Planejativo

Gastrulação, Neurulação e Organogênese

Fecundação, segmentação ou clivagem

Anexos embrionários

Tecido epitelial

Tecido conjuntivo propriamente dito

Visão geral da fisiologia

Sistema respiratório

Sistema cardiovascular

Sistemas linfático e imunológico

Sistema excretor

Sistema endócrino

Sistema nervoso

Sistema sensorial

Sistema reprodutor

Vírus, Príons e Viroses

Reino Monera e Bacterioses

Algas

Reino Fungi e Micoses

Tecido cartilaginoso

Tecido ósseo

Tecido sanguíneo

Tecido muscular

Tecido nervoso

Classificação Biológica

Protozoários e Protozooses

Embriologia humana

Ciclo menstrual

Métodos contraceptivos

Sistema digestório

Tecido adiposo

Tecido hematopoiético

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

1. Gastrulação, Neurulação e Organogênese

Muito bem, hoje vamos continuar nos aprofundando no fascinante mundo do desenvolvimento embrionário! Mas antes de mergulharmos nesse assunto, é fundamental entendermos um termo-chave: os folhetos embrionários. Eles são estruturas importantíssimas e a base para todo o desenvolvimento do nosso corpo.

Os folhetos embrionários são camadas de células que se formam durante a embriogênese, processo pelo qual o embrião se forma e se desenvolve. Existem três folhetos embrionários principais: o ectoderma, o mesoderma e o endoderma.

Agora, aqui está uma informação importante: nem todos os animais possuem os três folhetos embrionários. Dependendo do número de folhetos que eles desenvolvem, classificamos os animais em diploblásticos e triploblásticos.

 desenvolvem apenas dois folhetos embrionários - o ectoderma e o endoderma. Isso acontece, por exemplo, com as águas-vivas e anêmonas do mar, que pertencem ao grupo dos cnidários.

 desenvolvem todos os três folhetos - o ectoderma, o mesoderma e o endoderma. Os seres humanos, por exemplo, pertencem a este grupo.

Em linhas gerais, a gastrulação é um processo pelo qual o embrião começa a dobrar e a enrolar-se sobre si mesmo, formando camadas chamadas folhetos embrionários. Pensem nisso como se estivessem amassando uma bola de massa para fazer pizza.

Para facilitar, vamos pegar dois exemplos: o anfioxo e a rã, que são cordados. "Cordados?" vocês perguntam. Sim, cordados! São animais que têm uma estrutura chamada notocorda, que é como uma vara flexível no dorso do embrião. Em algumas espécies, como o anfioxo, essa notocorda permanece quando o animal se torna adulto. Mas em outros, como nós humanos, ela regride e dá lugar à coluna vertebral.

Um pequeno anfioxo, enterrado em grãos de areia.

Vamos começar com o anfioxo, um animalzinho que vive no mar, enterrado na areia. O ovo do anfioxo é pequeno e, à medida que se desenvolve, suas células vão se dobrando para dentro, formando um buraco chamado blastóporo. Esse processo é como se você pressionasse o polegar no meio da bola de massa, formando uma depressão. A cavidade que se forma é o que se tornará o intestino.

Agora, aqui está a parte interessante: durante a gastrulação, surgem três camadas de células, ou folhetos embrionários. O ectoderma fica do lado de fora e vai formar o sistema nervoso e a pele. O mesoderma fica no meio e vai formar coisas como os ossos e os músculos. E o endoderma, o folheto interno, vai formar o revestimento de órgãos como o fígado e o intestino. E é isso que nos faz, juntamente com outros cordados, triploblásticos: nós temos três folhetos embrionários. Mas lembrem-se, nem todos os animais têm três. Alguns, como as águas-vivas, têm apenas dois - o ectoderma e o endoderma - e são chamados de diploblásticos.

Uma rã, que tem o processo embrionário um pouco diferente, mas similar. Fonte: 

Agora vamos falar sobre as rãs. Elas também passam pela gastrulação, mas têm algumas diferenças. O ovo da rã é grande e, à medida que se desenvolve, as células menores se dividem mais rapidamente e se espalham sobre as células maiores. Parece um cobertor sendo puxado sobre uma bola. Durante esse processo, as rãs também formam três folhetos embrionários e um buraco chamado blastóporo, que será o começo do intestino.

Por fim, e não menos importante, temos nós, humanos! Em nosso desenvolvimento embrionário, também passamos por um processo de gastrulação, onde formamos os três folhetos embrionários. Durante esse processo, formamos a notocorda, e o embrião passa a ser chamado de gástrula.

Então, em resumo, a gastrulação é um passo incrível na vida de um embrião, onde ele passa de uma bola simples de células para começar a formar todas as partes diferentes do corpo. É realmente uma coisa maravilhosa!

