Planejativo

Vergência e Óptica da Visão

Luz e Câmara de orifício

Espelhos planos

Espelhos esféricos

Determinação analítica da imagem

Refração

Dioptro plano, Ângulo limite e Reflexão total

Prismas

Lentes esféricas

Construção analítica das imagens e Estudo dos sinais

Instrumentos ópticos

Ondulatória: Visão geral e Equação fundamental

Fenômenos ondulatórios

Ondas estacionárias em cordas e tubos sonoros

Acústica, fenômenos sonoros e instrumentos musicais

Efeito doppler

Temperatura, Calor e Energia térmica

Dilatação térmica

Calor sensível

Calor latente e Mudança de fase

Diagramas de fase

Propagação do calor

Estudo do gás ideal

Cinética dos gases, Energia interna e Trabalho de um gás

Primeira lei da termodinâmica

Ciclos, Máquinas térmicas e Rendimento

Ciclo de Carnot e a Segunda lei da termodinâmica

Princípios da óptica geométrica

Escalas termométricas

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

Agora, vamos falar sobre um conceito bem interessante na física: a "vergência". Essa palavra, que vem do latim "vergentia", tem tudo a ver com virar, voltar ou inclinar. Na física, a vergência tem a ver com a capacidade de lentes esféricas (aquelas que você pode encontrar em óculos ou lupas) de fazer a luz convergir (unir) ou divergir (espalhar).

Vamos entender melhor isso: imagine que você tem um feixe de luz passando por uma lente. Dependendo da lente, esse feixe de luz pode ser unido em um único ponto (isso é a convergência) ou pode ser espalhado em várias direções (isso é a divergência). Portanto, quanto maior o desvio da luz ao passar pela lente, maior será a vergência dessa lente.

A vergência de uma lente é definida como o inverso do seu foco, sendo calculada pela fórmula:

onde V é a vergência e F é o foco da lente.

Agora, o que seria esse tal "foco" da lente? No caso de uma lente convergente (aquela que une os raios de luz), o foco é a distância entre o centro da lente e o ponto onde os raios de luz se encontram. O foco das lentes convergentes é sempre um número positivo.

No caso das lentes divergentes (aquelas que espalham os raios de luz), o foco é a distância entre o centro da lente e o ponto onde parece que a luz está vindo. O foco das lentes divergentes é sempre um número negativo.

Isso significa que a vergência de uma lente convergente será sempre positiva e a vergência de uma lente divergente será sempre negativa.

Por exemplo, se você é míope, precisa usar lentes divergentes para corrigir sua visão. Na receita que o seu oftalmologista te dá, o valor da vergência dessas lentes vai ter um sinal negativo. Isso mostra que essas lentes precisam espalhar a luz, ou seja, ser divergentes.

Agora, como medimos a vergência? A unidade oficial, de acordo com o Sistema Internacional de Unidades, é a dioptria (di), que é o inverso do metro.

No dia a dia, é comum ver a vergência de lentes de óculos sendo medida em graus, mas a medida correta é a dioptria.

Vamos embarcar numa viagem pelo incrível sistema óptico humano: nosso olho! Ele é maravilhosamente complexo e, de certa forma, podemos compará-lo a uma câmera fotográfica. Mas, ao contrário da câmera, nosso olho realiza inúmeras operações complexas, como o controle da quantidade de luz que entra.

Essas são as partes transparentes do nosso globo ocular: a córnea, o humor aquoso, o cristalino e o humor vítreo.

Agora, depois que a luz passa por esses meios transparentes, ela chega a uma camada muito sensível à luz, a nossa retina. Você pode pensar na retina como o filme de uma câmera fotográfica.

A retina é formada por milhões de células sensíveis à luz, chamadas bastonetes e cones. Quando a luz atinge essas células, elas enviam impulsos para o cérebro, através do nervo óptico, onde a imagem é percebida. Existem três tipos de cones na retina, cada um sensível a uma parte do espectro visível: azul e violeta, verde e amarelo.

Cones e bastonetes no olho humano. Fonte: 

Eles trabalham juntos para nos dar a percepção das cores. Quando faltam alguns tipos de cones na retina, devido a uma deficiência genética, a pessoa é daltônica, ou seja, incapaz de distinguir algumas cores.

Pense nos objetos que você vê todos os dias. Alguns estão perto, como o livro que você está lendo. Outros estão longe, como uma árvore no fim da rua. Para que possamos ver esses objetos claramente, as imagens formadas por nosso olho devem cair diretamente na retina. Mas a distância entre a retina e o cristalino, que é a lente do nosso olho, é constante.

Então, como nosso olho ajusta seu foco para objetos a diferentes distâncias? Graças à acomodação visual! Os músculos ciliares ao redor do cristalino relaxam ou contraem para alterar a distância focal do cristalino, permitindo-nos ver claramente em diferentes distâncias.

