Planejativo

Realismo

Figuras de linguagem: aspectos fonético e sintático

Figuras de linguagem: aspecto semântico

Romantismo: primeira geração

Romantismo: segunda geração

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Modernismo: primeira geração

Modernismo: segunda geração

Modernismo: terceira geração

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Poesia Marginal

Literatura contemporânea

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Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

Primeiramente, é importante notar que o realismo foi um movimento artístico e literário que se originou na França na segunda metade do século XIX. Ele foi uma resposta a movimentos anteriores como o romantismo, que se caracterizava pelo drama, pelas emoções intensas e pela valorização do indivíduo e do subjetivo.

No entanto, os artistas e escritores realistas buscavam retratar a vida como ela realmente era, em vez de como poderia ser idealizada ou imaginada. O movimento realista tinha uma abordagem objetiva e factual, retratando a vida de forma precisa e sem embelezamento.

Isso implicava uma ênfase na classe média e nos trabalhadores, em vez da nobreza ou dos heróis românticos. O realismo estava interessado nas vidas cotidianas e comuns das pessoas, nos problemas sociais, e em questões como a luta de classes, a pobreza, e a injustiça. Os artistas e escritores realistas queriam mostrar a realidade da vida social e política, e a experiência humana como ela realmente era.

Autores importantes do movimento realista incluem Gustave Flaubert, cujo romance "Madame Bovary" retrata a vida de uma mulher infeliz casada com um médico de cidade pequena, e Émile Zola, que em sua série de romances "Les Rougon-Macquart" retrata a sociedade francesa sob o Segundo Império.

No campo das artes visuais, artistas como Gustave Courbet e Jean-François Millet retrataram a vida e o trabalho dos camponeses e dos pobres, enquanto Honoré Daumier focou na crítica social e política.

Portanto, o realismo foi uma importante mudança de perspectiva na arte e na literatura, levando a um maior foco na realidade social e na experiência humana. Ainda hoje, é um movimento de grande influência, pois foi fundamental para o desenvolvimento de outras correntes artísticas e literárias como o naturalismo e o modernismo.

O movimento Realista teve sua origem na França, em meados do século XIX, como uma reação à idealização da realidade promovida pelo Romantismo. A era industrial estava em pleno andamento e as sociedades estavam passando por rápidas mudanças, com o surgimento de uma nova classe média e as lutas da classe trabalhadora se tornando mais visíveis.

Os Realistas buscavam retratar a vida como ela era, em toda a sua crueza e complexidade, e não como os Românticos gostavam de imaginá-la. Isso envolvia focar nas experiências cotidianas, nas dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores e na estrutura social e econômica que moldava essas experiências.

As principais características do movimento Realista incluem:

Exemplos notáveis de artistas e escritores realistas incluem Gustave Courbet, Honoré Daumier, Émile Zola e Gustave Flaubert. Suas obras ajudaram a definir o movimento Realista e tiveram uma profunda influência na arte e na literatura que se seguiram.

O movimento Realista no Brasil ocorreu no final do século XIX, durante o período que compreende o fim do Império e início da República, um momento de significativas transformações sociais, econômicas e políticas no país.

Ainda que o Realismo brasileiro tenha sido influenciado pelo Realismo europeu, ele se manifestou de maneira única, dada a realidade específica do país. O movimento surgiu com o objetivo de romper com o Romantismo, que era criticado por sua visão idealizada e muitas vezes fantasiosa da realidade.

As principais características do Realismo brasileiro incluem:

O principal expoente do Realismo no Brasil foi Machado de Assis. Em suas obras, como "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e "Dom Casmurro", ele oferece uma análise profunda e crítica da sociedade brasileira, explorando temas como a hipocrisia social, o adultério e a loucura. Outros escritores realistas brasileiros notáveis incluem Aluísio Azevedo, autor do romance "O Cortiço", que retrata a vida nos cortiços do Rio de Janeiro, e Raul Pompeia, autor de "O Ateneu".

Memórias Póstuma de Brás Cubas, de Machado de Assis, é uma das principais obras do realismo brasileiro, e sucesso mundial.

O Realismo no Brasil teve diversos autores importantes, mas três deles se destacam pela profundidade de suas análises e pela qualidade de suas obras: Machado de Assis, Aluísio Azevedo e Raul Pompeia.

Esses autores, com suas perspectivas únicas e seus estilos de escrita distintos, contribuíram significativamente para a literatura Realista brasileira e deixaram um legado duradouro na literatura brasileira.

A poesia no período do Realismo brasileiro é notável pela crítica social, linguagem objetiva, retrato do cotidiano e representação das classes sociais menos favorecidas. Apesar de o Realismo ter alcançado maior expressão na prosa, com escritores como Machado de Assis, também é possível identificar a influência desse movimento em poetas da época.

No entanto, é importante ressaltar que a produção poética do período muitas vezes reflete uma transição entre o Romantismo e o Parnasianismo, sendo que muitos poetas acabaram sendo mais associados a este último movimento. Ainda assim, alguns autores se destacam:

Em suas poesias, esses autores abordam a realidade social do Brasil de maneira crítica e sem idealizações, em contraste com a visão mais romântica e sentimental típica da poesia do período romântico anterior. Eles falam sobre a escravidão, a pobreza, a injustiça social e outros problemas da sociedade brasileira de sua época.

