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Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

A arte contemporânea é um termo usado para descrever obras de arte produzidas aproximadamente na segunda metade do século XX até o presente. A arte contemporânea segue a arte moderna e, embora ambos os termos sejam utilizados de maneira intercambiável em algumas situações, eles têm significados distintos.

Obra da artista Janaina Mello Landini, um conjunto de elásticos que se repetem e se somam no espaço, criando um visual caótico

A arte contemporânea não se limita a um movimento, estilo ou forma específica, o que a torna um campo incrivelmente diversificado. Ela abrange diversas disciplinas e abordagens, como pintura, escultura, fotografia, videoarte, arte performática, instalações, arte digital e muito mais. A arte contemporânea desafia constantemente as fronteiras entre diferentes formas de arte, criando novas maneiras de ver e interpretar o mundo.

Algumas das características marcantes da arte contemporânea incluem:

Em geral, a arte contemporânea se caracteriza por uma atitude de questionamento constante, inovação e reflexão sobre a condição humana em um mundo em constante mudança. Ela pode ser desafiadora, provocativa, emocional e intelectualmente estimulante. Embora seja muitas vezes objeto de debate e controvérsia, a arte contemporânea continua a ser uma forma vital e dinâmica de expressão cultural.

A arte contemporânea, como conhecemos hoje, começou a emergir no período pós-Segunda Guerra Mundial, em torno da década de 1950. Durante esse tempo, muitos artistas começaram a se afastar dos conceitos e estilos associados à arte moderna, buscando novas formas de expressão que refletissem as mudanças na sociedade e na cultura.

Um dos movimentos mais importantes desse período foi a Pop Art. Surgindo principalmente na Inglaterra e nos Estados Unidos na década de 1950 e 1960, a Pop Art foi uma reação direta ao Expressionismo Abstrato, que dominou a cena artística nos anos anteriores. Enquanto o Expressionismo Abstrato era muitas vezes introspectivo e enfocado na experiência emocional pessoal, a Pop Art voltou-se para o mundo exterior, adotando imagens e temas da cultura popular e da mídia de massa.

Artistas da Pop Art, como Andy Warhol, Roy Lichtenstein e Richard Hamilton, usaram técnicas de reprodução mecânica e estéticas comerciais para criar obras de arte. Eles se inspiraram em fontes tão diversas quanto histórias em quadrinhos, anúncios, celebridades, embalagens de produtos e imagens da televisão. A ideia era destacar a natureza efêmera, a banalidade e o charme da vida moderna e do consumo em massa.

A Pop Art desafiou a divisão tradicional entre "alta" arte e "baixa" cultura, sugerindo que as imagens da cultura popular tinham tanto valor artístico quanto as obras dos museus. Essa quebra de barreiras entre diferentes formas de arte e cultura se tornou uma característica importante da arte contemporânea.

O surgimento da arte contemporânea, portanto, está intimamente ligado à ascensão da Pop Art e a uma mudança mais ampla na maneira como os artistas percebiam e interagiam com o mundo. Desde então, a arte contemporânea continuou a se desenvolver e diversificar, incorporando uma ampla gama de estilos, temas e abordagens.

Há muitos artistas contemporâneos que se destacam em várias disciplinas. Eles continuam a empurrar as fronteiras do que é possível na arte e a oferecer comentários poderosos sobre o mundo em que vivemos. Aqui estão alguns desses artistas:

: Ai Weiwei é um artista conceitual contemporâneo, escultor e curador. Ele é conhecido por suas instalações em larga escala e por seu ativismo político. Suas obras muitas vezes lidam com temas de direitos humanos e liberdade de expressão.

: Kusama é uma das artistas mais influentes do Japão e é conhecida por suas instalações imersivas que incorporam motivos como pontos e espelhos. Sua arte é frequentemente ligada ao movimento pop art, minimalismo e arte feminista.

Marina Abramovic em performance em 2010 reencontra seu antigo parceiro de vida e arte

: Abramović é uma das principais artistas de performance do mundo. Ela usa seu próprio corpo como meio e tema em suas performances, explorando os limites físicos e mentais.

: Banksy é um artista de rua britânico cuja identidade continua desconhecida. Ele é conhecido por suas imagens satíricas e subversivas que oferecem críticas sociais e políticas.

: Hirst é um artista britânico conhecido por suas instalações, esculturas, pinturas e desenhos. Ele é uma das figuras centrais do grupo conhecido como "Young British Artists", que dominou a cena da arte britânica na década de 1990.

