Planejativo

Romantismo: primeira geração

Figuras de linguagem: aspectos fonético e sintático

Figuras de linguagem: aspecto semântico

Romantismo: segunda geração

Romantismo: terceira geração

Modernismo: primeira geração

Modernismo: segunda geração

Modernismo: terceira geração

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Romantismo: Prosa

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

O indianismo é uma das características principais da primeira geração do Romantismo no Brasil

 foi um movimento artístico que surgiu na Europa no século XVIII e durou até meados do século XIX. Ele influenciou a literatura, a pintura, a música e a arquitetura. Oposto ao classicismo, racionalismo e Iluminismo, esse movimento chegou ao Brasil em finais do século XVIII.

O Romantismo foi um movimento artístico, literário e intelectual que se originou no final do século XVIII na Europa Ocidental e rapidamente se espalhou pelo mundo. O movimento foi uma reação contra a Revolução Industrial, a aristocracia que a patrocinou, e a perspectiva científica do mundo durante a Iluminação.

A primeira geração do Romantismo, também conhecida como o período de "Romantismo precoce" ou "Primeiro Romantismo", começou aproximadamente na década de 1800 e durou até cerca de 1840. Este período foi caracterizado por uma ênfase na emoção e na individualidade, bem como na glorificação do passado e da natureza. Foi uma reação direta contra os ideais da razão e do racionalismo que caracterizaram a Era da Iluminação e a Revolução Francesa.

Os primeiros românticos valorizavam a imaginação e a experiência sobre a razão, a subjetividade e o individualismo sobre o coletivismo, e a natureza e o rústico sobre o urbano e o artificial. Eles também enfatizaram o primitivismo, o misticismo, e a beleza e sublimidade da natureza. Este período do Romantismo foi marcado pela produção de algumas das mais famosas obras literárias, musicais e artísticas da história.

Os principais poetas do Primeiro Romantismo na Inglaterra incluem William Wordsworth, Samuel Taylor Coleridge e John Keats. Na Alemanha, o Romantismo foi representado por escritores como Johann Wolfgang von Goethe e Friedrich Schiller. Na França, Victor Hugo e François-René de Chateaubriand são dois dos principais representantes.

No Brasil, o Romantismo chegou um pouco mais tarde, iniciando-se por volta da década de 1830, e a primeira geração foi marcada por uma forte influência do nacionalismo, com escritores como Gonçalves de Magalhães e Manuel de Araújo Porto-Alegre. As principais características da primeira geração do romantismo no Brasil foram o indianismo, a valorização da natureza e o ufanismo, com a intenção de criar uma literatura genuinamente brasileira.

Em um contexto histórico mais amplo, o Primeiro Romantismo ocorreu durante um período de grande mudança e agitação. A Revolução Industrial estava em pleno andamento, trazendo consigo enormes mudanças na sociedade, economia e cultura. As Guerras Napoleônicas também tiveram um grande impacto, com a subsequente reorganização política da Europa no Congresso de Viena. Além disso, foi durante este período que a questão da abolição da escravidão começou a ganhar força, especialmente no Reino Unido. Tudo isso contribuiu para um período de grande inovação e mudança na arte e na literatura.

 (1774), livro que deu início ao movimento romântico

Na literatura, o Romantismo apresenta algumas características marcantes que o distingue de outros movimentos literários. As principais incluem:

A primeira fase do Romantismo é frequentemente chamada de "indianista", devido à centralidade do indígena como figura heroica no mito de origem da sociedade brasileira. Essencialmente, esta etapa se destaca pelo seu marcante nacionalismo, buscando redefinir a identidade cultural do Brasil.

 é uma característica fundamental da primeira geração do Romantismo no Brasil, um período que vai de 1836 a 1852. Este movimento literário se dedicou a construir uma identidade nacional, e o indígena foi eleito como o herói nacional por excelência. Neste contexto, os autores românticos buscavam um símbolo que representasse o país e a sua originalidade, e encontraram no indígena a figura ideal.

