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Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são

Eumetazoários são o grande grupo de animais que abrange todos os filos animais, exceto os poríferos e ctenóforos. É no grupo dos Eumetazoários que encontramos os animais mais complexos, apresentando tecidos verdadeiros, simetria e uma cavidade digestiva, características que não são observadas nos Poríferos.

Alguns biólogos denominam o grupo dos poríferos de "Parazoa". Os "Eumetazoa" engloba o restante dos animais quando se excluis os poríferos e Ctenophora!

Uma das principais divisões entre os eumetazoários é entre aqueles que são diploblásticos e triploblásticos. Esta é uma classificação baseada no número de camadas de tecido que os animais desenvolvem durante o processo de embriogênese, ou formação do embrião.

Dê uma relembrada neste tópico vendo as aulas de Embriologia!

Essa divisão entre diploblásticos e triploblásticos é fundamental para compreender a evolução e complexidade dos diferentes grupos de animais. Enquanto os diploblásticos representam formas de vida mais simples, a emergência dos triploblásticos permitiu a evolução de estruturas e funções corporais mais complexas.

Um belo mapa mental abordando os Cnidários! Fonte: 

Vamos agora falar sobre os Cnidários, também conhecidos como celenterados. Este é um grupo incrível de animais, todos aquáticos, com a maioria das espécies preferindo o mar. Há mais de 11.000 espécies diferentes de cnidários, e alguns dos mais conhecidos incluem as águas-vivas, corais, anêmonas-do-mar, hidras e as famosas caravelas.

Apesar de suas diferenças morfológicas, todos os organismos acima são parte do mesmo filo, do filo dos Cnidários! Fonte: 

A maioria dos cnidários prefere águas tropicais rasas, embora existam algumas espécies que gostam de água doce. Uma coisa interessante é que você não encontrará nenhum cnidário em terra - eles são estritamente criaturas aquáticas.

Eles têm um truque muito legal na manga quando se trata de caçar e se defender. Nos seus tentáculos, os cnidários possuem células especiais chamadas cnidócitos, que lançam uma espécie de cápsula chamada nematocisto. Esta cápsula é equipada com espinhos e um líquido que queima. Quando um cnidário entra em contato com uma presa ou um predador, ele pode disparar o nematocisto, que atua injetando substâncias tóxicas e facilita na captura da presa ou na autodefesa. Se você já foi picado por uma água-viva, foi o nematocisto que causou a queimação.

Os cnidários possuem duas formas básicas: as medusas, que são aquelas criaturas em forma de sino que você geralmente imagina quando pensa em águas-vivas, e os pólipos, que têm formato tubular e normalmente são fixos a algum substrato, como as anêmonas-do-mar. Alguns cnidários têm a habilidade incrível de mudar de uma forma para outra ao longo de suas vidas.

Forma medusoide dos Cnidários, em cima! Em baixo, um exemplo de forma polipoide!

E aqui está algo surpreendente: apesar de todo esse detalhe e complexidade, os cnidários não possuem sistemas circulatório, digestório ou respiratório. Eles são criaturas verdadeiramente fascinantes e uma prova de quão variada e incrível a vida pode ser no nosso planeta.

Grande parte dos Cnidários costumam caçar pelo seu alimento!

Esses animais têm um sistema digestivo bem diferente do nosso. Na verdade, eles têm o que chamamos de sistema digestivo incompleto. Isso significa que existe apenas uma única abertura, e é por essa abertura que o alimento entra e os dejetos saem.

Eles usam os seus tentáculos para capturar a comida. Depois de pegar o alimento com os tentáculos, este é levado até uma cavidade interna do animal, onde será digerido com a ajuda de enzimas digestivas. Uma coisa curiosa sobre os cnidários é que eles só vão procurar comida de novo quando os dejetos da última refeição tiverem saído.

Agora, quais são as coisas que os cnidários gostam de comer? Bem, principalmente, plâncton e pequenos animais. Usando os seus tentáculos, eles literalmente pescam a sua comida. Lembra dos cnidócitos que mencionamos antes? Eles são muito importantes aqui. Dentro do cnidócito há um veneno que pode paralisar e iniciar a digestão das presas capturadas.

