Planejativo

Protozoários e Protozooses

Fecundação, segmentação ou clivagem

Gastrulação, Neurulação e Organogênese

Anexos embrionários

Tecido epitelial

Tecido conjuntivo propriamente dito

Visão geral da fisiologia

Sistema respiratório

Sistema cardiovascular

Sistemas linfático e imunológico

Sistema excretor

Sistema endócrino

Sistema nervoso

Sistema sensorial

Sistema reprodutor

Vírus, Príons e Viroses

Reino Monera e Bacterioses

Algas

Reino Fungi e Micoses

Tecido cartilaginoso

Tecido ósseo

Tecido sanguíneo

Tecido muscular

Tecido nervoso

Classificação Biológica

Embriologia humana

Ciclo menstrual

Métodos contraceptivos

Sistema digestório

Tecido adiposo

Tecido hematopoiético

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

 Entender a origem dos protistas é fundamental para compreender a evolução dos seres vivos. O surgimento desses eucariontes unicelulares tem implicações profundas na história da vida na Terra, levando ao desenvolvimento da complexidade celular e, eventualmente, à diversificação em todos os outros grupos eucariontes, como as plantas, fungos e animais.

2. Características Gerais dos Protozoários:

 Os protozoários, sendo os representantes mais conhecidos dos protistas, apresentam uma variedade de formas e funções que exemplificam a diversidade da vida no nível celular. Eles são importantes para entender a complexidade da vida em uma única célula e fornecem uma visão de como a célula eucariótica evoluiu para se tornar a unidade fundamental de vida nos organismos multicelulares.

 Apesar de serem agrupados de forma polifilética, os protozoários são classificados em vários grupos com base em suas características de locomoção e nutrição. Compreender essas classificações ajuda a ilustrar a diversidade de formas e estilos de vida entre esses organismos, assim como fornecer uma perspectiva sobre a evolução dos seres vivos.

 Estudar as protozooses, que são as doenças causadas por protozoários, é vital para a compreensão de como esses microrganismos interagem com seus hospedeiros e o impacto que podem ter na saúde humana. Algumas dessas doenças, como a malária e a doença de Chagas, são grandes problemas de saúde pública em muitas partes do mundo.

 A doença de Chagas, causada pelo protozoário 

, é uma doença grave que afeta milhões de pessoas, principalmente nas Américas. Seu estudo é essencial para entender o ciclo de vida do parasita, seu mecanismo de transmissão, os sintomas da doença, bem como as estratégias de prevenção e tratamento. A doença de Chagas é um exemplo perfeito de como um único organismo microscópico pode ter um impacto enorme na saúde humana.

1. Origem dos Protistas, das Algas e das Plantas

Esquema didático mostrando a origem dos grupos atuais de protozoários, de plantas e das "algas". 

Hoje, nossa aula vai abordar as origens das algas, protistas e plantas. O ponto de partida dessa incrível jornada evolutiva ocorreu cerca de 2 bilhões de anos atrás, quando um organismo ancestral englobou uma cianobactéria, um tipo de bactéria fotossintetizante. Mas, em vez de ser digerida, essa cianobactéria acabou permanecendo dentro do organismo hospedeiro e se transformando em um componente permanente da célula: o cloroplasto. Isso, meus queridos, é o que chamamos de endossimbiose primária.

A cianobactéria evoluída para um cloroplasto possui clorofila a, um pigmento essencial para a fotossíntese. Este pigmento absorve luz, principalmente na faixa do vermelho e azul do espectro de luz, e é o responsável por capturar a energia solar para que a célula possa convertê-la em energia química durante a fotossíntese.

Mas, aqui vai uma informação crucial: esse evento de endossimbiose primária originou um grupo de organismos muito diverso, conhecido como Archaeplastida, que inclui as algas verdes, algas vermelhas e plantas.

Ao longo do tempo, algumas dessas algas verdes e vermelhas foram englobadas por outros organismos eucariotos em um processo semelhante ao que ocorreu com a cianobactéria. Isso é chamado de endossimbiose secundária. As algas resultantes desse processo são conhecidas como algas complexas e incluem grupos como as algas pardas. As algas pardas, por exemplo, possuem clorofila a e c, juntamente com pigmentos adicionais, como a fucoxantina, que dão a sua coloração marrom característica. A clorofila c amplia a capacidade de absorção de luz da alga, permitindo que ela habite águas mais profundas, onde a luz do sol é menos intensa.