O indianismo se manifestou principalmente através de romances, poesias e dramas. Os autores desta corrente buscavam retratar o indígena de uma maneira idealizada, como um ser nobre, valente e puro, quase um mito, representando o "bom selvagem" em contraposição ao "mau civilizado". Este herói indígena simbolizava a resistência e a luta pela liberdade, valores que ecoavam os sentimentos da nação brasileira em relação à recém-conquistada independência.

Na literatura, Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e José de Alencar são alguns dos autores mais importantes do indianismo. Gonçalves Dias, com suas poesias como "I-Juca-Pirama" e "Canção do Exílio", tornou-se um dos principais representantes do movimento. Já José de Alencar, com seus romances "O Guarani", "Iracema" e "Ubirajara", explorou a temática do indígena e da formação da nacionalidade brasileira.

Este período da literatura brasileira, portanto, foi marcado por um forte sentido de nacionalismo, o qual era expresso através da idealização do indígena e da natureza brasileira. Entretanto, deve-se observar que este retrato do indígena era baseado mais em um ideal romantizado do que na realidade dos povos indígenas do Brasil.

Inicialmente, todas as correntes que se opunham aos preceitos clássicos eram rotuladas de românticas. Nesse sentido, os padrões da Antiguidade Clássica foram substituídos pelos da Idade Média, particularmente quando a classe burguesa começou a surgir.

A arte, que até então tinha um caráter elitista e erudito, passou a apreciar o folclore e os elementos nacionais. Ela ultrapassou os limites estabelecidos pela nobreza e começou a captar a atenção do público em geral.

Ao transcender os muros palacianos e conquistar as ruas, a arte romântica libertou-se das demandas dos nobres que financiavam sua produção e começou a atrair um público anônimo. No Brasil, este foi o início do surgimento do público consumidor, impulsionado pelo folhetim, uma forma de literatura mais acessível.

Na prosa, as formalidades clássicas foram abandonadas. O mesmo aconteceu com a poesia, que passou a ser caracterizada por versos livres, sem a necessidade de aderir a uma métrica ou estrofação específica. A poesia também adotou o verso branco, que é um verso sem rima.

Confira na tabela abaixo as diferenças entre o Classicismo e o Romantismo:

Os autores românticos advogam pelo nacionalismo, estimulam a glorificação da natureza nacional, a revisitação do passado histórico e a construção do herói nacional.

Na literatura europeia, esses heróis nacionais são frequentemente retratados como cavaleiros medievais corajosos e atraentes. No contexto brasileiro, os heróis são os indígenas, que são igualmente retratados como belos, corajosos e civilizados.

A natureza também ocupa um lugar de destaque no Romantismo. Ela é percebida como uma extensão da pátria ou como um refúgio contra a vida frenética dos centros urbanos do século XIX. A glorificação da natureza se torna uma extensão do próprio escritor e de seu estado emocional.

 apresenta maior liberdade formal em relação à racionalidade, equilíbrio e objetividade do movimento anterior: o Arcadismo.

Assim, a linguagem do romantismo — mais simples, popular, subjetiva, melodiosa, confessional, idealizada, eloquente e repleta de lirismo e dualismos —, apresenta uma ruptura com os modelos clássicos (cultura greco-romana), proporcionando uma aproximação com o novo público consumidor ao revelar seus próprios anseios: a burguesia.

Os temas mais recorrentes são: o amor não correspondido (amor platônico), a natureza, a religião, a idealização da mulher, a morte, a incerteza, o individualismo, a solidão, os dramas da existência e os sofrimentos em geral.

 foi um movimento artístico literário que surge no século XIX no Brasil e no Mundo.

A produção literária do romantismo se desenvolveu na poesia e na prosa (contos, novelas, romances e obras de teatro).

” do escritor alemão Goethe, inaugurou o movimento romântico na Europa, baseada nos novos valores históricos, sociais e culturais.

