Planejativo

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Introdução à Botânica

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Morfologia vegetal: Flor, semente e fruto

Histologia vegetal

Fisiologia e Transpiração vegetal

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Genética das populações e Lei de Hardy-Weinberg

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Evolução dos primatas e humana

Introdução à ecologia

Dinâmica populacional e Potencial biótico

Fluxo de energia e Pirâmides ecológicas

Relações ecológicas

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Ciclos biogeoquímicos

Morfologia vegetal: Raiz, caule e folha

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Desequilíbrios ecológicos

Sucessão ecológica

Teorias evolutivas

Anfíbios

Aves

Ciclo reprodutivo dos vegetais

Artrópodes

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

Os hormônios vegetais, também conhecidos como fitormônios, desempenham um papel fundamental na regulação do desenvolvimento e crescimento das plantas.

Essas substâncias agem como "mensageiros químicos", transmitindo informações entre células, tecidos e órgãos das plantas superiores.

Uma característica importante dos hormônios vegetais é sua capacidade de causar efeitos mesmo em concentrações muito baixas. Esses hormônios possuem ação específica em locais determinados, desencadeando respostas e processos fisiológicos necessários para o crescimento e adaptação das plantas.

Normalmente, os hormônios vegetais são transportados pelos tecidos condutores das plantas, como o xilema e o floema, até o local onde exercem sua ação. No entanto, eles também podem atuar no mesmo local onde são produzidos.

Entre os principais hormônios vegetais, destacam-se as auxinas, giberelinas, citocininas, etileno e ácido abscísico. Cada um desses hormônios desempenha funções específicas no controle do desenvolvimento das plantas, desde o crescimento das raízes e caules até a regulação da floração, frutificação e senescência. O equilíbrio e interação entre esses hormônios desempenham um papel crucial na resposta das plantas a estímulos ambientais e na coordenação de suas atividades internas.

As auxinas são a primeira classe de hormônios vegetais descoberta e são produzidas em várias partes das plantas, como extremidades dos coleóptilos de gramíneas, pontas dos caules, meristemas de folhas jovens, frutos e sementes.

Esses hormônios desempenham um papel crucial no desenvolvimento ( crescimento ) das plantas, atuando no alongamento e expansão celular, promovendo o crescimento de raízes e caules. No entanto, a ação das auxinas é determinada pela quantidade do hormônio, uma vez que em altas concentrações elas inibem o alongamento celular.

As auxinas se movem de forma unipolar, do ápice dos meristemas em direção à base de folhas, caules e pontas de raízes. Esse movimento requer energia e não é influenciado pela gravidade.

A auxina natural mais encontrada nos vegetais é o ácido indolacético (AIA).

As giberelinas são produzidas em meristemas apicais do caule e raiz, folhas jovens, embrião da semente e frutos.

Esses hormônios desempenham um papel importante no alongamento do caule, crescimento de raízes e frutos, e na germinação de sementes. O embrião da planta jovem produz giberelinas que estimulam a semente a sintetizar enzimas digestivas, resultando na liberação de nutrientes para o embrião.

Existem mais de 137 tipos de giberelinas conhecidas, sendo a mais famosa o ácido giberélico.

As citocininas são abundantes em locais com alta atividade de proliferação celular, como sementes em germinação, frutos, folhas em desenvolvimento e ponta de raízes. Em associação com as auxinas, as citocininas atuam na divisão celular e no controle da dominância apical. Elas também retardam o envelhecimento da planta.

O etileno é o único hormônio vegetal gasoso e é produzido em várias partes da planta. Sua principal ação é induzir o amadurecimento dos frutos.

O ácido abscísico é produzido em folhas, coifa e caule, e é transportado via xilema. Esse hormônio inibe o crescimento das plantas e desempenha um papel importante no bloqueio do crescimento durante o inverno. Além disso, o ácido abscísico também está envolvido na dormência das sementes, impedindo a germinação prematura.

Os movimentos vegetais ocorrem quando as plantas são estimuladas por fatores como luz, água, gravidade, entre outros.

As plantas não são seres vivos imóveis e também possuem a capacidade de responder a estímulos externos por meio de movimentos. Essa resposta a estímulos externos é conhecida como tropismo, termo derivado da palavra grega "trope", que significa volta ou giro. Dependendo da direção do crescimento em relação ao estímulo, podemos classificar o tropismo como positivo ou negativo.

Existem diferentes tipos de tropismos, sendo os principais o 

fototropismo, gravitropismo (ou geotropismo) e tigmotropismo, além do hidrotropismo e quimiotropismo

 ocorre quando o estímulo é a luz. Os caules das plantas tendem a crescer em direção à fonte de luz, o que é conhecido como fototropismo positivo. Esse movimento é mediado pela ação do hormônio auxina, que promove o alongamento celular. Quando a planta é iluminada em um lado, a auxina migra para o lado menos iluminado, resultando em um crescimento maior das células desse lado e causando a curvatura da planta em direção à luz.

