Planejativo

Movimentos emancipacionistas

Povos indígenas do Brasil

Expansão marítima portuguesa

Início da colonização

Economia açucareira

Pecuária e Drogas do sertão

Invasões estrangeiras

Ocupação e expansão territorial

Economia mineradora

Revoltas nativistas

Processo de independência do Brasil

Primeiro Reinado

Período Regencial

Segundo Reinado

República da Espada

República Oligárquica

Era Vargas

República Liberal

Regime Militar

Redemocratização

Nova República

Período pré-colonial

Família Real portuguesa no Brasil

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

1. Movimentos Emancipacionistas Coloniais

Alguma das principais revoltas emancipacionistas! Fonte: 

Os movimentos emancipacionistas no Brasil foram um conjunto de revoltas, conspirações e insurreições ocorridas em várias regiões do país, principalmente no final do século XVIII e início do século XIX. Esses movimentos tinham como principal objetivo a independência do Brasil em relação a Portugal, buscando maior liberdade política, econômica e social. Vamos apresentar brevemente alguns dos principais movimentos e ao longo do estudo, mergulharemos mais profundamente em cada um deles.

Esses movimentos tiveram grande importância para a formação da consciência política do Brasil, semeando as ideias de independência que culminariam na emancipação do país em 1822. Agora, vamos explorar cada um desses movimentos com mais detalhes.

Bandeira da Inconfidência Mineira. A atual bandeira de Minas Gerais é baseado nela.

 A Inconfidência Mineira ocorreu no final do século XVIII, em 1789, no auge do período colonial brasileiro. Durante esse período, a economia de Minas Gerais era muito baseada na extração de ouro, e o governo português aplicava pesados impostos sobre essa atividade.

 A principal causa da Inconfidência Mineira foi a insatisfação com a pesada carga tributária imposta pela metrópole, especialmente a derrama, que era a cobrança de impostos atrasados. Além disso, existia um forte desejo entre a elite mineira de obter maior liberdade econômica e política.

 Dentre os principais envolvidos na Inconfidência Mineira, destaca-se Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes. Ele foi o líder do movimento e o mais ativamente envolvido na conspiração. Outros conspiradores importantes foram Tomás Antônio Gonzaga, poeta e autor de "Marília de Dirceu", e Cláudio Manuel da Costa, importante poeta do arcadismo brasileiro.

 Infelizmente, a conspiração foi descoberta antes que pudesse ser realizada, e os inconfidentes foram presos e julgados. Tiradentes, que assumiu toda a responsabilidade pelo movimento, foi condenado à morte e executado em 21 de abril de 1792. Seu corpo foi esquartejado e partes dele foram expostas em diferentes cidades para servir de exemplo. Os outros inconfidentes foram condenados ao exílio na África.

 A Inconfidência Mineira é considerada um dos primeiros movimentos de contestação à autoridade portuguesa no Brasil, plantando as sementes para a futura independência do país. Tiradentes, que foi esquecido por muitos anos, acabou sendo redescoberto no século XIX e se tornou um símbolo da luta pela independência, sendo proclamado patrono cívico do Brasil. O dia de sua execução, 21 de abril, é hoje um feriado nacional. Além disso, a Inconfidência inspirou outros movimentos separatistas e emancipacionistas pelo Brasil.

Em resumo, a Inconfidência Mineira é um marco na luta pela independência e na formação da identidade nacional brasileira.

 A Conjuração Carioca, também conhecida como Revolta do Rio de Janeiro, ocorreu em 1794, apenas cinco anos após a Inconfidência Mineira. O Brasil ainda era uma colônia de Portugal e o Rio de Janeiro estava se consolidando como centro político do Brasil, já que em 1763 tornou-se a sede do Vice-reino.

 A Conjuração Carioca foi um movimento formado principalmente por intelectuais e militares que buscavam a independência do Brasil e a instauração de uma república. Inspirados pelas ideias iluministas e pela Revolução Francesa, os conspiradores cariocas almejavam uma sociedade mais justa e igualitária.

 Entre os envolvidos, destaca-se o tenente-coronel de artilharia Luís da Silva Couto e o professor de geometria do Real Colégio Militar, José Álvares Maciel. Apesar da conspiração ter sido descoberta antes que pudesse se transformar em ação, a perseguição aos suspeitos não foi tão rígida quanto na Inconfidência Mineira, provavelmente pelo fato de que os conjurados eram predominantemente membros da elite carioca.

 Embora o movimento tenha sido descoberto e frustrado antes de qualquer ação concreta, a Conjuração Carioca ajudou a espalhar ideias republicanas e nacionalistas entre a população brasileira. Os envolvidos foram presos, mas as penas aplicadas foram basicamente a demissão do serviço público e o degredo.

 A Conjuração Carioca, embora menos conhecida que a Inconfidência Mineira ou a Conjuração Baiana, ainda desempenha um papel significativo na história do Brasil. O movimento é visto como um dos primeiros passos na busca pela independência brasileira, contribuindo para o crescimento do sentimento nacionalista. Além disso, a Conjuração Carioca introduziu o ideal republicano no país, que eventualmente viria a ser adotado após a proclamação da República em 1889.

Em suma, a Conjuração Carioca é um evento histórico importante que reflete a crescente insatisfação dos brasileiros com o domínio colonial português e seu desejo de independência e liberdade.

Líderes executados da Revolta dos Alfaiates.

 A Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, ocorreu em 1798 na então capital do Brasil, Salvador. Este evento se desenrolou em um momento em que as ideias iluministas e os ideais de liberdade e igualdade ganhavam força no mundo, especialmente após a Revolução Francesa.

