Planejativo

Arte na Pré-história

Arte contemporânea

Arte: conceitos, modalidades, estéticas, funções e estados

Maneirismo, Barroco e Rococó

Arte Renascentista

Arte na Idade Média

Arte na Idade Antiga

Arte Neoclássica e Romântica

Arte Moderna: Impressionismo e outros movimentos

Arte Moderna: Vanguardas europeias

Arte moderna no Brasil

Cultura popular

Culturas africana e indígena

Música

Teatro

Educação Física

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

Alguns conceitos sobre Arte na Pré-História! Fonte: @resuvic

Hoje vamos fazer uma viagem no tempo até a Pré-História, um período fascinante que nos ajudará a entender nossas origens.

A Pré-História é um capítulo incrível da nossa história, também conhecida como a "Era Ágrafa". Esse nome pode parecer complicado, mas na verdade, "ágrafa" simplesmente significa "antes da escrita". Isso porque, embora nossos ancestrais pré-históricos não tivessem uma escrita como a que usamos hoje, eles deixaram pistas de sua vida e evolução em muitas outras formas.

Imaginem ser um detetive do tempo: encontrando pistas e evidências em instrumentos, armas, fósseis, utensílios e, claro, arte, como gravuras, pinturas e joias. É isso que os antropólogos, historiadores e arqueólogos fazem para juntar as peças do quebra-cabeça da Pré-História.

A arte que encontramos da Pré-História tem uma coisa em comum: a maioria era utilitária, seja para uso doméstico ou religioso. E uma das maneiras mais intrigantes de expressão artística eram as pinturas rupestres, como as da Rocha de Bhimbetka, na Índia.

Agora, a Pré-História é um período muito, muito longo - estamos falando de milhões de anos! Então, para torná-lo mais fácil de entender, os historiadores dividiram a Pré-História em alguns períodos principais, baseados nas diferentes culturas que evoluíram ao longo do tempo.

Agora, essa divisão é focada na Europa, mas é importante lembrar que, por volta de 5000 a.C., já havia culturas altamente civilizadas no Oriente, que estavam começando a fazer suas próprias histórias.

Em nosso estudo, vamos nos concentrar em como a arte evoluiu ao longo da Pré-História. Vamos começar com o Paleolítico Superior, porque é quando vemos as primeiras manifestações artísticas que conseguimos rastrear. Então, preparem-se para embarcar nessa incrível jornada através do tempo!

Pintura rupestre encontrada na Caverna de Altamira, localizada na Espanha.

Agora vamos focar na incrível arte que os seres humanos criaram durante o período Paleolítico. Você sabia que, há cerca de 40 mil anos, nossos ancestrais começaram a fazer desenhos incríveis nas paredes das cavernas? Essas pinturas são chamadas de pinturas rupestres, e são como uma janela para o passado.

Imagine estar em uma caverna, iluminado apenas pela luz de uma fogueira. Você não tem lápis ou caneta, então você usa o que tem à mão - carvão, sangue, flores e até terra - para criar suas imagens. E essas imagens não eram apenas bonitas de se ver. Acredita-se que muitas delas eram parte de um tipo de magia. O artista era também um caçador que acreditava que, desenhando uma presa na rocha, ele poderia capturá-la na vida real.

Essas pinturas rupestres podem ser encontradas em muitos lugares ao redor do mundo, desde a França e a Espanha até a Argentina. E adivinhem só? Nós também temos pinturas rupestres aqui no Brasil, sendo o sítio mais famoso no estado do Piauí!

Mas as pinturas rupestres não são a única forma de arte que vem do Paleolítico. Também encontramos algumas esculturas realmente interessantes, conhecidas como "Vênus". Imagine pequenas estatuetas de corpos femininos nus, com formas bem voluptuosas. Essas estatuetas foram feitas entre 40.000 e 10.000 a.C., e algumas delas, como a Vênus de Willendorf, são mundialmente famosas. Essa pequena estatueta de 25 mil anos foi encontrada na Áustria!

Os especialistas acreditam que essas esculturas podem estar relacionadas a algum tipo de culto à fertilidade, possivelmente em honra à Deusa Mãe. Então, essas estatuetas e pinturas não eram apenas obras de arte, mas também uma parte importante da vida e da cultura das pessoas do Paleolítico. Muito legal, né?

No mesolítico, começou-se a construir coisas com cerâmica! Fonte: Wikimedia Commons

Pessoal, agora vamos falar sobre o período Mesolítico, também conhecido como Idade Média da Pedra. Mas, antes de tudo, é importante lembrar que esse período, que ocorreu aproximadamente entre 9.000 e 5.000 a.C., não foi vivenciado em todas as regiões do mundo. Em alguns lugares, houve uma transição direta entre os períodos Paleolítico e Neolítico. Então, o Mesolítico é mais uma espécie de "meio do caminho" que só existiu em alguns lugares.

Pense no Mesolítico como um período de transição, uma época em que as pessoas começaram a se estabelecer em um só lugar, ao invés de ficar sempre se movendo. E, graças ao fato de que a maior parte do mundo não estava mais coberta de gelo, eles descobriram novas fontes de alimentos, como moluscos e ervas comestíveis.