: Sherman é uma artista americana conhecida por suas fotografias conceptualmente provocativas. Ela é conhecida por se auto-retratar em uma variedade de contextos e personagens, desafiando conceitos de identidade e representação.

Estes são apenas alguns exemplos dos muitos artistas contemporâneos influentes e importantes trabalhando hoje. A natureza diversa e global da arte contemporânea significa que há uma infinidade de vozes criativas contribuindo para o campo.

A arte conceitual é um movimento na arte contemporânea que se desenvolveu no final da década de 1960 e início da década de 1970. Ao contrário dos movimentos artísticos anteriores, que enfatizavam o produto final da arte - seja uma pintura, uma escultura, uma fotografia -, a arte conceitual colocava a ideia ou o conceito no centro do trabalho. Para os artistas conceituais, a ideia por trás da obra era mais importante do que o objeto físico que poderia resultar dela.

A arte conceitual desafia a noção tradicional de arte como algo para ser olhado ou apreciado puramente por sua estética. Em vez disso, a arte conceitual muitas vezes exige que o espectador pense, questione e se envolva com a ideia que o artista está tentando comunicar. As obras de arte conceitual muitas vezes são mais sobre como são interpretadas do que sobre como são visualizadas.

Um exemplo emblemático é a obra "Uma e Três Cadeiras" de Joseph Kosuth, de 1965. Nesta obra, Kosuth apresenta ao espectador uma cadeira física, uma fotografia de uma cadeira e a definição de uma cadeira em um dicionário. Este trabalho convida o espectador a considerar as diferentes maneiras pelas quais entendemos e representamos o mundo à nossa volta.

Outros artistas importantes associados à arte conceitual incluem Sol LeWitt, que enfatizava a ideia por trás da arte em vez da execução, e Yoko Ono, cujas "Instruções para Pinturas" convidavam o público a completar a obra de arte em sua imaginação.

A arte conceitual teve um impacto significativo na arte contemporânea, influenciando uma série de movimentos e práticas subsequentes, como a arte da instalação, a arte performática e a arte digital. Ela abriu caminho para a ideia de que a arte pode existir em qualquer meio ou forma, desde que haja uma ideia ou conceito por trás dela.

Arte Povera, que se traduz literalmente do italiano como "arte pobre", foi um movimento de arte contemporânea que surgiu na Itália no final da década de 1960. O termo foi cunhado pelo crítico de arte italiano Germano Celant para descrever um grupo de artistas que estavam fazendo uso de materiais simples, muitas vezes descartados ou "pobres", em suas obras.

Os artistas da Arte Povera estavam reagindo contra o consumismo e a industrialização crescentes da sociedade pós-guerra na Itália, assim como contra a complexidade e o elitismo frequentemente associados à arte moderna. Eles se voltaram para materiais como terra, pedra, madeira, ferro, trapos, e até mesmo vegetais e animais, numa tentativa de reconectar a arte com a vida cotidiana e a natureza.

Arte Povera "Emergência III", feita com plásticos reciclados, alumínio pintado, aço, pedaços de hardware e fios

Os artistas da Arte Povera também rejeitavam a ideia de que a arte deveria ser um objeto acabado e comercializável. Em vez disso, muitas de suas obras eram efêmeras, mudando com o tempo ou desaparecendo completamente. Isso representava uma rejeição da cultura do consumo e uma tentativa de focar na experiência da arte em vez de sua posse.

Alguns dos artistas mais notáveis associados à Arte Povera incluem Jannis Kounellis, que usou objetos cotidianos e materiais naturais em suas instalações; Giovanni Anselmo, cujas obras muitas vezes incorporavam elementos como vegetais e granito; e Michelangelo Pistoletto, conhecido por suas "pinturas de espelho" que incorporavam imagens figurativas em superfícies espelhadas.

Embora o movimento Arte Povera tenha sido relativamente de curta duração, sua influência foi significativa. Ele abriu o caminho para outras formas de arte que desafiam as convenções tradicionais do que a arte pode ser e de quais materiais ela pode ser feita. Ele também destacou a relação entre a arte e a sociedade, e a potencialidade política da arte.

A performance na arte, também conhecida como arte performática, é uma forma de arte contemporânea que se originou no século XX e se tornou particularmente proeminente nas décadas de 1960 e 1970. Ela enfatiza o ato de fazer arte ao vivo e a interação direta entre o artista e o público.

