Planejativo

Polialelia e Genes letais

Água e Sais Minerais

Carboidratos

Lipídios e Colesterol

Aminoácidos e Proteínas

Enzimas e Anticorpos

Vitaminas

Ácidos nucleicos

Introdução à citologia e Modelos celulares

Membrana plasmática: Classificação e Fisiologia

Fotossíntese e Quimiossíntese

Respiração celular

Fermentação

Núcleo celular

Ciclo celular e Etapas da divisão celular

Mitose

Meiose

Gametogênese

Mutações e Anomalias cromossômicas

Visão geral de Genética e Código genético

Primeira lei de Mendel e Heredogramas

Segunda lei de Mendel

Interação Gênica

Tipos sanguíneos, Sistema ABO e Fator RH

Herança sexual

Linkage e mapeamento de genes

Engenharia genética, genoma e biotecnologia

Introdução à Biologia e Método Científico

Citoplasma: Retículo endoplasmático e Complexo de Golgi

Citoplasma: Lisossomos, Peroxissomos, Centríolos e Mitocôndrias

Citoplasma: Plastos, Cloroplastos e Vacúolo

Membrana plasmática: Transporte passivo e transporte ativo

Citoplasma: Visão geral, Citoesqueleto e Ribossomos

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

Ao analisar as características das ervilhas estudadas por Mendel, foi observado que apenas dois alelos estavam presentes para uma determinada característica. Embora muitos caracteres da natureza sejam limitados a dois alelos, é comum que genes tenham mais de duas formas alélicas, o que é conhecido como polialelia ou alelos múltiplos.

a) O que são alelos múltiplos ou polialelia?

Os casos de alelos múltiplos, fenômeno também chamado de poliaelia, são frequentes tanto em animais como em vegetais. Fonte: 

Alelos múltiplos ou polialelia são um tipo de herança genética que ocorre quando um gene tem mais de duas formas alélicas diferentes em uma população. Em outras palavras, existem mais de duas variantes diferentes do mesmo gene em uma população.

Cada indivíduo pode ter apenas duas dessas variantes (alelos) de um gene específico, uma herdada do pai e outra da mãe. No entanto, em uma população, pode haver muitas variações diferentes do gene, resultando em várias combinações possíveis de alelos em cada indivíduo.

Um exemplo comum de alelos múltiplos é o grupo sanguíneo humano. Existem três alelos diferentes que determinam o tipo sanguíneo: A, B e O. Um indivíduo pode ter dois alelos A, dois alelos B, um alelo A e um alelo B, um alelo A e um alelo O, ou um alelo B e um alelo O.

As consequências da polialelia podem variar, dependendo do gene envolvido e dos alelos presentes. Em alguns casos, o efeito de um alelo pode ser dominante em relação aos outros, enquanto em outros casos, os efeitos de diferentes alelos podem se combinar ou se expressar de forma incompleta, resultando em uma grande variação fenotípica dentro da população.

O exemplo mais conhecido de polialelia é encontrado nos diferentes grupos sanguíneos presentes em nossa espécie. Como é amplamente conhecido, existem indivíduos com sangue A, sangue B, sangue AB e sangue O.

Os tipos sanguíneos são determinados por três alelos diferentes para um único gene: I

 é responsável pela presença do antígeno A nas hemácias; o alelo I

 é responsável pela presença do antígeno B, e o alelo i é responsável pela ausência desses antígenos. Os alelos I

 apresentam dominância sobre o alelo i, mas entre I

A presença dos três alelos nos grupos sanguíneos permite a existência de seis genótipos diferentes, que explicam os quatro fenótipos encontrados na população.

Genótipos e fenótipos dos grupos sanguíneos:

Os coelhos também são um exemplo comum de polialelia, já que diferentes genótipos determinam a cor do pelo. Em coelhos, é possível observar quatro cores distintas de pelo: aguti, chinchila, himalaia e albino.

O coelho aguti ou selvagem tem a pelagem marrom ou cinza escuro. O chinchila, por sua vez, apresenta pelo cinza prateado. Já o himalaia apresenta pelos brancos com algumas regiões escuras, como patas e focinho. Por fim, o albino apresenta uma pelagem completamente branca.

Toda essa diferente cor de pelagem é determinada por quatro alelos diferentes: C, c

. Nesse caso, existe a seguinte relação de dominância: Aguti (C) exerce dominância sobre chinchila, himalaia e albino; chinchila (c

) exerce dominância sobre himalaia e albino; himalaia (c

) exerce dominância sobre albino; albino ( c

) é recessivo, ou seja, só se expressa aos pares. Sendo assim, os genótipos para os diferentes tipos de coelho são:

Existem alelos que, ao serem expressos em um indivíduo, podem levar à morte desse indivíduo, sendo, portanto, denominados alelos letais. Esses alelos podem ser completos, quando causam a morte antes da idade reprodutiva, ou semiletais, quando o indivíduo portador sobrevive além da idade reprodutiva.

Os alelos letais, assim como muitas outras descobertas importantes nas ciências, foram identificados de forma acidental. Em 1904, o geneticista Lucien Cuenot estava estudando a cor da pelagem em camundongos e percebeu que não era possível obter uma linhagem pura com fenótipo amarelo.

Para investigar a razão por trás desse resultado, ele realizou alguns cruzamentos-teste entre indivíduos amarelos e descobriu que a proporção de camundongos amarelos para cinza era sempre de 2:1. Cuenot percebeu que indivíduos homozigóticos para a pelagem amarela não se desenvolviam, sugerindo que o alelo era letal. Como resultado, todos os camundongos amarelos eram heterozigotos para o alelo letal.

Para confirmar sua hipótese, Cuenot realizou cruzamentos entre camundongos amarelos e cinzas e obteve uma proporção de metade de descendentes amarelos e metade cinzas, o que confirmou sua teoria sobre a presença do alelo letal.

Existem diversos exemplos de alelos que, em homozigose, causam a morte do indivíduo, incluindo na espécie humana. A doença de Tay-Sachs é um desses exemplos, sendo uma doença neurodegenerativa que causa degeneração física e mental intensa e leva à morte do indivíduo antes dos cinco anos de idade.

Outro exemplo é a acondroplasia, uma condição causada por um alelo letal dominante. Se esse alelo estiver presente em homozigose, o embrião morrerá antes do nascimento. No entanto, se o alelo estiver presente em dose simples, a pessoa afetada apresentará nanismo.

A fibrose cística é outra doença causada por um gene autossômico recessivo. Esse gene afeta as glândulas exócrinas, levando a problemas na produção de secreções, que se tornam espessas e em maior quantidade, afetando o desenvolvimento de órgãos como os pulmões.

Além dos exemplos em humanos, existem casos de genes letais em outras espécies, como em plantas. No milho, por exemplo, podem nascer plantas homozigóticas recessivas que são completamente desprovidas de clorofila. Sem esse pigmento, as plantas não conseguem realizar fotossíntese e acabam morrendo.