Planejativo

Polaridade das ligações e das moléculas

Modelos atômicos

Distribuição eletrônica

Números quânticos

Classificação periódica

Propriedades periódicas

Ligações químicas

Geometria molecular

Hibridização de orbitais

Forças intermoleculares

Radioatividade

Propriedades da matéria

Substâncias puras e misturas

Materiais de laboratório

Tratamento da água e do esgoto

Estudo dos ácidos

Estudo das bases

Potencial hidrogeniônico (pH) e Indicadores ácido-base

Estudo dos sais

Estudo dos óxidos

Ácidos, bases, sais e óxidos importantes

Reações inorgânicas

Grandezas químicas

Fórmulas químicas

Balanceamento de reações

Cálculo estequiométrico

Reagente limitante ou em excesso

Variáveis de estado e Transformações gasosas

Densidade, Efusão e Difusão de gases

Poluição ambiental, Efeito estufa e Chuvas ácidas

Mistura dos gases

Separação de misturas

Pureza e Rendimento

Leis ponderais

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

A polaridade das ligações químicas é determinada pelo deslocamento dos elétrons entre os átomos envolvidos na ligação, resultando em uma distribuição desigual de cargas elétricas, o que influencia nas propriedades das substâncias. Fonte: 

A polaridade das ligações químicas tem um impacto significativo nas propriedades das substâncias. Todas as ligações iônicas são polares, enquanto a polaridade das ligações covalentes varia, podendo ser polar ou apolar, dependendo dos elementos químicos envolvidos na ligação.

 — OH) é solúvel tanto em água quanto em gasolina, mesmo que elas não se misturem entre si. Isso acontece porque o etanol possui ligações polares, assim como a água, e também ligações apolares, semelhantes às da gasolina.

Para entender a polaridade das ligações iônicas e covalentes, vamos analisá-las separadamente:

Em resumo, a polaridade das ligações químicas é um fator importante para entender as propriedades das substâncias e suas interações com outras substâncias. As ligações iônicas são sempre polares, enquanto as ligações covalentes podem ser polares ou apolares, dependendo dos elementos químicos envolvidos.

Um breve mapa mental para relembrar ligações covalentes. Fonte na própria imagem.

A ligação covalente ocorre quando dois átomos compartilham pares de elétrons para alcançar estabilidade eletrônica, geralmente completando suas camadas de valência. Essas ligações são comuns entre átomos de elementos não metálicos. A ligação covalente pode ser classificada em polar ou apolar, dependendo da diferença de eletronegatividade entre os átomos envolvidos.

O), a ligação entre os átomos de hidrogênio (H) e oxigênio (O) é covalente polar, pois o oxigênio é mais eletronegativo que o hidrogênio, atraindo os elétrons compartilhados para mais perto de si.

) possui uma ligação covalente apolar, já que os dois átomos de cloro têm a mesma eletronegatividade, compartilhando os elétrons igualmente e não gerando polos na molécula.

A eletronegatividade de um elemento desempenha papel importante em saber se a ligação é polar ou apolar em uma ligação covalente. 

A eletronegatividade é uma propriedade que descreve a capacidade de um átomo atrair elétrons compartilhados em uma ligação química. Em uma ligação covalente, a diferença de eletronegatividade entre os átomos envolvidos determina a polaridade da ligação.

O oxigênio é um dos elementos mais eletronegativos, e quando forma ligações com átomos de carbono ou hidrogênio, essas ligações são polares, pois o oxigênio atrai os elétrons compartilhados com mais força. Isso resulta em cargas parciais negativas (δ-) no oxigênio e cargas parciais positivas (δ+) no carbono e hidrogênio.

A escala de eletronegatividade desenvolvida por Linus Pauling classifica os elementos de acordo com suas eletronegatividades. Quanto maior a diferença de eletronegatividade entre os átomos em uma ligação covalente, maior será a polaridade dessa ligação. Por exemplo, a ligação entre hidrogênio e flúor (H-F) é considerada a mais polar, pois o flúor é o elemento mais eletronegativo.

Observe que as letras iniciais das palavras correspondem aos símbolos dos elementos na escala:

“Fui Ontem No Clube, Briguei I Sai Correndo Para o Hospital.”

As ligações iônicas são sempre polares. Fonte:  

A ligação iônica é sempre polar devido à grande diferença de eletronegatividade entre os átomos envolvidos. Essa diferença ocorre quando um átomo altamente eletronegativo (geralmente um elemento não metálico) interage com um átomo de baixa eletronegatividade (geralmente um elemento metálico).

Nas ligações iônicas, o átomo de maior eletronegatividade atrai fortemente os elétrons do átomo de menor eletronegatividade, levando à transferência completa de um ou mais elétrons. Essa transferência resulta na formação de íons com cargas opostas, que são atraídos uns pelos outros, gerando a ligação iônica.