A neurulação é quando começamos a formar o que será o nosso sistema nervoso. Fonte: 

Vamos lembrar onde paramos. Depois que passamos pelas etapas de mórula, blástula e gástrula, o embrião entra na fase de nêurula. Neste ponto, as células do ectoderma (o folheto embrionário mais externo, lembram?) na parte de trás do embrião começam a se achatar e formar algo chamado placa neural.

A partir daqui, a placa neural começa a se dobrar para formar um sulco, ou vala, no meio. Isso parece um pouco com a maneira como um livro se dobra ao meio. À medida que o sulco se aprofunda, as bordas da placa neural se aproximam até que se unem e formam um tubo, conhecido como tubo neural ou tubo nervoso. Adivinhem o que isso se tornará? Sim, vocês adivinharam: o nosso sistema nervoso!

Enquanto isso, logo abaixo do tubo nervoso, uma estrutura chamada notocorda começa a se formar. Ela é como uma vara maciça de células que vem do mesoderma, o folheto embrionário do meio. A notocorda ajuda a apoiar o tubo nervoso e também define o eixo, ou a linha central, do corpo do embrião.

Um ponto curioso sobre a notocorda: ela aparece em pelo menos uma fase da vida dos cordados (lembram, animais como anfioxo e nós). Mas, em muitas espécies, a notocorda não persiste quando o animal se torna adulto.

Mas, calma, há mais ação acontecendo durante a neurulação! O mesoderma também está se desenvolvendo e preenchendo os espaços entre o ectoderma e o endoderma (o folheto embrionário mais interno). Dependendo de onde se encontra, ele pode ser chamado de epímero, mesômero e hipômero.

O epímero é o mesoderma que fica perto do tubo nervoso e da notocorda. Ele forma o que chamamos de somitos, que são como bolsas que se formam no mesoderma e que vão se transformar em coisas como vértebras, nervos e músculos.

O mesômero é o mesoderma que fica nas laterais do embrião e é daqui que surge o nosso sistema urogenital, que inclui os rins e os órgãos reprodutores.

Finalmente, temos o hipômero, que está na parte inferior do embrião. Ele forma duas camadas de células chamadas somatopleura e esplancnopleura. Entre essas duas camadas há um espaço chamado celoma.

Então, em resumo, a neurulação é a fase quando começamos a ver o que cada folheto embrionário se tornará no organismo adulto.

Depois de passar pela gastrulação e neurulação, vocês estão prontos para o próximo capítulo na nossa incrível jornada pelo desenvolvimento embrionário? É hora de falarmos sobre a organogênese. Não deixem que o nome complicado assuste vocês – basicamente, este é o momento em que os três folhetos germinativos que discutimos anteriormente (lembra, o ectoderma, mesoderma e endoderma?) começam a se diferenciar e formar os órgãos internos do organismo.

Então, o que exatamente acontece durante a organogênese? Neste ponto, as células estão se dividindo e se especializando. A partir dos três folhetos germinativos, estão surgindo os órgãos e estruturas do corpo do embrião, além dos anexos embrionários. Vamos dar uma olhada mais detalhada no que cada um desses folhetos germinativos contribui.

O ectoderma, o folheto mais externo, é responsável por formar uma série de coisas. Isso inclui a epiderme (a camada mais externa da nossa pele) e seus anexos, como pelos e unhas. Ele também forma as mucosas corporais, que são encontradas nas nossas bocas, ânus e narizes. Além disso, o ectoderma também forma o esmalte dos nossos dentes, e partes importantes do nosso sistema nervoso, como o tubo neural. Nos nossos olhos, o ectoderma contribui para a formação da retina, do cristalino e da córnea. A hipófise, uma pequena glândula no cérebro que desempenha um papel importante na regulação de várias funções do nosso corpo, também é derivada do ectoderma.

Em seguida, temos o mesoderma, que é dividido em três partes: epímero, mesômero e hipômero. O epímero forma o esqueleto axial (que inclui a coluna vertebral e o crânio), a derme (a camada abaixo da epiderme na pele) e o tecido muscular. O mesômero forma os rins, as gônadas (órgãos reprodutores) e os ureteres (tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga). Por último, temos o hipômero, que forma os músculos lisos e cardíacos, bem como as serosas, que são camadas finas que revestem as cavidades do corpo. Isso inclui a pleura (que reveste os pulmões), o pericárdio (que envolve o coração) e o peritônio (que reveste a cavidade abdominal).

Finalmente, temos o endoderma, que é o folheto mais interno. A partir do endoderma, surgem os alvéolos pulmonares (as pequenas bolsas de ar nos pulmões onde ocorre a troca de gases), bem como várias glândulas importantes, como o fígado, a tireoide e as paratireoides. O endoderma também forma o revestimento interno dos tratos digestório e respiratório.

Então, em resumo, durante a organogênese, aqueles três folhetos embrionários que discutimos se transformam em todos os diferentes órgãos e estruturas que vemos em um organismo adulto. Não é incrível como tudo isso acontece a partir de um único óvulo fertilizado?