Planejativo

Tecido muscular

Fecundação, segmentação ou clivagem

Gastrulação, Neurulação e Organogênese

Anexos embrionários

Tecido epitelial

Tecido conjuntivo propriamente dito

Visão geral da fisiologia

Sistema respiratório

Sistema cardiovascular

Sistemas linfático e imunológico

Sistema excretor

Sistema endócrino

Sistema nervoso

Sistema sensorial

Sistema reprodutor

Vírus, Príons e Viroses

Reino Monera e Bacterioses

Algas

Reino Fungi e Micoses

Tecido cartilaginoso

Tecido ósseo

Tecido sanguíneo

Tecido nervoso

Classificação Biológica

Protozoários e Protozooses

Embriologia humana

Ciclo menstrual

Métodos contraceptivos

Sistema digestório

Tecido adiposo

Tecido hematopoiético

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

Os tecidos musculares são tecidos corporais especializados que têm a capacidade de se contrair e relaxar para gerar movimento. Existem três tipos principais de tecido muscular no corpo humano: tecido muscular esquelético, tecido muscular cardíaco e tecido muscular liso.

Cada tipo de tecido muscular tem um papel único no corpo. O tecido muscular esquelético permite-nos mover-nos e interagir com o nosso ambiente, o tecido muscular cardíaco mantém o sangue a circular pelo corpo, e o tecido muscular liso regula o movimento de substâncias dentro de vários sistemas do corpo. Entender a estrutura e a função desses diferentes tipos de tecidos musculares é fundamental para entender como nosso corpo se move e funciona.

O tecido muscular está relacionado à locomoção e outros movimentos do corpo. Possui características como excitabilidade, contratilidade, extensibilidade e elasticidade.

Os músculos correspondem a aproximadamente 40% da massa corporal, o que os torna o tecido mais abundante em muitos animais.

As células do tecido muscular, conhecidas como fibras musculares ou miócitos, são células alongadas e contêm as proteínas actina e miosina em abundância. No estudo do tecido muscular, os elementos estruturais possuem denominações específicas.

A contração muscular é o processo pelo qual as fibras musculares se encurtam, resultando na geração de força e movimento. É um processo fundamental para a locomoção, realização de atividades físicas, bem como para funções fisiológicas internas, como a circulação sanguínea.

A contração muscular ocorre através da interação entre os filamentos de actina e miosina, que estão presentes nas fibras musculares. Durante a contração, os filamentos de miosina se ligam aos filamentos de actina e deslizam entre eles, encurtando assim a fibra muscular.

O processo de contração muscular é controlado por estímulos elétricos que são transmitidos pelos neurônios motores. Esses neurônios se conectam às fibras musculares através da placa motora neuromuscular, onde ocorre a liberação de um neurotransmissor chamado acetilcolina, que estimula a contração muscular.

Para que a contração ocorra, é necessária a presença de íons de cálcio. Durante a estimulação do músculo, os íons de cálcio são liberados do retículo sarcoplasmático, uma estrutura especializada presente nas fibras musculares. A presença de cálcio permite a interação entre os filamentos de actina e miosina, resultando na contração muscular.

É importante ressaltar que a contração muscular pode ocorrer de forma voluntária, controlada conscientemente, como quando movimentamos os membros, e de forma involuntária, controlada pelo sistema nervoso autônomo, como a contração do músculo cardíaco ou a contração do músculo liso encontrado em órgãos internos.

A contração muscular é uma função essencial do tecido muscular, permitindo uma ampla variedade de movimentos e desempenhando um papel crucial em várias atividades do corpo humano.

O tecido muscular desempenha diversas funções essenciais para o funcionamento do corpo humano. Aqui estão algumas das principais funções do tecido muscular:

Essas são apenas algumas das funções do tecido muscular, mostrando sua importância vital para o funcionamento adequado do corpo humano.

Existem três tipos de tecido muscular: estriado esquelético, estriado cardíaco e liso (ou não-estriado).

Cada tipo de tecido é composto por fibras musculares que apresentam características morfológicas e funcionais específicas, conforme detalharemos a seguir:

O tecido muscular estriado esquelético é um dos três tipos de tecido muscular existentes no corpo humano, juntamente com o tecido muscular liso e o tecido muscular estriado cardíaco.

Como o próprio nome sugere, o tecido muscular estriado esquelético possui estrias transversais visíveis ao microscópio óptico, resultantes do alinhamento dos sarcômeros, que são as unidades contráteis das fibras musculares.

As células que compõem este tecido, chamadas de fibras musculares esqueléticas, são longas e cilíndricas, possuem vários núcleos localizados perifericamente e são formadas pela fusão de células precursoras chamadas mioblastos.

O tecido muscular estriado esquelético é responsável pela movimentação voluntária do corpo, pois está ligado ao esqueleto através dos tendões. Isso significa que ele se contrai e relaxa em resposta a sinais do sistema nervoso central.

Essas contrações musculares permitem a realização de uma ampla gama de atividades físicas, desde gestos sutis, como piscar os olhos, até ações vigorosas, como correr ou levantar peso.

A estrutura do tecido muscular estriado esquelético é complexa e organizada. Cada fibra muscular é composta por feixes de miofibrilas, que são filamentos protéicos de actina e miosina. Estes formam o sarcômero, a unidade funcional do músculo.