, que também é chamado de geotropismo, o estímulo é a força da gravidade da Terra. Novamente, as auxinas desempenham um papel importante nesse processo. Nas raízes, ocorre o gravitropismo positivo, pois elas crescem em direção ao solo. Já nos caules, ocorre o gravitropismo negativo, pois eles crescem em sentido contrário à força gravitacional.

Quando uma planta é colocada na horizontal, as auxinas produzidas na gema apical se deslocam para a região voltada para baixo, resultando em um maior alongamento celular nesse lado. Como resultado, o caule se curva para cima, demonstrando o 

 negativo. Nas raízes, o aumento na concentração de auxina na região voltada para baixo inibe o alongamento celular, enquanto as células do lado oposto se alongam mais, fazendo com que a raiz se curve para baixo. Isso exemplifica o geotropismo positivo das raízes, pois elas tendem a crescer na direção do estímulo gravitacional.

 é o movimento direcionado em resposta à presença de água, enquanto o quimiotropismo é o movimento orientado em direção a substâncias específicas.

Além do tropismo, existe também o nastismo, que é um tipo de movimento realizado pelas plantas em resposta a estímulos externos. No entanto, o nastismo difere do tropismo por não ser influenciado pela direção do estímulo. No nastismo, o estímulo desencadeia a abertura ou fechamento de um órgão da planta, independentemente da direção do estímulo, sendo a intensidade do estímulo mais relevante. Exemplos de nastismo incluem a planta dormideira, que fecha seus folíolos em resposta a um estímulo mecânico, e a flor da planta onze-horas, que abre suas flores durante o período mais quente do dia, quando a intensidade da luz é maior. No nastismo, a direção do estímulo não influencia no movimento do vegetal.

O movimento da planta dormideira está ligado a alterações na turgência das células de uma estrutura localizada na base dos folíolos, chamada de pulvino. Quando essas células são estimuladas, as células da parte superior dos pulvinos liberam íons potássio, provocando uma diminuição na pressão osmótica, com perda de água para outras células. A diminuição na turgência dessas células provoca o fechamento dos folíolos. Há também outras plantas que abrem suas folhas durante o dia e as fecham à noite.

Esses movimentos ocorrem em virtude das alterações na turgescência de células que se localizam em um dos lados da base dos pecíolos. De dia, essas células permanecem túrgidas, sendo que as células que se localizam no lado oposto do pecíolo estão praticamente murchas – dessa forma, as folhas permanecem abertas. No período da noite, as células que estavam murchas tornam-se túrgidas, e as que estavam túrgidas tornam-se murchas, provocando o fechamento das folhas. Os tactismos são movimentos de deslocamento, os quais podem ser ou não no sentido do estímulo. Na grande maioria das plantas, o tactismo não ocorre com o organismo inteiro, pois elas estão fixas ao substrato. Os gametas ou organelas celulares podem se deslocar de um local a outro, dependendo do tipo de estímulo. Um exemplo de tactismo é o 

 apresentado por anterozoides que são atraídos por substâncias químicas presentes no arquegônio.

O movimento da planta dormideira está relacionado a mudanças na pressão osmótica das células do pulvino, uma estrutura localizada na base dos folíolos. Quando essas células são estimuladas, ocorre a liberação de íons potássio pelas células superiores do pulvino, resultando em uma diminuição na pressão osmótica e na perda de água para outras células. A redução da turgidez dessas células leva ao fechamento dos folíolos.

Outras plantas também apresentam movimentos de abertura e fechamento de folhas ao longo do dia. Esses movimentos estão relacionados às mudanças na turgidez das células localizadas em um dos lados da base dos pecíolos. Durante o dia, essas células permanecem turgidas, enquanto as células do lado oposto do pecíolo estão murchas, o que mantém as folhas abertas. Durante a noite, as células murchas se tornam túrgidas, e as células que estavam túrgidas se tornam murchas, levando ao fechamento das folhas.

 são movimentos de deslocamento que podem ocorrer nas plantas, podendo ser direcionados ou não em resposta a um estímulo. No entanto, na maioria das plantas, o tactismo não ocorre em todo o organismo, já que estão fixas ao substrato. No entanto, gametas e organelas celulares podem se deslocar de um local para outro, dependendo do tipo de estímulo.

Um exemplo de tactismo é o quimiotactismo apresentado pelos anterozoides, que são atraídos por substâncias químicas liberadas pelo arquegônio.

O fototactismo é um movimento direcionado em relação a uma fonte de luz e pode ser observado nos cloroplastos dentro das células vegetais. Quando a luz solar incide nas folhas, os cloroplastos são estimulados e começam a se mover através do citoplasma celular. Esse movimento dos cloroplastos dentro da célula vegetal é chamado de ciclose.