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Gêneros jornalísticos

Crase

Vírgula

Colocação pronominal

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

Ao vermos alguém com um guarda chuva, pensamos estar chovendo, isto é, fazemos uma inferência. Fonte: 

A inferência é um processo mental que usamos constantemente em nossa vida cotidiana. Imagine que você está andando pela rua e vê uma pessoa segurando um guarda-chuva aberto. Mesmo sem olhar para o céu, você pode inferir que provavelmente está chovendo. Você não tem a informação direta (não viu a chuva), mas com base nas pistas que tem (a pessoa com o guarda-chuva), você faz uma suposição razoável sobre o que está acontecendo.

No contexto da leitura e interpretação de textos, o processo de inferência é semelhante. Os autores muitas vezes deixam pistas ou indícios no texto, e depende do leitor pegar essas pistas e usar seu conhecimento prévio para entender o que o autor está tentando dizer. As inferências podem ser sobre o enredo, os personagens, o tema, o ambiente, ou qualquer outro elemento do texto.

Por exemplo, se um autor descreve um personagem como tendo "olhos que brilhavam com malícia", podemos inferir que esse personagem provavelmente é astuto ou até mesmo mal-intencionado, mesmo que o autor nunca diga isso diretamente.

A inferência é uma habilidade fundamental na leitura porque nos permite ir além do que está escrito diretamente no texto. Ela nos ajuda a entender melhor o que está acontecendo, a apreciar as sutilezas e as nuances da escrita, e a nos envolver mais profundamente com o texto. Além disso, a capacidade de fazer inferências é uma habilidade importante para o pensamento crítico em geral, pois nos permite tirar conclusões a partir de informações incompletas.

Portanto, ao ler qualquer texto, sempre tente identificar as pistas que o autor deixa e use seu conhecimento e experiência para fazer inferências. Isso irá enriquecer muito a sua experiência de leitura.

Para inferir informações de um texto, é necessário prestar atenção não apenas no que está sendo dito diretamente, mas também no que está sendo sugerido ou insinuado. Isso envolve considerar o contexto, as escolhas de palavras do autor, e até mesmo o que não é dito.

Vamos usar um exemplo para ilustrar isso. Considere o seguinte trecho de um conto:

Agora, o que podemos inferir a partir deste texto?

Então, a partir de um trecho relativamente curto, conseguimos inferir várias informações sobre o que está acontecendo e como Maria pode estar se sentindo. Isso é um exemplo do poder da inferência na leitura.

Lembre-se, a inferência não é uma ciência exata - diferentes leitores podem fazer diferentes inferências com base no mesmo texto. Mas isso é parte do que torna a leitura uma atividade tão rica e pessoal.

Inferir em poesia ou poemas pode ser um pouco mais desafiador do que em prosa, porque a poesia frequentemente se baseia em imagens, metáforas, símbolos e outras formas de linguagem figurativa. No entanto, a mesma ideia básica se aplica: estamos tentando entender o que o autor está tentando transmitir, mesmo que não seja dito diretamente.

Vamos analisar o poema "Soneto de Separação", de Vinícius de Moraes:

Esse poema fala de uma separação amorosa, mas o autor nunca diz isso diretamente. Em vez disso, ele usa uma série de metáforas para expressar os sentimentos associados a essa separação.

Por exemplo, a primeira estrofe começa com "De repente do riso fez-se o pranto". Podemos inferir que isso significa que a alegria (riso) de repente se transformou em tristeza (pranto).

A última estrofe diz "Fez-se do amigo próximo o distante / Fez-se da vida uma aventura errante". Podemos inferir que o relacionamento próximo se tornou distante e a vida se tornou incerta após a separação.

Portanto, a inferência na poesia envolve muitas vezes a interpretação de metáforas, símbolos e imagens. A beleza da poesia é que ela pode ser interpretada de muitas maneiras diferentes, e cada leitor pode encontrar seu próprio significado nas palavras do poeta.

Inferir em mídias visuais, como tirinhas ou charges, é uma atividade que envolve tanto a análise do conteúdo visual quanto do conteúdo textual. Como a linguagem visual pode ser tão significativa quanto a linguagem escrita, a inferência em mídias visuais requer que o espectador interprete os elementos visuais da obra, tais como as ações dos personagens, o cenário, as cores usadas, e qualquer texto ou diálogo presente.

A primeira coisa que notamos é o título: "Arma para todos". Isso sugere que a tirinha pode estar comentando sobre questões de acesso a armas ou violência armada.

Em seguida, temos a cena em si. O homem está em um ambiente escuro, o que geralmente é associado a situações de desespero ou incerteza. Ele vê uma luz saindo do cano de uma arma, o que é inesperado, já que a luz geralmente simboliza esperança ou salvação. O homem parece aliviado ao ver a luz, interpretando-a como "uma luz no fim do túnel", um ditado que significa uma solução ou fim para uma situação difícil.

No entanto, o fato de a luz estar vindo de uma arma adiciona uma camada de ironia à cena. Normalmente, uma arma não é vista como uma solução, mas como um problema ou perigo. Portanto, podemos inferir que a tirinha está fazendo uma crítica social, possivelmente sugerindo que as pessoas estão tão desesperadas que podem ver até mesmo uma arma como uma solução para seus problemas, ou que a proliferação de armas está sendo vista de forma equivocada como uma "luz no fim do túnel".

Portanto, a inferência em tirinhas e charges envolve a interpretação tanto dos elementos visuais quanto dos textuais, e muitas vezes requer uma compreensão dos contextos sociais ou culturais para entender plenamente o significado pretendido.