Quando um impulso nervoso atinge a fibra muscular, ele provoca a liberação de íons cálcio do retículo sarcoplasmático (uma espécie de armazém de cálcio dentro da fibra muscular). Estes íons cálcio ligam-se a uma proteína chamada troponina, o que permite o deslizamento dos filamentos de actina sobre a miosina, resultando na contração muscular.

O tecido muscular estriado esquelético tem uma capacidade limitada de regeneração. No caso de lesão, as células satélites, que ficam dormentes sob a membrana das fibras musculares, são ativadas para se diferenciar em novas fibras musculares e reparar o dano.

O crescimento do tecido muscular estriado esquelético (hipertrofia) ocorre principalmente pelo aumento do tamanho das fibras musculares existentes, e não pela formação de novas fibras. Esse aumento do tamanho é uma resposta ao estresse mecânico, como o exercício físico, que leva a um aumento na síntese de proteínas musculares.

O tecido muscular estriado cardíaco é outro tipo de tecido muscular e, como o nome indica, é encontrado principalmente no coração. Este tecido é responsável por produzir as contrações que bombeiam sangue por todo o corpo. Aqui estão alguns dos seus principais aspectos.

As células deste tecido, conhecidas como miócitos cardíacos ou células musculares cardíacas, também apresentam estrias transversais ao microscópio. No entanto, diferentemente das fibras musculares esqueléticas, que são longas e cilíndricas, os miócitos cardíacos são geralmente mais curtos e têm uma forma um pouco mais ramificada.

Cada miócito cardíaco possui um ou dois núcleos centrais e está conectado aos miócitos vizinhos através de estruturas chamadas discos intercalados, que facilitam a rápida passagem de impulsos elétricos entre as células. Isso permite que o tecido muscular cardíaco se contraia de maneira sincronizada, o que é essencial para o bombeamento eficiente do sangue.

A principal função do tecido muscular estriado cardíaco é bombear sangue para todo o corpo. As contrações do coração são involuntárias, o que significa que ocorrem automaticamente, sem a necessidade de pensarmos sobre elas. Essas contrações são reguladas pelo sistema nervoso autônomo e por marcapassos naturais dentro do coração.

Assim como o tecido muscular esquelético, o tecido muscular cardíaco é composto por miofibrilas, que contêm os filamentos protéicos de actina e miosina que formam o sarcômero, a unidade funcional do músculo.

A contração do tecido muscular cardíaco ocorre de maneira semelhante à do tecido muscular esquelético, com a liberação de íons cálcio que permitem o deslizamento dos filamentos de actina sobre a miosina.

Ao contrário do tecido muscular esquelético, o tecido muscular cardíaco tem uma capacidade muito limitada de regeneração. Após um dano, como o causado por um ataque cardíaco, as células musculares cardíacas são geralmente substituídas por tecido cicatricial, que não é capaz de contrair.

Quanto ao crescimento, o coração pode sofrer hipertrofia em resposta a estresse a longo prazo, como pressão arterial alta. No entanto, essa hipertrofia geralmente não é saudável e pode levar a condições como insuficiência cardíaca.

O tecido muscular liso, também conhecido como não-estriado, é o terceiro tipo de tecido muscular encontrado no corpo humano. Ele é chamado de "liso" porque, ao contrário dos tecidos musculares estriado esquelético e cardíaco, não apresenta as estrias transversais características quando observado ao microscópio. Aqui estão alguns detalhes importantes sobre o tecido muscular liso.

As células do tecido muscular liso, conhecidas como miócitos lisos, são geralmente fusiformes - isto é, têm a forma de um fuso, sendo mais largas no meio e afilando-se nas extremidades. Elas possuem um único núcleo central.

O tecido muscular liso está presente em muitos órgãos internos, incluindo o trato gastrointestinal, os vasos sanguíneos, a bexiga, o útero, a íris do olho, entre outros. As contrações do tecido muscular liso são geralmente involuntárias, controladas pelo sistema nervoso autônomo.

As funções variam dependendo do órgão em que se encontram. Por exemplo, no trato gastrointestinal, ajudam a mover o alimento através do sistema digestivo; nos vasos sanguíneos, regulam o diâmetro dos vasos, afetando a pressão arterial; na bexiga, permitem a expulsão da urina; no útero, desempenham um papel crucial nas contrações do parto.

Embora as células do tecido muscular liso também contenham os filamentos protéicos de actina e miosina, eles não estão organizados em sarcômeros como nos tecidos musculares estriados. Em vez disso, os filamentos estão dispostos em uma rede irregular dentro da célula.

A contração do tecido muscular liso é mais lenta do que a dos tecidos musculares estriados, mas pode ser mantida por mais tempo sem se fatigar. Ela ocorre devido à interação entre a actina e a miosina, que é regulada por um complexo de proteínas ligeiramente diferente daquele encontrado no tecido muscular estriado.

O tecido muscular liso tem uma maior capacidade de regeneração em comparação com os tecidos musculares estriados. As células musculares lisas podem se dividir e produzir novas células, permitindo a reparação e a adaptação ao estresse. Por exemplo, a parede do útero pode aumentar significativamente de tamanho durante a gravidez devido à proliferação das células musculares lisas.