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Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

Olá, turma! Hoje, vamos falar de um grupo fascinante de criaturas - os Anelídeos. E também vamos aprender um pouco sobre os Lophotrochozoa, um supergrupo taxonômico que une Anelídeos e Moluscos.

O filo dos anelídeos é bastante diverso! Existem muitas formas corpóreas além da clássica minhoca e sanguessuga! Todos os exemplos acima são de anelídeos. Fonte 

Então, o que são os Anelídeos? Bem, este grupo, cujo nome vem do latim "annelus", que significa "anel", é composto por vermes que têm corpos cilíndricos divididos em segmentos ou anéis, o que é conhecido como metamerização. Agora, você pode estar pensando: "Ah, já ouvi falar de outros animais com corpos segmentados, como os artrópodes e os cordados". Isso é verdade, mas nos Anelídeos, essa segmentação é muito mais evidente.

Repare que os segmentos do corpo de um anelídeo se repetem, isto é, ele possui metameria!

Existem cerca de 15 mil espécies diferentes de Anelídeos, incluindo alguns animais bem conhecidos, como as minhocas que encontramos no solo, as sanguessugas e os poliquetas, que são vermes que vivem no mar. Esses animais podem ser encontrados em muitos lugares diferentes - eles podem viver livres no solo, na água doce e no fundo do mar, e alguns até atuam como parasitas.

Um pouco mais da incrível diversidade dos anelídeos! Fonte (Imagem Esquerda): 

Agora, vamos falar um pouco sobre os Lophotrochozoa. Este é um supergrupo de animais que inclui os Anelídeos e os Moluscos. O que é interessante sobre este grupo é que, embora inclua uma diversidade incrível de formas e tamanhos de animais, todos compartilham algumas características comuns em seus ciclos de vida e desenvolvimento. Então, mesmo que à primeira vista um polvo (um molusco) e uma minhoca (um anelídeo) pareçam muito diferentes, eles têm mais em comum do que você pode pensar!

O corpo dos anelídeos é metamerizado, isto é, dividido em diferentes segmentos iguais que se repetem!

Agora que já temos uma ideia geral sobre o que são os anelídeos, vamos nos aprofundar um pouco mais e falar sobre uma de suas características mais distintas - a metamerização.

O termo metamerização vem do grego "metameros", que significa "dividido em partes". Isso descreve perfeitamente o corpo dos anelídeos, que é dividido em uma série de segmentos ou anéis similares, cada um com órgãos e estruturas internas repetidas. E é exatamente isso que torna a metamerização uma característica tão interessante - ela permite que os anelídeos tenham uma grande variedade de formas e funções, mesmo com um plano corporal relativamente simples.

Os artrópodes também tem corpos segmentados! Fonte: 

Agora, alguns de vocês devem estar se perguntando: "Os artrópodes também têm corpos segmentados. Isso significa que eles estão relacionados aos anelídeos?" Bem, essa é uma excelente pergunta. Na verdade, houve um tempo em que os cientistas agruparam os anelídeos e os artrópodes em um clado chamado Articulata, precisamente porque ambos apresentam essa segmentação corporal.

O antigo grupo dos articulatas juntava os Anelídeos e Artrópodes. Esse grupo, como o grupo dos Coelomatas, hoje em dia está em desuso, sendo substituído pelas hipóteses de Ecdysozoa e Lophotrochozoa. Entretanto, em alguns vestibulares antigos, você pode encontrar alguma menção a esses grupos!

No entanto, com o avanço das técnicas de biologia molecular e do nosso entendimento da evolução, descobriu-se que essa semelhança é mais provável de ser resultado de convergência evolutiva - onde diferentes grupos evoluem características semelhantes independentemente - do que de um ancestral comum com segmentação do corpo. Portanto, mesmo que ambos apresentem a metamerização, anelídeos e artrópodes são agora classificados em grupos separados.

Então, embora a metamerização seja uma característica fascinante e útil para entender a diversidade e a complexidade dos anelídeos, ela nos serve como um lembrete de que as semelhanças entre diferentes grupos de animais nem sempre refletem uma relação próxima. E é por isso que a ciência está sempre evoluindo, à medida que aprendemos mais sobre o incrível mundo dos seres vivos!

Classificação clássica dos anelídeos! Fonte: 

O que faz dos anelídeos, anelídeos? O nome já nos dá uma dica: "Annelida" vem do latim "annelus", que significa "anel". Isso se refere à aparência segmentada ou "anelada" desses vermes. Se você já viu uma minhoca de perto, provavelmente notou esses segmentos ao longo do corpo dela.

Agora, com cerca de 15 mil espécies diferentes, os anelídeos não são todos iguais. De fato, podemos dividir este grande grupo em três classes distintas, cada uma com características e habitats próprios:

No entanto, é importante lembrar que a classificação taxonômica está sempre mudando conforme novas pesquisas e descobertas são feitas.