Uma vez que a presa é capturada e paralisada, ela é levada até a boca do cnidário e, em seguida, para uma cavidade chamada gastrovascular. Lá, a pobre presa vai ser decomposta pelas células digestivas. Então, apesar de terem um sistema digestivo simples, os cnidários têm um jeito bem eficiente de obter o alimento de que precisam!

Primeiro, você precisa saber que os cnidários não possuem um sistema respiratório como o nosso. Mas, então, como eles respiram? Bem, eles fazem isso através de cada uma das suas células diretamente com o meio ambiente, num processo que chamamos de difusão. É como se cada célula deles fosse um pequeno pulmão!

Agora, vamos para a forma como eles sentem o mundo ao redor. Os cnidários foram os primeiros animais a terem neurônios, ou células nervosas. Isso é um grande negócio, porque os neurônios são fundamentais para sentir o ambiente ao redor e responder a ele. Mas, antes que você comece a pensar que eles têm um cérebro superdesenvolvido, vamos acalmar as coisas um pouco. Na verdade, o sistema nervoso deles é bem simples. Os neurônios deles formam uma espécie de rede que fica em contato direto com as células que sentem o ambiente e aquelas que se contraem. Isso é conhecido como sistema nervoso difuso. Então, embora não tenham um cérebro como o nosso, os cnidários têm uma maneira muito única e eficiente de interagir com o mundo à sua volta!

Primeiro, vamos falar sobre a reprodução assexuada. Nesse processo, eles simplesmente produzem uma cópia de si mesmos! Isso acontece por um processo chamado brotamento, em que os brotos se formam na superfície do corpo do cnidário. Quando esses brotos crescem o suficiente, eles se separam e se tornam novos indivíduos. Pense nisso como se estivessem "clonando" a si mesmos! Isso é comum em algumas espécies de hidras e anêmonas.

Agora, a reprodução sexuada é um pouco mais complicada, e é possível graças à existência de cnidários que têm sexos separados (chamamos esses de dióicos) ou são hermafroditas (possuem ambos os sexos no mesmo indivíduo, os monóicos). Nesse tipo de reprodução, temos a formação de gametas masculinos e femininos. O macho libera seus espermatozoides na água, que encontram e fecundam os óvulos femininos. Isso é chamado de fecundação externa, e é muito comum entre os cnidários.

Em alguns casos, os cnidários apresentam um interessante fenômeno conhecido como alternância de gerações. Nesse processo, eles alternam entre uma fase em que se reproduzem assexuadamente (a fase de pólipo) e uma fase em que se reproduzem sexuadamente (a fase de medusa). É como se eles alternassem entre clonagem e reprodução sexual!

Uma hipótese de classificação de Cnidaria! Fonte: 

Agora vamos entender um pouco sobre as duas grandes divisões dos cnidários: Medusozoas e Anthozoas.

Medusozoas é uma subdivisão dos cnidários que inclui todas as formas de vida que possuem uma fase de medusa em seu ciclo de vida. Isso inclui as águas-vivas, que são provavelmente as representantes mais conhecidas dessa categoria. Medusozoas é dividido em três classes principais: Scyphozoa (as verdadeiras águas-vivas), Cubozoa (as temíveis águas-vivas caixa, como a vespa-do-mar) e Hydrozoa (que inclui a hidra de água doce e as caravelas). Recentemente, foi adicionada uma quarta classe, Staurozoa, que é um grupo de cnidários que possuem uma forma de pólipo dominante que se parece com uma medusa invertida.

Anthozoas, por outro lado, são cnidários que existem apenas como pólipos durante todo o seu ciclo de vida. Isso significa que eles não têm uma fase de medusa. A classe Anthozoa inclui os corais, as anêmonas-do-mar e os corais macios. É o grupo mais diversificado dos cnidários, com mais de 6.000 espécies conhecidas. Eles desempenham um papel fundamental na formação de recifes de coral, que são alguns dos ecossistemas mais ricos e importantes do planeta.

Em resumo, a principal diferença entre Medusozoas e Anthozoas é que os Medusozoas possuem uma fase de medusa em seu ciclo de vida, enquanto os Anthozoas existem apenas na forma de pólipos. Isso resulta em uma grande variedade de formas e funções nesses dois grupos, destacando a incrível diversidade do filo dos Cnidários.