Essa interação entre íons com cargas opostas cria polos distintos, com o íon negativo (ânion) representando o polo negativo e o íon positivo (cátion) representando o polo positivo. Portanto, como a diferença de eletronegatividade ultrapassa 1,7, a ligação iônica é sempre polar.

A molécula de água é polar devido à sua geometria angular assimétrica, com a presença de dois átomos de hidrogênio ligados a um átomo de oxigênio, gerando uma carga positiva parcial (δ+) em um extremo da molécula e uma carga negativa parcial (δ-) no outro extremo. Fonte: 

A polaridade de uma molécula e de suas ligações está associada à forma como os elétrons estão distribuídos em torno dos átomos. Se a distribuição eletrônica for simétrica, a molécula será apolar; no entanto, se for assimétrica, com uma região da molécula apresentando maior densidade eletrônica, a molécula será polar.

Quando uma substância é exposta a um campo elétrico externo, a polaridade de suas moléculas pode ser observada. Se as moléculas se alinharem em resposta a esse campo, com uma extremidade atraída pelo polo positivo e a outra pelo polo negativo, então são polares. Caso contrário, se não houver orientação, as moléculas serão apolares.

Por exemplo, se esfregarmos um bastão de vidro com um pano, ele ficará carregado positivamente. Ao aproximar esse bastão de um fio de água que cai de uma torneira, notaremos que a água é atraída pelo bastão e desvia-se de seu caminho retilíneo vertical. Isso indica que a água é polar. Porém, ao realizar a mesma experiência com um fio de óleo, ele não será desviado, revelando que suas moléculas são apolares.

Para determinar se as moléculas são polares ou não, é possível analisar suas estruturas considerando dois aspectos cruciais: a diferença de eletronegatividade entre os átomos envolvidos e a geometria molecular.

Caso a molécula seja composta por ligações entre átomos do mesmo elemento químico, ou seja, se tratar de substâncias simples como O

 e assim por diante, ela será apolar, uma vez que não existe diferença de eletronegatividade entre seus átomos.

No entanto, se a molécula diatômica for composta por elementos com diferentes eletronegatividades, ela será polar. Alguns exemplos incluem HCl, HF, HBr e HI.

) é uma exceção. Isso acontece devido à sua estrutura e ao fenômeno de ressonância.

O ozônio é um caso especial, pois apresenta ressonância. Fonte: 

Na molécula de ozônio, os três átomos de oxigênio estão dispostos em forma de V, com um ângulo de 116,8° entre os átomos. A estrutura de Lewis mostra que um dos átomos de oxigênio forma uma ligação simples com o oxigênio central, enquanto o outro forma uma ligação dupla. Entretanto, essas ligações oscilam entre os átomos, criando um fenômeno chamado ressonância.

A ressonância no ozônio faz com que a estrutura real seja uma média das duas possíveis estruturas de Lewis, resultando em ligações parciais entre os átomos de oxigênio. Isso cria uma distribuição assimétrica de cargas na molécula, com o oxigênio central tendo uma carga parcial positiva (δ+) e os outros dois oxigênios, uma carga parcial negativa (δ-). Essa distribuição desigual de cargas torna a molécula de ozônio polar, mesmo sendo composta por átomos do mesmo elemento.

Um breve mapa mental com os conceitos de polaridade molecular. Relembre que já vimos grande parte destes conceitos na aula de Geometria Molecular! Fonte: 

A carga parcial surge em ligações covalentes entre átomos com diferentes eletronegatividades, resultando em distribuição desigual de cargas elétricas, representada por δ+ e δ-. A polaridade molecular está relacionada à geometria molecular e à distribuição de cargas elétricas.

Moléculas polares possuem ligações polares e geometria que não cancela os dipolos elétricos, como a água (H

). Moléculas apolares têm ligações polares com dipolos elétricos cancelados pela geometria, como dióxido de carbono (CO

). Moléculas com ligações apolares, como o gás nitrogênio (N

Assim, a polaridade molecular é determinada pela combinação de ligações polares e geometria molecular, assunto que já discutimos em aulas anteriores sobre geometria molecular. Passe lá para revisar!

Aqui está uma lista de algumas moléculas famosas e suas polaridades, juntamente com uma breve explicação sobre como a polaridade influencia sua solubilidade:

Essas moléculas demonstram a importância da polaridade na solubilidade das substâncias. Moléculas polares tendem a se dissolver em solventes polares, como a água, enquanto moléculas apolares tendem a se dissolver em solventes apolares. Essa relação é fundamental para entender as interações entre diferentes substâncias em soluções e misturas.