Classificação clássica de Annelida: Fonte: 

Hoje, o grupo Polychaeta não é mais considerado um grupo monofilético, ou seja, não inclui todos os descendentes de um ancestral comum. Os oligoquetas e hirudíneos, por outro lado, são agora agrupados juntos em um grupo chamado Clitellata, que é considerado monofilético. O grupo 

 recebe este nome por conta da presença de uma estrutura chamada clitelo, essencial para a reprodução desses animais.

Mas lembre-se: a classificação dos anelídeos continua a evoluir! A ciência é um processo constante de aprendizado e descoberta, e é isso que a torna tão fascinante. Portanto, estejam prontos para mais atualizações sobre os incríveis anelídeos!

Classificação um pouco mais atual de Annelida! Fonte: 

Alguns poliquetos se fixam no fundo do mar e vivem de filtração!

Quando pensamos em vermes, a ideia de criaturas que se movem muito pode vir à mente, certo? Porém, existe um grupo de poliquetos que prefere uma vida mais tranquila. Eles são conhecidos como poliquetos sedentários ou tubícolas. Eles costumam viver no fundo do mar e constroem tubos de lodo, areia ou detritos, nos quais passam a maior parte do tempo. Eles se movem pouco e geralmente só saem de seus tubos para se alimentar. Destacamos que esta é uma classificação quanto ao comportamento, e não quanto a filogenia! Vários grupos de Annelida diferentes se tornaram sedentários ou tibícolas

 formam verdadeiras colônias e agregados de vários indivíduos!

Uma espécie comum de poliqueta tubícola é o Tubifex, também conhecido como "verme de lodo". Esses caras são incríveis adaptados à vida em ambientes com baixo oxigênio, como o lodo do fundo dos rios e lagos. Eles vivem em tubos de lodo e estendem seus corpos para fora do tubo para se alimentar de detritos e microrganismos. Eles são tão eficientes nisso que podem viver em ambientes extremamente poluídos onde a maioria dos outros animais não consegue sobreviver.

Os poliquetos sedentários são um excelente exemplo de como os animais podem se adaptar a vários estilos de vida, até mesmo aqueles que podem parecer menos emocionantes à primeira vista. Mas lembre-se: mesmo uma vida tranquila no fundo do mar pode ser cheia de aventuras e desafios para um pequeno poliqueta!

Então, pessoal, os anelídeos são super legais porque eles têm algumas características mais "avançadas" comparadas a outros "vermes" que conhecemos, como os platelmintos e os nematelmintos. Para começar, os anelídeos têm um sistema digestivo completo - ou seja, eles têm uma boca e um ânus, o que é bem prático, né?

E tem mais! Eles também têm um sistema cardiovascular - sim, eles têm coração - e até órgãos específicos para excreção. Isso significa que os anelídeos são bem equipados quando se trata de funções corporais básicas.

Agora, sobre o exterior de um anelídeo. Seus corpos são revestidos por uma cutícula fina, fibrosa e transparente. Esta camada é super sensível e possui receptores que permitem que o animal sinta o calor e o toque.

Mas o que mantém o corpo de um anelídeo firme? Bem, dentro deles existe uma cavidade preenchida com membranas e um fluido especial. Esse fluido é usado como um tipo de pressão pneumática, que dá ao corpo do animal a consistência que precisa.

Agora, vamos falar de como os anelídeos se locomovem. Eles não têm patas, mas isso não os impede de se moverem. Alguns têm cerdas ou expansões laterais que os ajudam a se deslocar.

A locomoção das minhocas é bem estranha e envolve o movimento do líquido cefálico!

Por exemplo, as minhocas se movimentam rastejando, graças ao seu esqueleto hidrostático. Cada segmento do corpo de uma minhoca contém um líquido extracelular e uma parede corporal, com músculos que se contraem de maneira coordenada para permitir o movimento. É como se elas estivessem fazendo uma série de pequenas flexões para se impulsionar para a frente!

Já as sanguessugas utilizam as ventosas para se locomover

As sanguessugas, por outro lado, têm ventosas na boca e na outra extremidade do corpo, que usam para se prender ao substrato e se locomover.

E os poliquetos? Eles têm parapódios, estruturas com cerdas mais longas que os ajudam na locomoção. É quase como se eles estivessem equipados com suas próprias ferramentas de escalada! Entretanto, existem vários poliquetos sésseis, isto é, que ficam fixos em certos ambientes!

Os parapódios dos poliquetos errantes, isto é, que andam, ajudam na locomoção!

Então, apesar de serem considerados "vermes", os anelídeos têm um monte de características legais e únicas que os ajudam a sobreviver em seus respectivos habitats. Que bichinhos incríveis, não é mesmo?

