Planejativo

Sistema digestório

Fecundação, segmentação ou clivagem

Gastrulação, Neurulação e Organogênese

Anexos embrionários

Tecido epitelial

Tecido conjuntivo propriamente dito

Visão geral da fisiologia

Sistema respiratório

Sistema cardiovascular

Sistemas linfático e imunológico

Sistema excretor

Sistema endócrino

Sistema nervoso

Sistema sensorial

Sistema reprodutor

Vírus, Príons e Viroses

Reino Monera e Bacterioses

Algas

Reino Fungi e Micoses

Tecido cartilaginoso

Tecido ósseo

Tecido sanguíneo

Tecido muscular

Tecido nervoso

Classificação Biológica

Protozoários e Protozooses

Embriologia humana

Ciclo menstrual

Métodos contraceptivos

Tecido adiposo

Tecido hematopoiético

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

O Sistema Digestório, também denominado Trato Digestivo ou Aparelho Digestório, é composto por uma série de estruturas que operam em conjunto no organismo humano.

Essas estruturas colaboram na transformação dos alimentos, com o propósito principal de facilitar a assimilação dos nutrientes necessários para o corpo. Esse processo ocorre através de ações mecânicas e químicas que convertem os alimentos em componentes menores e mais facilmente absorvíveis.

Os elementos que compõem o Sistema Digestório, de acordo com a nomenclatura atual, são distribuídos em duas categorias principais.

A primeira dessas categorias é o canal digestório, também conhecido anteriormente como tubo digestivo, que se segmenta em três seções: superior, intermediária e inferior. A segunda categoria engloba os órgãos acessórios do sistema.

A seguir, será apresentada uma lista detalhada dos componentes correspondentes a cada parte do Sistema Digestório, proporcionando uma visão abrangente e completa dessa estrutura corporal fundamental.

Veja no quadro abaixo os órgãos que compõem cada parte do Sistema Digestório.

O tubo digestório alto é formado pela boca, faringe e esôfago.

Conheça a seguir mais detalhes sobre cada um desses órgãos.

A boca funciona como o primeiro contato do alimento com o sistema digestivo, constituindo-se como uma cavidade revestida por mucosa, onde os alimentos são umedecidos pelo fluido produzido pelas glândulas salivares, conhecido como saliva.

A fase inicial da digestão mecânica acontece na boca, onde a mastigação é realizada com o auxílio dos dentes e da língua.

Em seguida, tem lugar a atividade enzimática da ptialina, também conhecida como amilase salivar. Esta enzima atua na quebra do amido presente em alimentos como batatas, farinha de trigo e arroz, convertendo-o em moléculas menores de maltose.

A faringe atua como um canal de conexão entre o sistema digestório e o sistema respiratório. Trata-se de um tubo formado por tecido muscular e membranoso que se comunica com a boca por meio do istmo da garganta e, na outra extremidade, com o esôfago.

Depois de mastigado, o alimento precisa atravessar toda a extensão da faringe para chegar ao esôfago, sendo que a faringe funciona como um canal compartilhado pelos sistemas digestório e respiratório.

Durante o ato de engolir, o palato mole se eleva e a língua empurra o alimento para dentro da faringe, que realiza uma contração voluntária para conduzir o alimento até o esôfago.

A epiglote, uma estrutura cartilaginosa que atua como uma espécie de tampa, evita que os alimentos entrem nas vias respiratórias ao fechar a passagem para a laringe.

O esôfago, um tubo muscular que opera sob o controle do sistema nervoso autônomo, atua como um corredor para os alimentos.

Por meio de uma série de contrações ritmadas, denominadas peristaltismo ou movimentos peristálticos, o esôfago aperta e empurra o alimento ao longo de seu comprimento, guiando-o em direção ao estômago. Esses movimentos peristálticos são essenciais para que o alimento seja encaminhado do esôfago ao estômago, independentemente da posição em que o corpo se encontre.

O tubo digestório médio é formado pelo estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).

O estômago é um órgão semelhante a um saco, situado na região abdominal, que tem a função principal de realizar a digestão das proteínas.

A abertura inicial do órgão é chamada de cárdia, devido à sua proximidade com o coração, separada do mesmo apenas pelo diafragma.

A estrutura do estômago compreende uma curvatura superior mais compacta e uma curvatura inferior mais expansiva. A seção mais larga é conhecida como "região fúndica", enquanto a seção final estreita é chamada de "piloro".