Filogenia simplificada mostrando os eventos de endossímbiose a partir de um ancestral com clorofila 

Repare, na árvore, que os grupos que compõem os protozoários, como amaebozoa e alguns alveolados, formam um agrupamento polifilético! Fonte: 

Seguindo nossa fascinante jornada através da evolução dos protistas, vamos nos concentrar agora nos protozoários. Este é um grupo muito diversificado que representa um conjunto 

 - um termo que você deve lembrar de nossas aulas anteriores. Isso significa que os protozoários não possuem um único ancestral comum. Em vez disso, eles incluem vários grupos que se originaram de diferentes linhas ancestrais.

Por exemplo, tomemos os apicomplexos, um grupo de protozoários que inclui o famoso Plasmodium, causador da malária. Acredita-se que esses organismos se originaram através de endossimbiose secundária, similar à que mencionamos quando discutimos as algas pardas. No entanto, ao contrário das algas, esses protozoários perderam a capacidade de realizar fotossíntese ao longo do tempo. Isso pode parecer estranho à primeira vista, mas lembre-se: a evolução não é uma estrada de mão única. Às vezes, a perda de uma capacidade, como a fotossíntese, pode realmente ser vantajosa se o organismo encontrar outras formas eficientes de obter energia.

Em contraste, outros grupos de protozoários, como as amebas, surgiram de maneira bem diferente. As amebas são consideradas entre os eucariotos mais primitivos, pois não possuem características especializadas como organelas complexas ou paredes celulares rígidas. Elas são a prova de que a simplicidade também pode ser uma estratégia de sobrevivência muito eficaz.

Essa variedade de origens e estilos de vida nos protozoários é um lembrete de como a vida na Terra é diversificada e adaptável. Da mesma forma que ocorre com as plantas e as algas, a evolução encontrou uma ampla gama de soluções para os desafios da sobrevivência, resultando na incrível diversidade de vida que vemos ao nosso redor.

Lembrando sempre que, embora usemos o termo "protozoários" para agrupar esses organismos, é importante lembrar que eles não formam um grupo taxonômico formal ou monofilético - ou seja, um grupo que compartilha um único ancestral comum. Eles são, em vez disso, um agrupamento conveniente de organismos unicelulares eucarióticos que não se encaixam em outros reinos.

Assim, nossa viagem pela origem dos protozoários nos leva a apreciar ainda mais a diversidade e a adaptabilidade da vida na Terra. E, como sempre, essa diversidade nos oferece uma infinidade de oportunidades para aprender mais. Então, estejam prontos para nossa próxima aula, onde exploraremos ainda mais esse fascinante mundo dos protistas!

Muito bem, pessoal, vamos voltar nossa atenção agora para um grupo fascinante de organismos conhecido como protozoários. Eles são criaturas unicelulares, ou seja, cada organismo é formado por uma única célula. No entanto, essa única célula é bastante complexa, porque é eucariótica - o que significa que possui um núcleo individualizado, além de outras organelas.

Na filogenia, ou "árvore da vida", os protozoários fazem parte do reino Protista, assim como as algas. No entanto, eles são um grupo muito diversificado e polifilético, como vimos anteriormente. De fato, o termo "protozoário" é mais uma conveniência do que uma designação formal; ele engloba uma variedade de organismos eucarióticos unicelulares que não se encaixam nos outros reinos.

Além disso, a maioria dos protozoários é aquática e de vida livre. No entanto, alguns são parasitas, vivendo dentro de outros seres vivos - inclusive humanos.

Exemplo de uma célula de um ciliado, um tipo de protozoário. Observe o quão complexa é, em uma única célula, a organização deste ser vivo.

Muito da complexidade e adaptabilidade dos protozoários pode ser atribuída à sua célula única. A célula de um protozoário realiza todas as funções que você normalmente encontraria em um organismo multicelular. Por exemplo, eles têm vacúolos contráteis ou pulsáteis que regulam a quantidade de água dentro da célula, uma necessidade importante para organismos que vivem em ambientes aquáticos.

Exemplo do processo de fagocitose. Fonte: 

Na alimentação, os protozoários capturam seu alimento por um processo chamado fagocitose. Eles englobam partículas de alimentos, formando o que é conhecido como fagossomo. Este fagossomo então se funde com um lisossomo, criando um vacúolo digestivo. Após a digestão, os resíduos são expelidos da célula por um processo chamado clasmocitose.

Em relação à reprodução, os protozoários podem se reproduzir tanto assexuada quanto sexuadamente. A reprodução assexuada, através de divisão binária ou múltipla, é a mais comum. No entanto, alguns protozoários, como os paramécios, podem também se reproduzir sexuadamente por um processo conhecido como conjugação.