As principais figuras de linguagem utilizada pelos escritores românticos são:

 teve como marco inicial a publicação do livro de poemas de Gonçalves de Magalhães (1811-1882), intitulado "

 publicada nesse mesmo ano em Paris, também foi precursora do movimento romântico na Brasil. Esse período é caracterizado por manifestações culturais, artísticas e literárias iniciadas na Europa no século XVIII.

 (1884) de José Maria de Medeiros (1849-1925)

As principais caraterísticas da literatura romântica no Brasil são:

O Romantismo no Brasil está dividido em 

A primeira geração romântica (1836 a 1852) está pautada no nacionalismo-indianismo, visto como a fase inicial para a busca de uma identidade nacional.

A segunda geração romântica (1853 a 1869), denominada de “mal do século” ou “ultrarromântica”, destacou-se pela abordagem de temas como a morte, a dor, o amor não correspondido.

A terceira geração romântica, chamada de “geração condoreira” (1870 a 1880), ressalta a importância da liberdade.

 no Brasil é o período que corresponde de 1836 a 1852, baseada no binômio “

Seu marco inicial foi a publicação de “

 (1836) do escritor Gonçalves de Magalhães (1811-1882).

No contexto histórico, a recente Independência do Brasil, absorvido pelo pensamento nacionalista-ufanista do país, fez com que os escritores deste período buscassem temáticas que definissem a identidade nacional.

Por esse motivo, o tema do índio é muito explorado nessa fase, conhecido por “Indianismo”.

A Primeira Geração Romântica tem como principais características:

Segue os principais escritores da primeira geração romântica no Brasil:

Domingos José Gonçalves de Magalhães (1811-1882)

Considerado o fundador do Romantismo Brasileiro, Gonçalves de Magalhães nasceu no Rio de Janeiro. Foi poeta, professor, ensaísta, diplomata, político e médico brasileiro.

Personagem brasileiro multifacetado recebeu o título de "Visconde Araguaia" no ano de 1874.

Algumas de suas obras: Suspiros Poéticos e Saudades (1836), O poeta e a Inquisição (1839), A Confederação dos Tamoios (1857), Os indígenas do Brasil perante a História (1860).

Gonçalves Dias foi um poeta, jornalista, professor, etnógrafo, advogado e teatrólogo maranhense.

Talvez um dos mais representativos poetas da primeira fase romântica no Brasil. Algumas obras: Canção do Exílio (1846), I-Juca-Pirama (1851), Os Timbiras (1857).

Manuel José de Araújo Porto Alegre (1806-1879)

José de Araújo foi escritor, jornalista, pintor, caricaturista, arquiteto, crítico, historiador, professor, diplomata e político brasileiro.

Considerado o fundador das revistas: “Guanabara” e “Lanterna Mágica”. Suas principais obras: A destruição das florestas (1846), Brasilianas (1863) e Colombo (1866).

Escritor e médico brasileiro, Joaquim Manuel de Macedo, destaca-se por sua prosa. Sua obra intitulada “A Moreninha”, publicada em 1844, é considerada o primeiro romance brasileiro.

Outras obras que se destacam: O Moço Loiro (1845), A Luneta Mágica (1869), As Vítimas-Algozes (1869).

Manuel Antônio de Almeida foi escritor, jornalista, médico e professor brasileiro. Destaca-se sua única obra em prosa denominada “Memórias de um Sargento de Milícias” (1852).

Foi publicada durante um ano (1852-1853) nos folhetins do jornal Correio Mercantil, no qual era redator.

José de Alencar foi cronista, romancista, jornalista, crítico, político, advogado e dramaturgo brasileiro.

É conhecido por seus romances regionalistas, históricos e indianistas, dos quais se destacam: Cinco Minutos (1856), O Guarani (1857), A Viuvinha (1857), Iracema (1865), Ubirajara (1874), O Sertanejo (1875).