Na arte performática, o corpo do artista geralmente é o meio principal, e a performance em si é a obra de arte. O desempenho pode acontecer em qualquer lugar - desde teatros e galerias de arte até espaços públicos, como ruas ou praças - e pode envolver qualquer coisa, desde movimento e discurso até a manipulação de objetos ou a interação com o público.

A arte performática é muitas vezes efêmera, no sentido de que a performance acontece em um determinado momento e depois desaparece. Embora possa ser documentada através de vídeo, fotografia ou texto escrito, a experiência direta da performance é uma parte essencial da obra de arte.

Um dos primeiros e mais famosos artistas performáticos foi o artista sérvio Marina Abramović. Em uma de suas performances mais conhecidas, "A Artista está Presente" (2010), Abramović sentou-se silenciosamente em uma mesa no Museu de Arte Moderna de Nova York enquanto os visitantes eram convidados a sentar-se em frente a ela e olhar para ela. A performance durou mais de 700 horas e explorou temas de presença, conexão e vulnerabilidade. Vimos uma foto anteriormente!

Outros artistas performáticos notáveis incluem Yoko Ono, cujas "Instruções para Pinturas" pediam ao público para participar na criação da obra de arte, e Chris Burden, cujas performances muitas vezes envolviam atos extremos de autotransformação física.

A arte performática desafiou e expandiu as noções tradicionais de arte, abrindo novas possibilidades para a expressão e interação artística. Embora possa ser provocativa e desafiadora, ela oferece uma forma poderosa de engajamento direto e pessoal com a arte.

O Hiper-realismo, também conhecido como fotorealismo, é um gênero de arte contemporânea que surgiu na década de 1960 e 1970. Esse movimento se concentra em criar obras de arte que imitam a alta resolução e o detalhe de fotografias.

Os artistas hiper-realistas usam técnicas de pintura e desenho altamente detalhadas para criar retratos e cenas que são incrivelmente realistas, muitas vezes ao ponto de serem indistinguíveis de uma fotografia de alta resolução. Eles exploram temas como textura, luz e sombra, e detalhes minuciosos para dar uma sensação de realidade e presença tangível a suas obras.

Alguns artistas hiper-realistas notáveis incluem Richard Estes, conhecido por suas pinturas detalhadas de reflexos em vidro; Chuck Close, famoso por seus enormes retratos close-up; e Audrey Flack, uma das principais artistas femininas no movimento hiper-realista, conhecida por suas naturezas-mortas.

Os artistas hiper-realistas muitas vezes trabalham a partir de fotografias, usando técnicas como a projeção de grade para capturar detalhes precisos. Eles podem passar muitas horas, ou até mesmo meses, em uma única obra de arte para capturar a complexidade e o detalhe que procuram.

O Hiper-realismo, portanto, representa uma espécie de desafio à ideia de que a arte deve interpretar ou abstrair a realidade. Em vez disso, os hiper-realistas procuram representar a realidade tal como ela é, com uma precisão e uma atenção ao detalhe que desafiam as percepções e expectativas do espectador.

A Land Art, também conhecida como Earth Art ou Arte da Terra, é um movimento artístico que emergiu na década de 1960, principalmente nos Estados Unidos. Essa forma de arte contemporânea é caracterizada por obras que são criadas diretamente na paisagem, utilizando materiais naturais como terra, pedras, água e madeira. As obras de Land Art podem ser feitas tanto em locais remotos quanto em ambientes urbanos.

O movimento Land Art surgiu como uma reação contra a comercialização da arte e a percepção de que as galerias de arte e os museus estavam se tornando demasiadamente dominantes no mundo da arte. Os artistas de Land Art buscavam um retorno à natureza e um engajamento direto com o meio ambiente.

Um dos exemplos mais notáveis de Land Art é "Spiral Jetty", de Robert Smithson, criada em 1970. Esta obra é uma espiral de 457 metros de comprimento feita de rochas, cristais de sal e terra, construída no Grande Lago Salgado de Utah, nos Estados Unidos. Outro artista de Land Art importante é Michael Heizer, conhecido por suas esculturas negativas, onde ele move ou remove a terra para criar sua arte.

A Land Art também levanta questões interessantes sobre a temporalidade e a efemeridade da arte. Muitas obras de Land Art são efêmeras por natureza, mudando com o tempo devido à erosão, ao crescimento de plantas ou a outras forças naturais. Algumas são deliberadamente feitas para serem temporárias.

