversidade e presença de muitas espécies endêmicas, isto é, que não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo.

Cada uma dessas vegetações possui uma fauna específica e ambas estão fortemente relacionadas com as atividades humanas na região, desde a ocupação dos primeiros povos indígenas até a chegada dos colonizadores europeus e o desenvolvimento econômico mais recente.

Na Região Sul do Brasil, a atividade pecuária, conduzida de maneira extensiva e intensiva com o uso de tecnologias avançadas, desempenha um papel crucial na economia local.

A região é conhecida pela criação de bovinos, focando tanto no mercado interno quanto na exportação. Além disso, é importante salientar que o Sul do Brasil possui uma das melhores populações de gado leiteiro do país, que é fundamental para impulsionar as indústrias de laticínios.

Além disso, a Região Sul é uma das maiores produtoras e exportadoras de carne suína e de aves. Nesse contexto, a cidade de Chapecó, localizada em Santa Catarina, ganha destaque. Conhecida como a capital da agroindústria, Chapecó abriga grandes instalações industriais especializadas no processamento e exportação de carnes de porco e frango.

A agricultura desempenha um papel essencial na economia da Região Sul do Brasil, apresentando uma diversidade de culturas devido às suas condições climáticas e topográficas variadas.

O Rio Grande do Sul é conhecido como o celeiro do Brasil devido à sua extensa produção de grãos. O estado é um dos maiores produtores de soja e milho do país, além de ser o principal produtor de arroz, cultura que se beneficia das planícies úmidas na metade sul do estado. O Rio Grande do Sul também tem relevância na produção de uvas, especialmente na região da Serra Gaúcha, sendo um polo de produção vinícola.

O estado de Santa Catarina se destaca na produção de maçãs, cebola e arroz irrigado. O estado é o maior produtor de maçãs do Brasil, sendo responsável por quase a totalidade da produção nacional de maçãs. Além disso, Santa Catarina também é um importante produtor de tabaco.

Já o Paraná é um dos líderes na produção de grãos, principalmente soja e milho. O estado é também um grande produtor de trigo, café, cana-de-açúcar e mandioca. O Paraná é reconhecido como o maior produtor de grãos do Brasil, sendo a agricultura uma atividade econômica fundamental para o estado.

A Região Sul também é conhecida pela produção de produtos orgânicos, com várias áreas dedicadas à agricultura sustentável e agroecológica. Além disso, a região é marcada pela presença significativa de pequenos e médios agricultores, influência direta da colonização europeia, principalmente de alemães e italianos, que implementaram um modelo de policultura e produção familiar.

A industrialização na Região Sul do Brasil é muito relevante e diversificada, contribuindo significativamente para a economia do país.

No Paraná, a capital, Curitiba, se destaca com indústrias automobilísticas, metalúrgicas e de materiais elétricos, beneficiadas pela proximidade com o porto de Paranaguá, um dos mais importantes do Brasil. Além disso, o estado também tem força na indústria agropecuária, com a produção de carnes, soja e derivados.

Santa Catarina é conhecida pela diversidade industrial, com destaque para as indústrias têxtil, cerâmica, metalúrgica, de móveis e agroindustrial. A indústria têxtil é um dos maiores destaques, com empresas importantes sediadas na região, como a Hering e a Malwee. O estado também é grande produtor de carnes, especialmente frango e suíno, com diversas agroindústrias presentes, especialmente no oeste catarinense, onde se localiza a cidade de Chapecó, considerada um grande polo do agronegócio.

No Rio Grande do Sul, a indústria é forte e diversificada, concentrada principalmente na região metropolitana de Porto Alegre. O estado possui indústrias de calçados, moveleiras, de máquinas e equipamentos, automobilística, petroquímica, entre outras. A região da Serra Gaúcha, com cidades como Caxias do Sul e Bento Gonçalves, também é um importante polo industrial, com destaque para a indústria vinícola, metalúrgica e moveleira.

A Região Sul tem um setor industrial bem desenvolvido, que contribui significativamente para a economia brasileira. As atividades industriais são diversificadas e estão distribuídas de maneira relativamente equilibrada entre os três estados, cada um com suas especificidades e potencialidades.

A influência dos imigrantes na cultura da Região Sul ainda é marcante e pode ser observada na arquitetura, culinária, festividades e métodos de produção.

Santa Catarina hospeda uma das mais significativas celebrações de origem germânica fora da Alemanha, a Oktoberfest. O evento, que ocorre em Blumenau, atrai uma multidão todos os anos.

No Rio Grande do Sul, ocorre anualmente o Festival de Gramado, que há mais de quatro décadas congrega importantes nomes do cinema sul-americano. A tradição dos cafés coloniais, tão característicos das famílias sulistas, ainda é preservada na rede hoteleira da Serra Gaúcha.

A gastronomia local também carrega o legado cultural dos imigrantes, com suas diversas influências. As contribuições italianas podem ser degustadas na polenta e na minestra; os alemães introduziram a cuca e o schmier; e a bebida mais icônica da região, o chimarrão, é um costume trazido pelos indígenas e difundido pela população local.

Desde o início da colonização do Brasil, a região Sul recebeu uma variedade de grupos étnicos, incluindo indígenas, portugueses, africanos, alemães, italianos, ucranianos e poloneses. Isso resultou em uma rica diversidade cultural, que se expressa na culinária, na música, nas danças, nas festas e nas tradições do Sul. Porém, essa diversidade também gerou, ao longo do tempo, tensões e conflitos que precisaram ser gerenciados.

O Sul, devido à sua localização geográfica e à influência dos imigrantes europeus, se desenvolveu economicamente de uma maneira diferente das outras regiões do país. Essa área tornou-se uma das regiões mais prósperas e desenvolvidas do Brasil, com uma forte economia baseada na indústria e na agricultura. No entanto, apesar dessa prosperidade relativa, a região ainda luta contra a desigualdade socioeconômica. Por exemplo, a riqueza gerada nas cidades e nas fazendas não é igualmente distribuída entre a população.

As migrações internas também têm sido uma parte importante da história do Sul. Desde o século XX, a região tem atraído pessoas de outras partes do Brasil, especialmente do Nordeste, que buscam melhores oportunidades de vida. No entanto, essa migração também trouxe desafios, como o aumento da população urbana, o crescimento das favelas e a pressão sobre os serviços públicos.

A violência urbana e o êxodo rural também são problemas históricos na região Sul. As cidades sulistas, apesar de terem taxas de criminalidade geralmente menores do que as das cidades do Norte e Nordeste, ainda enfrentam problemas com a violência, principalmente relacionada ao tráfico de drogas. Além disso, o êxodo rural, que se intensificou no século XX com a industrialização, levou a um aumento da população urbana e à diminuição da população rural, gerando desequilíbrios sociais e econômicos.

A história da região Sul, portanto, é marcada por uma combinação de prosperidade e desafios. As questões sociais que surgiram ao longo do tempo, como a diversidade cultural, a desigualdade socioeconômica, a migração interna, a violência urbana e o êxodo rural, continuam a ser questões importantes que afetam a região até hoje.