Exemplo da conjugação de paramécios. Fonte: 

Durante a conjugação, dois paramécios se unem e trocam material genético. Cada paramécio produz micronúcleos, que são transferidos através de uma "ponte" formada entre as duas células. Após a troca, os paramécios se separam e os micronúcleos se multiplicam dentro de cada um, dando origem a novos indivíduos. Este processo aumenta a diversidade genética, o que pode ajudar os protozoários a se adaptarem a novos ambientes ou desafios.

Então, embora sejam seres unicelulares, os protozoários possuem uma surpreendente complexidade e adaptabilidade. Essas características os tornam um grupo de estudo fascinante na biologia, e entender esses organismos pode nos ajudar a entender melhor a diversidade e a evolução da vida na Terra.

Nossa próxima parada no mundo fascinante dos protozoários é entender como eles são classificados. Agora, antes de irmos mais longe, é importante lembrar que essa classificação é uma ferramenta didática. Isso significa que ela é útil para aprender e entender esses organismos, mas não reflete necessariamente as relações evolutivas precisas entre eles.

Então, a principal maneira pela qual classificamos os protozoários é pelo modo como eles se movem. Essa classificação nos dá quatro grupos principais: os sarcodíneos, ciliados, flagelados e esporozoários.

Começando com os sarcodíneos, ou rizópodos. Esse nome pode soar complicado, mas na verdade é bem descritivo. Sarcodíneos usam extensões do citoplasma, chamadas pseudópodes, ou "falsos pés", para se moverem.

O exemplo mais comum dos sarcodíneos é a ameba, uma pequena criatura que vive principalmente em água doce. Mas fique atento, porque algumas espécies de amebas vivem no corpo humano. Algumas, como a 

, são inofensivas, enquanto outras, como a 

Exemplo de uma ameba engolfando dois outros protistas para se alimentar!

As amebas usam seus pseudópodes não só para se moverem, mas também para se alimentarem. Elas se aproximam da comida, envolvem-na com seus pseudópodes e a puxam para dentro de si. Esse pedaço de comida, agora envolto em um pedaço da membrana celular, é chamado de fagossomo.

Também temos os foraminíferos, que são protozoários que se movem por pseudópodes, mas têm uma casca externa de carbonato de cálcio. Eles fazem parte do filo Foraminifera. Seus pseudópodes são finos e delicados, e saem através de perfurações na casca.

Por fim, temos os heliozoários e os radiolários, membros do filo Actinopoda. Eles têm pseudópodes longos e afilados que se estendem como raios ao redor da célula. Esses protozoários têm um "esqueleto" interno de sílica que dá forma à célula. Enquanto todos os radiolários são marinhos, os heliozoários podem ser encontrados tanto em água salgada quanto em água doce.

Microscopia eletrônica de um radiolário! Fonte: 

Nosso próximo grupo de protozoários é o dos ciliados, que pertencem ao filo Ciliophora. Esses seres minúsculos, porém fascinantes, se locomovem usando filamentos curtos e numerosos chamados cílios. Imagine-os como minúsculas cerdas ondulantes que permitem que o protozoário nade por aí.

A maioria dos ciliados vive livremente na água, seja em água doce ou no oceano. No entanto, alguns adotam um estilo de vida mais "séssil". Vamos pegar a Vorticella como exemplo. Esta pequena criatura tem a forma de um sino invertido e usa uma haste para se fixar a um substrato, como uma rocha ou um pedaço de vegetação aquática.

Agora, eu sei que isso soa estranho, mas imagine um pequeno sino invertido, preso a uma rocha por uma haste. E sabe o que é ainda mais surpreendente? Se você olhar de perto, verá que a Vorticella está coberta de cílios, batendo rapidamente para ajudar a capturar alimentos à medida que a água passa. É uma estratégia de alimentação bem eficaz!

. Esses caras são bastante distintos por serem dióicos. Isso significa que eles têm sexos separados, em contraste com muitos outros protozoários que podem se reproduzir assexuadamente. Os paramecia se reproduzem de forma sexuada através de um processo chamado conjugação, visto anteriormente!

Anatomia das três formas distintas do flagelado causador da Doença de Chagas, T

Vamos prosseguir com outro grupo fascinante de protozoários - os flagelados, também conhecidos como mastigóforos. Eles são parte do filo Zoomastigophora e, como vocês devem ter adivinhado pelo nome, esses protozoários se locomovem usando estruturas parecidas com chicotes, conhecidas como flagelos.