O movimento Realista em Portugal teve início em meados do século XIX, um período de profundas transformações sociais, políticas e econômicas. Esse movimento se iniciou após o fim do Romantismo, cujos excessos e idealizações foram rejeitados pelos escritores e artistas realistas.

Como ocorreu em outros países, o Realismo em Portugal foi marcado pelo objetivo de retratar a realidade de maneira objetiva e precisa, sem os excessos dramáticos e a idealização que caracterizavam o Romantismo. Os escritores e artistas realistas portugueses se propuseram a representar a realidade como ela era, com todas as suas imperfeições e contradições.

As principais características do Realismo português incluem:

Eça de Queirós é um dos maiores expoentes do Realismo português. Seus romances, como "Os Maias" e "O Primo Basílio", oferecem uma crítica aguda à sociedade portuguesa do século XIX, explorando temas como a hipocrisia social, o adultério e a decadência da nobreza. Outro autor importante é Antero de Quental, poeta e ensaísta que teve um papel fundamental na introdução do Realismo em Portugal.

O Realismo em Portugal, assim como no Brasil, teve diversos autores significativos. Contudo, dois deles se destacam: Eça de Queirós e Antero de Quental.

Estes autores, com suas perspectivas e estilos únicos, foram fundamentais para a literatura realista em Portugal. Eles se dedicaram a retratar a sociedade de seu tempo de forma crítica e realista, contribuindo significativamente para o desenvolvimento da literatura portuguesa.

A poesia Realista portuguesa é caracterizada por uma atitude crítica e um compromisso com a representação objetiva da realidade. A idealização romântica foi deixada de lado para dar lugar a uma visão mais realista e crítica da sociedade. No entanto, a produção poética desse período muitas vezes não se ajusta perfeitamente à classificação realista, apresentando muitas vezes uma transição entre o Romantismo e o Parnasianismo.

Algumas características importantes da poesia realista incluem: linguagem simples e direta, temáticas cotidianas, crítica social, objetividade e rejeição do sentimentalismo romântico.

O principal autor de destaque desse período é Antero de Quental.

: Uma figura proeminente na poesia portuguesa do século XIX, Antero de Quental é conhecido por sua poesia introspectiva e filosófica, que também traz uma forte crítica social. "Sonetos Completos" é sua obra mais conhecida, composta por sonetos que exploram temas como o amor, a morte, a fé e a dúvida. Antero de Quental foi um dos principais influenciadores da Geração de 70, também conhecida como a Geração de Coimbra, que introduziu o Realismo em Portugal. Ele também foi uma figura proeminente na Questão Coimbrã, uma controvérsia literária que sinalizou a transição do Romantismo para o Realismo na literatura portuguesa.

Vale ressaltar que a poesia desse período em Portugal, assim como aconteceu com a brasileira, já sinalizava a transição para o Parnasianismo, estilo literário que sucedeu o Realismo e é marcado por uma maior preocupação formal e pela objetividade.

Questão Coimbra: Transição entre Romantismo e Realismo

A Questão Coimbrã, também conhecida como Questão do Bom Senso e Bom Gosto, foi uma polêmica literária que ocorreu em Portugal no século XIX, mais precisamente entre 1865 e 1866. Ela marcou a transição entre o Romantismo, corrente literária predominante até então, para o Realismo, que se consolidaria nos anos seguintes.

O episódio teve início com uma série de cartas publicadas na Revista de Portugal, por Antônio Feliciano de Castilho, que era uma figura central da literatura romântica portuguesa. Nestas cartas, Castilho criticou os jovens poetas portugueses, alegando que eles estavam se desviando das normas de bom senso e bom gosto na literatura.

Em resposta a Castilho, Antero de Quental, poeta e figura principal da chamada "Geração de 70", publicou o "Bom Senso e Bom Gosto", um manifesto em defesa da liberdade literária e da necessidade de inovação na literatura portuguesa. Quental argumentava que era necessário romper com o passado e adotar novas formas de expressão, mais realistas e sociais, em oposição ao idealismo romântico que, na visão dele, já estava desgastado.

A polêmica ganhou grande repercussão, com vários outros escritores e intelectuais participando do debate. Do lado de Quental estavam autores como Eça de Queirós e Oliveira Martins, que também defendiam a renovação literária.

A Questão Coimbrã é um marco importante na literatura portuguesa, pois representou o início da consolidação do Realismo em Portugal, movimento que influenciou profundamente a literatura e a cultura portuguesa na segunda metade do século XIX.

O Realismo, como movimento literário, gradualmente deu lugar a outras escolas literárias no final do século XIX e início do século XX, como o Parnasianismo, o Simbolismo e, posteriormente, o Modernismo. A transição não foi abrupta, e vários autores apresentaram elementos de mais de um movimento em suas obras.

Apesar de não ser mais a corrente literária predominante, o legado do Realismo é vasto e duradouro. A seguir, são apresentados alguns pontos relevantes desse legado:

Portanto, mesmo que o Realismo como movimento literário tenha terminado, suas influências e contribuições permanecem presentes na literatura e nas artes até hoje.