 Inspirados pelos princípios iluministas e o exemplo da Revolução Francesa, os revoltosos buscavam a emancipação política do Brasil, a implantação de uma república, a abolição da escravidão e a garantia de direitos iguais para todos os cidadãos, independentemente de raça ou classe social. Este movimento se destacou por ter uma participação popular muito mais expressiva do que os movimentos separatistas anteriores.

 Entre os principais líderes do movimento estavam os alfaiates João de Deus Nascimento e Manuel Faustino dos Santos Lira, o soldado Lucas Dantas de Amorim Torres e o professor de latim Luís Gonzaga das Virgens. Este movimento ficou conhecido como Revolta dos Alfaiates por conta da profissão de alguns de seus líderes.

 A revolta foi reprimida pelas autoridades coloniais portuguesas, que agiram com muita brutalidade. Os líderes do movimento foram presos e quatro deles, incluindo João de Deus Nascimento e Manuel Faustino dos Santos Lira, foram enforcados e seus corpos, esquartejados.

 A Conjuração Baiana teve grande relevância por ser um dos primeiros movimentos de caráter popular que pregava a independência e a república, além da igualdade de direitos e da abolição da escravidão. Apesar de ter sido brutalmente reprimida, a revolta deixou marcas profundas e pavimentou o caminho para as futuras lutas pela independência do Brasil.

Em resumo, a Conjuração Baiana é um capítulo crucial da história do Brasil que demonstra a crescente conscientização e resistência à opressão colonial. Ela destaca a importância do envolvimento popular na luta pela liberdade e pela igualdade, temas ainda muito relevantes para a sociedade brasileira atual.

 A Conspiração dos Suassunas aconteceu em 1801, em Olinda e Recife, na capitania de Pernambuco. Esta revolta ocorreu no final do período colonial brasileiro, uma época marcada por diversas revoltas separatistas influenciadas pelo iluminismo e pelos movimentos revolucionários da Europa e dos Estados Unidos.

 O levante foi motivado pela rivalidade entre as famílias Bernardo Vieira de Melo e Suassuna, que disputavam o controle político da região. A família Suassuna, juntamente com outros membros influentes da sociedade pernambucana, planejaram uma revolta para tomar o poder. Outras questões, como a desigualdade social, a alta carga tributária e a influência das ideias iluministas, também contribuíram para o descontentamento popular.

 Os líderes da conspiração foram membros da família Suassuna, principalmente André de Padua Pessoa e José de Barros Lima, conhecido como "Leão Coroado". Eles contaram com o apoio de outras famílias importantes, além de padres, professores, militares e comerciantes.

 A conspiração foi descoberta antes que pudesse se tornar uma revolta aberta. Os conspiradores foram presos e processados. José de Barros Lima, o "Leão Coroado", foi condenado à morte, enquanto outros receberam penas de prisão ou banimento.

 A Conspiração dos Suassunas é um exemplo do clima de descontentamento e agitação social que existia no Brasil no final do período colonial. Apesar de ter sido uma conspiração elitista, envolvendo principalmente famílias ricas e poderosas, ela reflete as tensões sociais, econômicas e políticas da época. Embora não tenha sido bem-sucedida, a conspiração evidencia o crescimento do desejo de independência e das lutas pelo poder local no período que antecedeu a independência do Brasil.

Em resumo, a Conspiração dos Suassunas é uma parte importante da história brasileira, que nos ajuda a entender as complexas dinâmicas de poder e a crescente insatisfação com o domínio colonial que caracterizaram a época.

A bandeira atual de Pernambuco é um legado da Revolução Pernambucana.

A Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolução dos Padres, é um marco histórico fundamental no contexto brasileiro. Vamos mergulhar nos detalhes:

 A Revolução Pernambucana ocorreu em 1817, na então Capitania de Pernambuco. Durante esse período, o Brasil ainda era uma colônia de Portugal, governada pelo Príncipe Regente D. João, que havia transferido a corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808.

 A insatisfação com a alta carga tributária imposta pela Coroa Portuguesa, a má administração das capitanias, a influência dos ideais iluministas e a inspiração das revoluções liberais na América e na Europa foram fatores determinantes para o levante. Ademais, a elite local estava descontente com a concentração do poder político no Rio de Janeiro.

 Entre os líderes da Revolução Pernambucana, encontramos Domingos José Martins, Frei Caneca, José de Barros Lima (o Leão Coroado) e Gervásio Pires. Também merece destaque a participação de mulheres como Maria Teodora da Costa, Joana Maria de Jesus e Anna Clara de Jesus, que apoiaram a revolta de diversas maneiras.

 Após a declaração de independência de Pernambuco, a revolta conseguiu manter a região livre do domínio português por cerca de 75 dias. No entanto, o movimento foi reprimido pelas forças do governo central. Como consequência, vários líderes foram executados e muitos outros foram presos ou exilados.

 A Revolução Pernambucana é considerada um dos movimentos mais relevantes do período colonial brasileiro, por seu caráter republicano e pela tentativa de instaurar um governo baseado na divisão de poderes e na constituição escrita. Além disso, foi a primeira vez que uma região brasileira declarou independência de Portugal. Embora não tenha sido bem-sucedida, a revolução é lembrada por seu caráter emancipador e inspirou futuras lutas pela independência em todo o Brasil.

Portanto, ao estudar a Revolução Pernambucana, podemos compreender mais claramente o cenário de agitação e luta por autonomia que antecedeu a independência do Brasil, marcando um importante passo na história da nossa nação.