Primeiro, vamos falar sobre os Anthozoas. Este é o grupo com o maior número de espécies e inclui criaturas apenas na forma de pólipos, todos marinhas. O exemplo mais comum desse grupo que você pode conhecer é a anêmona-do-mar. Ela é como um cilindro com uma extremidade fixada no fundo do mar. Na outra extremidade, possui uma boca cercada por tentáculos flexíveis, que são usados para capturar sua comida. E sabe quem mais é Anthozoa? Corais! São colônias de pólipos que podem ter até 100.000 indivíduos! Incrível, né?

Os corais são seres incríveis, mas quando falamos deles, precisamos entender que estamos falando sobre uma relação simbiótica entre dois organismos diferentes: os pólipos de coral, que são pequenos animais semelhantes a anêmonas-do-mar, e as algas fotossintéticas conhecidas como zooxantelas.

Os pólipos de coral são os construtores principais. Eles secretam um exoesqueleto calcário - ou seja, um esqueleto externo duro - que forma a estrutura básica do coral. Essa estrutura de coral pode crescer de várias maneiras, resultando em diferentes formas de corais, como corais cérebro, corais chifre-de-veado, e corais estrelados, só para citar alguns.

Agora, aqui é onde fica realmente interessante. Dentro dos tecidos dos pólipos de coral vivem as zooxantelas. Essas algas realizam a fotossíntese, convertendo a luz solar, o dióxido de carbono e a água em oxigênio e nutrientes. Muitos desses nutrientes são então transferidos para os pólipos de coral, fornecendo-lhes a energia que precisam para crescer e construir seu exoesqueleto de coral.

Por outro lado, os pólipos de coral protegem as zooxantelas e fornecem a elas os compostos de carbono necessários para a fotossíntese. É um relacionamento simbiótico perfeito!

Esses corais não só formam espetaculares recifes de coral, que são alguns dos ecossistemas mais biodiversos da Terra, mas também são fundamentais para a saúde de nossos oceanos. Eles fornecem habitats para uma infinidade de outras espécies marinhas, ajudam na prevenção da erosão costeira, e até contribuem para a produção de oxigênio que todos nós respiramos.

Agora, vamos falar sobre os Hydrozoas. Nesse grupo temos a hidra. As hidras normalmente ficam paradas, quase parecendo parte da vegetação aquática, principalmente por causa de sua cor verde. O verde, na verdade, vem de algas unicelulares que vivem dentro delas! As hidras usam seus tentáculos para capturar suas presas, como pulgas d'água. As poucas espécies de cnidários de água doce que existem pertencem a essa classe. Então, se você encontrar um cnidário em um lago ou riacho, é provável que seja uma hidra!

Os Scyphozoas são provavelmente o grupo mais familiar para muitos de vocês - as águas-vivas! As águas-vivas têm formato de prato invertido com a boca na parte inferior e cercada por muitos tentáculos. Elas podem variar muito em tamanho, de 2 a 40 cm de diâmetro, e possuem cores vibrantes. São animais móveis com corpos muito moles. Mas cuidado! Você não deve tocar seus tentáculos, pois eles podem causar queimaduras graves.

Outro exemplo de Scyphozoa é a caravela. As caravelas têm uma estrutura flutuante que parece uma bolsa de gás e pode chegar a mais de 20 cm de diâmetro. E seus tentáculos? Podem atingir incríveis 9 metros de comprimento! Assim como as águas-vivas, as caravelas também têm células urticantes que podem causar queimaduras dolorosas e até serem mortais para alguns animais.

Seguindo para os Cubozoas, eles são cnidários que possuem a forma de medusas, mas com corpo incolor e veneno extremamente potente. Eles são ótimos nadadores e caçadores, mas o grupo é pouco estudado, com apenas cerca de 20 espécies conhecidas. O membro mais notório desse grupo é a vespa-do-mar, o animal com o veneno mais letal do mundo! Acredita-se que sua toxina seja capaz de matar 60 adultos humanos.

Por último, mas certamente não menos importante, temos os Staurozoas. Este grupo é bastante interessante e um pouco diferente dos outros cnidários que discutimos. Eles possuem um estágio de pólipo dominante, com um corpo em forma de sino que está geralmente fixo ao substrato pela extremidade aboral. Embora possam parecer estranhos à primeira vista, os Staurozoas são um belo exemplo da diversidade fascinante do filo dos Cnidários.