Os anelídeos, embora compartilhem algumas características gerais, são incrivelmente diversificados em termos de comportamento alimentar. Não são apenas os detritívoros como as minhocas ou os parasitas como as sanguessugas que compõem esse grupo - há uma gama muito mais ampla de estilos de vida alimentar!

se enterra na areia e aguarda alguma vítima passar perto para então sair rapidamente e captura-la!

Por exemplo, temos os anelídeos predadores, como alguns poliquetas, que saem em busca ativa de suas presas, que podem incluir pequenos invertebrados. Eles geralmente têm mandíbulas fortes e, em alguns casos, veneno para imobilizar suas presas.

Existem também os anelídeos filtradores, que vivem, na maioria das vezes, em ambientes aquáticos. Esses animais se alimentam de partículas em suspensão na água, utilizando estruturas especializadas para filtrar essas partículas.

É o caso de muitos poliquetas sedentários, como os do gênero Sabella, que constroem tubos e usam seus tentáculos plumosos para capturar partículas na água.

Outros anelídeos são ectoparasitas, o que significa que vivem no exterior dos organismos e se alimentam deles. A mais famosa dessas espécies é, sem dúvida, a sanguessuga, mas existem muitos outros anelídeos ectoparasitas, geralmente na classe dos poliquetas, que se agarram a peixes e outros animais marinhos e se alimentam de seus tecidos.

As sanguessugas  têm uma boca cheia de pequenos dentinhos que usam para perfurar a pele de suas vítimas. Assim que perfuram a pele, suas glândulas salivares secretam substâncias que impedem o sangue de coagular - de forma semelhante aos mosquitos ou percevejos. Dessa forma, a vítima continua sangrando por mais tempo. Mas não para por aí, elas também secretam substâncias que dilatam os vasos sanguíneos e anestésicos que impedem a vítima de sentir dor ou perceber a presença da sanguessuga.

As minhocas são conhecidas como necrófagas. Isso significa que elas gostam de se alimentar de matéria orgânica que já está em decomposição. Elas fazem isso ao ingerir a terra que contém essa matéria orgânica e, em seguida, processam esses elementos orgânicos em seus corpos, liberando húmus, muito usado na agricultura!

Sistema digestório exemplo de um anelídeo

No sistema digestório dos anelídeos, a faringe funciona como uma espécie de bomba de sucção, puxando o sangue ou alimento diretamente para o intestino. O alimento é armazenado temporariamente em um compartimento chamado papo, e depois passa para a moela, que é como uma pequena fábrica de processamento, onde o sangue ou alimento é preparado para ser digerido.

Corte transversal da região do intestino de um anelídeo qualquer.

A absorção dos nutrientes é realizada em locais especiais do intestino chamados cecos intestinais e tiflossole. A tiflossole é um tipo de apêndice intestinal com uma capacidade incrível de absorção, permitindo que os anelídeos tirem o máximo proveito dos alimentos que ingerem. Então, apesar de seus hábitos alimentares um tanto estranhos, os anelídeos têm um sistema de digestão bastante eficiente!

Primeiro, vamos para o sistema circulatório. Os anelídeos têm um sistema circulatório fechado, o que significa que o sangue flui sempre dentro dos vasos sanguíneos. É algo semelhante ao que acontece em nós, humanos, com grandes vasos e pequenos capilares. Mas, aqui está a diferença: em vez de um coração como nós temos, os anelídeos têm pequenas estruturas musculares ao redor dos vasos que atuam como pequenas bombas. E mais uma coisa interessante, eles têm hemoglobina, a proteína que transporta oxigênio, como nós, mas ela é dissolvida diretamente no plasma sanguíneo, sem estar contida em glóbulos vermelhos.

Diferentes sistemas de respiração em Annelida.

Agora, vamos falar sobre respiração. As minhocas, por exemplo, fazem algo chamado respiração cutânea. Basicamente, enquanto o sangue circula logo abaixo de sua pele, o oxigênio do ambiente pode entrar e o dióxido de carbono pode sair. Muito prático, não? Já os poliquetas e as sanguessugas marinhas fazem algo diferente: eles têm órgãos especiais para trocar gases com a água, algo parecido com nossos pulmões, chamado respiração branquial.

Os nefrídeos fazem parte do sistema excretor em Annelida.

Em seguida, temos a excreção, a maneira como os anelídeos se livram dos resíduos do corpo. Eles fazem isso por meio de estruturas chamadas metanefrídios, que coletam resíduos de dentro do corpo e os liberam para fora. Cada segmento de uma minhoca, por exemplo, tem um par dessas estruturas de limpeza, como pequenas estações de tratamento de resíduos.

Finalmente, vamos para o sistema nervoso. Eles têm um cordão nervoso ao longo da parte inferior do corpo e um par de pequenas aglomerações de nervos, chamados gânglios, em cada segmento do corpo. Além disso, eles têm um par de gânglios maiores na parte da frente do corpo, chamados cerebroides, que atuam como uma espécie de cérebro para o animal.