Naquela época, as pessoas geralmente viviam em assentamentos estáveis durante o inverno e acampamentos móveis durante o verão. No entanto, em algumas regiões costeiras da Europa e no Oriente Próximo, já começavam a viver de maneira mais sedentária.

E você sabia que eles eram bastante habilidosos na criação de armas? A maioria das armas do Mesolítico eram arcos, feitos de madeira e tendões de animais. As flechas tinham pontas pequenas de várias formas geométricas, ou eram feitas inteiramente de osso, chifre ou madeira.

Quando se trata de arte, o Mesolítico marcou uma mudança para um estilo mais conceitual e racionalista. Eles se voltaram para o geométrico e o abstrato, criando pinturas esquemáticas complexas de cenas de caça, dança e rituais mágicos.

Stonehange, exemplo de arquitetura no Neolítico.

. Esse foi um momento revolucionário na história humana, quando nosso estilo de vida mudou dramaticamente em relação ao Paleolítico. O protagonista dessa transformação foi o processo de sedentarização - as pessoas começaram a se estabelecer em um lugar em vez de se mover constantemente. Isso foi possível graças ao desenvolvimento da agricultura e à domesticação dos animais.

Agora, imaginem só como esse estilo de vida sedentário mudou o jogo! Deu às pessoas a oportunidade de inventar e usar novas ferramentas no dia a dia. E, além disso, começaram a surgir as primeiras moradias construídas por meio da arquitetura. Dois tipos de casas que se destacaram foram os "nuragues" e os "dolmens".

E essas habilidades de construção não foram usadas apenas para fazer casas. As pessoas do Neolítico também construíram monumentos enormes, conhecidos como monumentos megalíticos, com grandes pedras. Vocês podem se perguntar por quê? Bem, esses monumentos poderiam ser usados para homenagear os antepassados, marcar o tempo ou se relacionar com a observação dos astros.

Imaginem só um dos monumentos megalíticos mais famosos do mundo: Stonehenge, na Inglaterra. Outro exemplo impressionante é o Cromeleque dos Almendres, em Portugal. Essas construções incríveis podem ser encontradas em várias partes do mundo, como Irlanda e Turquia.

Além de tudo isso, as pessoas do Neolítico continuaram fazendo pinturas rupestres, mas com estilos diferentes. Eles também começaram a criar outros tipos de arte, como cerâmicas e estatuetas de metal. Incrível, não é mesmo? As habilidades e inovações do período Neolítico realmente abriram o caminho para a sociedade que conhecemos hoje.

Ótimo, agora vamos avançar para a próxima fase, a Idade dos Metais! Nessa época, o homem aprendeu a usar materiais como cobre, bronze e, eventualmente, ferro, dando origem aos nomes das respectivas idades: a Idade do Cobre, a Idade do Bronze e a Idade do Ferro.

A descoberta desses novos materiais teve um impacto profundo na arte da época. Em vez de se limitarem à pedra, osso e madeira, os artistas agora tinham novos materiais para explorar. Imaginem só o quão emocionante deve ter sido!

Na Idade do Cobre, vemos as primeiras ferramentas e armas feitas desse material. Eles ainda eram bastante básicos, mas já eram uma grande melhoria em relação aos usados anteriormente. Os artistas começaram a experimentar o cobre, criando belos objetos ornamentais.

Em seguida, na Idade do Bronze, as técnicas de fundição de metal foram aprimoradas. As esculturas se tornaram mais detalhadas e os artesãos começaram a criar peças de joalheria realmente impressionantes. O bronze era fácil de moldar, então as possibilidades eram infinitas!

Finalmente, na Idade do Ferro, a arte e a tecnologia deram um salto gigantesco. A habilidade para moldar o ferro permitiu a criação de objetos ainda mais complexos e intrincados. As ferramentas e armas se tornaram mais eficazes, mas também vemos um aumento na produção de artefatos decorativos e cerimoniais.

Esses desenvolvimentos mudaram a cara da arte para sempre. Por isso, a arte da Idade dos Metais é tão fascinante para estudarmos. Mostra como a inovação e a criatividade podem florescer quando as pessoas têm acesso a novos materiais e tecnologias.

As pinturas e gravuras rupestres brasileiras estão espalhadas por todo o país, mas um dos lugares mais conhecidos é o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí. Ali, encontramos a maior concentração de arte rupestre do continente americano, e algumas dessas pinturas têm cerca de 25.000 anos!

As pinturas da Serra da Capivara mostram uma variedade de cenas, incluindo animais, pessoas, objetos e até mesmo cenas de caça e danças rituais. Muito do que sabemos sobre os povos que viviam aqui vem dessas pinturas.

Outro lugar importante é o Parque Nacional do Monte Roraima, no extremo norte do Brasil. Aqui, as gravuras rupestres estão distribuídas em várias camadas, indicando que o local foi habitado por muitos milênios.

É interessante destacar que a arte rupestre brasileira é diversa e rica, revelando nuances da vida cotidiana, crenças e rituais de nossos antigos povos. Estudar essa arte nos permite entender melhor como era a vida no Brasil pré-histórico, além de valorizar a cultura e história do nosso país.

Para finalizar, é importante mencionar que esses locais são patrimônios arqueológicos e devem ser preservados para as futuras gerações. Afinal, eles são nossas janelas para o passado e fontes inestimáveis de conhecimento sobre nossos antepassados.