Não percebemos o mundo ao nosso redor como uma imagem bidimensional - percebemos profundidade! Isso é graças à nossa visão tridimensional, que nos dá noções de distância e relevo.

Você já se perguntou por que temos dois olhos? É para permitir a visão binocular, que é a chave para a visão tridimensional. A pequena distância entre nossos olhos cria duas imagens ligeiramente diferentes em nossas retinas, e quando essas imagens são combinadas no cérebro, percebemos a profundidade e temos uma noção da distância dos objetos.

Finalmente, vamos falar sobre como vemos cores. Cada cor tem três atributos: a matriz (ou seja, qual cor é), a intensidade (quão forte ou fraca é a cor) e a saturação (quão pura é a cor, ou quão diluída está com o branco).

Podemos ajustar a saturação de uma cor adicionando diferentes tons de cinza. E para cada cor, existe uma cor complementar que, quando misturada, produz a cor branca.

De fato, todas as cores que vemos podem ser feitas pela combinação das cores primárias em diferentes proporções: vermelho, verde e azul. Então, da próxima vez que você olhar para um arco-íris, lembre-se que todas aquelas cores maravilhosas são apenas combinações de vermelho, verde e azul!

O daltonismo é um distúrbio que afeta a forma como você percebe as cores. As pessoas com daltonismo têm dificuldade em distinguir certas cores, geralmente vermelho e verde. O mundo para elas pode parecer em tons de amarelo, cinza-azulado e azul.

A catarata é uma condição em que o cristalino do olho perde sua transparência, o que pode prejudicar a visão, impedindo que os raios de luz alcancem a retina de maneira adequada. Embora todos possam desenvolver cataratas à medida que envelhecem, geralmente após os 60 anos, elas também podem começar mais cedo. A causa mais comum é o envelhecimento natural das células do cristalino.

O estrabismo é uma condição que ocorre quando os olhos não estão alinhados corretamente, fazendo com que eles apontem em direções diferentes. Isso é causado por um problema com os músculos oculares. O estrabismo pode ocorrer na infância e pode ser causado por uma série de fatores, incluindo hereditariedade, complicações durante a gravidez e o parto, infecções, tumores, traumas, fatores emocionais, problemas de visão e diferenças de grau entre os olhos.

A miopia é um problema visual em que você vê objetos próximos claramente, mas os objetos distantes parecem borrados. Isso ocorre porque o olho é "muito longo", fazendo com que a imagem seja formada antes da retina. A miopia pode ser corrigida com lentes divergentes (côncavas), que reposicionam a imagem na retina, melhorando a visão à distância.

A hipermetropia é o oposto da miopia, o que significa que você pode ver claramente objetos distantes, mas tem dificuldade em focar em objetos próximos. Isso ocorre porque o globo ocular é muito curto, fazendo com que as imagens se formem atrás da retina. Este defeito refrativo pode ser corrigido com o uso de óculos com lentes convergentes (convexas).

O astigmatismo é uma condição que ocorre quando a córnea ou o cristalino do olho tem curvaturas diferentes, o que resulta em profundidades de foco variáveis e distorce a visão, tanto de perto quanto de longe. Isso pode ser corrigido com lentes cilíndricas.

Também conhecida como "vista cansada", a presbiopia é um problema de visão relacionado à idade que afeta a capacidade do olho de focar em objetos próximos. Geralmente ocorre após os 40 anos e tende a piorar com a idade. No início, você pode achar que precisa estender os braços para ler pequenos textos. Isso pode ser corrigido com lentes convergentes.

Algumas das lentes corretoras utilizadas para auxiliar em defeitos visuais. Fonte: 

As lentes corretoras são usadas em óculos e lentes de contato para corrigir vários problemas de visão. Aqui estão algumas maneiras pelas quais as lentes corretoras são usadas para tratar os distúrbios visuais mencionados:

 As lentes divergentes ou côncavas são usadas para corrigir a miopia. Elas ajudam a mover o ponto de foco para trás na retina.

 As lentes convergentes ou convexas são usadas para corrigir a hipermetropia, ajudando a mover o ponto de foco para a frente na retina.

 As lentes cilíndricas são usadas para corrigir o astigmatismo. Elas têm diferentes forças de foco em diferentes direções e ajudam a compensar a irregularidade da córnea ou do cristalino.

 Lentes bifocais ou progressivas são usadas para corrigir a presbiopia. Essas lentes têm diferentes áreas de foco que permitem ao usuário ver claramente tanto de perto quanto de longe.

As lentes corretoras são ferramentas valiosas que podem ajudar a melhorar a visão de indivíduos com esses e outros problemas refrativos. Elas devem ser prescritas por um profissional de saúde ocular, que avaliará a saúde dos olhos e determinará o grau apropriado para as lentes.