Imagine o flagelo como uma espécie de "cauda" que se agita rapidamente, ajudando o protozoário a se mover na água. Agora, aqui vem a parte interessante: alguns flagelados são sésseis, o que significa que eles não usam seus flagelos para nadar. Em vez disso, eles usam seus flagelos para capturar moléculas de alimento. Esperto, né?

Os flagelados podem ter uma vida solitária, nadando por aí por conta própria. No entanto, também podem formar colônias, onde trabalham juntos para sobreviver. Isso é conhecido como comportamento colonial e é uma outra estratégia de vida que podemos observar entre os protozoários.

, em meio as células sanguíneas. Fonte: 

Agora, é importante notar que alguns flagelados são parasitas, o que significa que eles vivem às custas de outros organismos. Por exemplo, temos a 

 que pode se alojar na mucosa vaginal, causando infecções genitais em mulheres. Temos também o 

i, responsável pela doença de Chagas, e o 

Então, quando pensamos em flagelados, precisamos lembrar que eles são tão diversos quanto os outros grupos de protozoários que já discutimos. Eles possuem uma variedade de estratégias de vida e podem ter um grande impacto na saúde humana!

Agora, vamos falar sobre outro grupo fascinante de protozoários - os esporozoários. Os esporozoários pertencem ao filo Apicomplexa, e aqui está uma característica intrigante - eles não possuem estruturas locomotoras. Isso mesmo, ao contrário dos flagelados e dos ciliados que mencionamos antes, os esporozoários não se movem ativamente.

Agora, antes de começarmos a sentir pena deles, precisamos entender algo importante: os esporozoários são 

. Eles sobrevivem se alojando em outros seres vivos, incluindo seres humanos, e em animais vertebrados e invertebrados. Portanto, embora não se locomovam ativamente, eles encontraram uma maneira de se espalhar e sobreviver!

A reprodução dos esporozoários é um processo bastante complexo. Ela envolve a alternância entre gerações sexuadas e assexuadas e a produção de esporos. Isso resulta em ciclos de vida bastante complicados.

Para entender isso melhor, vamos falar sobre os plasmódios, que são provavelmente os esporozoários mais conhecidos. Eles são responsáveis por uma doença muito conhecida e devastadora: a malária. Os plasmódios passam por várias fases dentro do corpo. Uma dessas fases é conhecida como merozoítos. Durante essa fase, os plasmódios se multiplicam dentro dos glóbulos vermelhos. Quando esses glóbulos vermelhos se rompem, os parasitas são liberados e podem infectar novas células. É uma estratégia incrivelmente eficaz, embora certamente não seja boa para o hospedeiro!

Portanto, quando pensamos em esporozoários, precisamos lembrar que, embora não se locomovam como outros protozoários, eles têm estratégias de sobrevivência e reprodução bem desenvolvidas. E, infelizmente, podem causar doenças graves em humanos.

Um belo mapa mental com as principais doenças causadas por protozoários! Fonte: @gridbio.

'Protozoa' é o nome dado a um grupo de organismos unicelulares que mencionamos anteriormente - os protozoários. O sufixo '-ose' geralmente é usado em biologia para indicar uma doença ou condição. Portanto, quando falamos de protozooses, estamos nos referindo a doenças que são causadas por protozoários.

E aqui está uma coisa interessante sobre os protozoários: eles são bastante versáteis e podem sobreviver em muitos ambientes diferentes. Isso inclui o corpo humano e de outros animais, onde podem causar doenças. As protozooses, portanto, são um grupo de doenças causadas por esses protozoários.

Agora, há muitas doenças diferentes que são classificadas como protozooses, e elas podem variar bastante em termos de sintomas, severidade e tratamento. Por exemplo, a malária, que discutimos anteriormente, é uma protozoose. É causada pelo parasita Plasmodium e transmitida por mosquitos. A malária pode causar febre alta, calafrios, dor de cabeça e outros sintomas e, em casos graves, pode ser fatal.

Outra protozoose comum é a doença de Chagas, causada pelo Trypanosoma cruzi. Esta doença é transmitida pelo "barbeiro", um tipo de inseto, e pode causar uma variedade de sintomas, desde febre e mal-estar até problemas cardíacos e digestivos graves.

As amebíases, causadas pela Entamoeba histolytica, é outra protozoose. Esta infecção geralmente ocorre ao ingerir alimentos ou água contaminados. Os sintomas podem variar desde diarreia leve até disenteria grave.