O ato de mastigar os alimentos já desencadeia a produção de ácido clorídrico no estômago. No entanto, a produção de suco gástrico, uma solução aquosa composta por água, sais, enzimas e ácido clorídrico, é iniciada principalmente com a presença de alimentos proteicos.

A mucosa gástrica é protegida do suco gástrico, que é altamente corrosivo, por uma camada de muco. Quando essa proteção é desequilibrada, pode resultar em inflamação da mucosa (gastrite) ou desenvolvimento de úlceras (úlcera gástrica).

A pepsina é a enzima mais eficaz no suco gástrico e sua atividade é controlada por um hormônio chamado gastrina. Este hormônio é produzido no próprio estômago quando as moléculas proteicas dos alimentos entram em contato com a parede do órgão, resultando na conversão de grandes moléculas de proteína em menores, denominadas proteoses e peptonas.

O processo de digestão gástrica dura em média de duas a quatro horas. Durante esse tempo, o estômago contrai-se, empurrando o alimento contra o piloro, que abre e fecha, permitindo que o quimo (massa semilíquida branca e espumosa) passe para o intestino delgado em pequenas quantidades.

O intestino delgado, localizado entre o estômago e o intestino grosso, é revestido por uma mucosa com inúmeras projeções que desempenham o papel de secretar diversas enzimas digestivas. Esse processo resulta na formação de moléculas pequenas e solúveis, como a glicose, os aminoácidos, o glicerol, entre outros.

Esse órgão é dividido em três segmentos: duodeno, jejuno e íleo.

O duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado, recebe o quimo vindo do estômago. Neste estágio, o quimo ainda é bastante ácido e pode irritar a mucosa duodenal. Em seguida, a bile, que é produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, banha o quimo. A bile contém bicarbonato de sódio e sais biliares que ajudam na emulsificação dos lipídios, dividindo-os em inúmeras micro gotículas.

O quimo também recebe o suco pancreático, que é produzido no pâncreas e contém enzimas, água e uma alta concentração de bicarbonato de sódio. Isso ajuda a neutralizar a acidez do quimo. Desta maneira, o conteúdo alimentar do duodeno gradualmente se torna alcalino, criando as condições necessárias para a digestão intra-intestinal.

O jejuno e o íleo, por sua vez, são partes do intestino delgado onde a passagem do bolo alimentar é rápida, permanecendo a maior parte do tempo vazio durante o processo de digestão.

Finalmente, o que sobra após a absorção de todos os nutrientes no intestino delgado é uma pasta espessa composta de resíduos não absorvidos e bactérias. Esta massa, já fermentada, segue para o intestino grosso.

O tubo digestório baixo é formado pelo intestino grosso, que possui os seguintes componentes: ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva sigmoide e o reto.

Com aproximadamente 1,5 metros de comprimento e 6 cm de diâmetro, o intestino grosso é responsável pela absorção de água - seja a ingerida ou a das secreções digestivas -, pelo armazenamento e pela eliminação dos resíduos digestivos.

O intestino grosso divide-se em três partes: ceco, cólon (subdividido em ascendente, transverso, descendente e a curva sigmoide) e reto.

No ceco, que é a primeira parte do intestino grosso, os resíduos alimentares, já formando o "bolo fecal", passam para o cólon ascendente, em seguida para o transverso e finalmente para o descendente. Aqui, o bolo fecal permanece por um longo período, ocupando as porções da curva sigmoide e do reto.

O reto representa a porção final do intestino grosso, terminando no canal anal e no ânus, onde as fezes são expelidas.

Para ajudar na passagem do bolo fecal, as glândulas presentes na mucosa do intestino grosso secretam muco, que serve para lubrificar o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua expulsão.

Vale ressaltar que as fibras vegetais, que não são digeridas ou absorvidas pelo sistema digestivo, atravessam todo o tubo digestivo e compõem uma porcentagem considerável da massa fecal. Por isso, é crucial incluir fibras na dieta, pois elas auxiliam na formação das fezes.

As doenças digestivas são aquelas que afetam o sistema digestivo, que é responsável por processar os alimentos e absorver os nutrientes necessários para o funcionamento do corpo. Estas doenças podem afetar qualquer parte do sistema digestivo, desde o esôfago até o reto. Aqui estão alguns exemplos comuns:

Essas doenças podem variar de leves a graves e podem requerer uma variedade de tratamentos, dependendo do tipo e da gravidade da doença. É sempre importante procurar atendimento médico se você estiver experimentando sintomas digestivos que estão afetando sua qualidade de vida.