Embora o movimento Land Art possa ser visto como parte de uma tendência mais ampla na arte contemporânea em direção à exploração do espaço e do ambiente, ele também tem suas próprias características e preocupações particulares, como a relação entre o homem e a natureza, a impermanência da arte e o papel do artista na sociedade.

A Street Art, ou Arte de Rua, é uma forma de arte contemporânea que se manifesta no espaço público. Embora as formas de arte de rua existam há séculos, o movimento como o conhecemos hoje começou a se desenvolver na década de 1970, com o surgimento da cultura do graffiti em cidades como Nova York.

A Arte de Rua engloba várias formas, incluindo graffiti, stencil, instalações, murais, arte de adesivos, e mais. Ela é muitas vezes caracterizada por sua natureza não autorizada e subversiva, embora também possa ser encomendada ou sancionada por autoridades ou proprietários de imóveis.

Um dos aspectos mais importantes da Arte de Rua é a sua interação com o ambiente urbano. A arte de rua usa a cidade como sua tela, e muitas vezes responde diretamente ao seu contexto - seja comentando sobre questões sociais ou políticas, brincando com características arquitetônicas, ou interagindo com pedestres e transeuntes.

Artistas de rua famosos incluem Banksy, conhecido por suas imagens satíricas e muitas vezes politicamente carregadas, e Shepard Fairey, criador do icônico poster "HOPE" de Barack Obama. No Brasil, artistas como Os Gêmeos ganharam destaque internacional por suas grandes e coloridas pinturas murais.

Enquanto a Arte de Rua foi muitas vezes vista como vandalismo ou desordem no passado, ela tem ganhado crescente reconhecimento e respeito como uma forma de arte legítima nas últimas décadas. Ela oferece uma forma de expressão artística democrática e acessível, e pode trazer cor, vida e comentário social para o ambiente urbano.

A Body Art, ou Arte Corporal, é um movimento da arte contemporânea que começou a ganhar destaque na década de 1960 e 1970. Como o nome sugere, a Body Art usa o corpo humano como meio de expressão artística. Isso pode incluir tatuagens, body painting, escarificações, implantes, performances e outras intervenções corporais.

Um dos aspectos mais importantes da Body Art é a ideia de que o corpo em si pode ser uma obra de arte, e que o processo de modificar ou interagir com o corpo pode ser uma forma de expressão artística. A Body Art desafia as noções tradicionais de arte e beleza, e muitas vezes explora temas de identidade, gênero, raça e corporalidade.

A série* Silhuetas*, da cubana Ana Mendieta

Artistas famosos na área de Body Art incluem Marina Abramović, cujas performances frequentemente exploram os limites físicos e emocionais do corpo; Vito Acconci, conhecido por suas performances desafiadoras e confrontadoras que muitas vezes envolvem o seu próprio corpo; e Orlan, que usa cirurgia plástica como parte de seu trabalho para questionar ideais de beleza e identidade.

Em termos mais amplos, a Body Art também tem conexões com a arte tribal e a arte ritualística de muitas culturas ao redor do mundo, onde a modificação e decoração do corpo tem um significado cultural ou espiritual importante.

Embora a Body Art possa ser controversa e desafiadora, ela oferece uma maneira poderosa de explorar questões de identidade, corporalidade e a relação entre o indivíduo e a sociedade. Ela convida o espectador a considerar o corpo de maneiras novas e inesperadas, e a questionar as suposições tradicionais sobre arte e beleza.

A arte contemporânea no Brasil tem uma rica história e uma cena vibrante que engloba uma ampla gama de estilos, mídias e abordagens.

No contexto pós-Segunda Guerra Mundial, a arte brasileira começou a ganhar reconhecimento internacional, particularmente com o movimento neoconcreto na década de 1950 e 1960. Este movimento, centrado no Rio de Janeiro, rejeitou a rigidez do concretismo e procurou incorporar sensações, tempo e espaço na obra de arte. Artistas neoconcretos famosos incluem Lygia Clark e Hélio Oiticica.

, de Lygia Clarck, produzida entre 1960 e 1964

Durante a ditadura militar (1964-1985), muitos artistas se engajaram em formas de resistência através de suas obras, frequentemente usando o absurdo e a subversão para criticar o regime. Cildo Meireles, por exemplo, criou instalações e intervenções que criticavam sutilmente a repressão política.