Planejativo

Fecundação, segmentação ou clivagem

Gastrulação, Neurulação e Organogênese

Anexos embrionários

Tecido epitelial

Tecido conjuntivo propriamente dito

Visão geral da fisiologia

Sistema respiratório

Sistema cardiovascular

Sistemas linfático e imunológico

Sistema excretor

Sistema endócrino

Sistema nervoso

Sistema sensorial

Sistema reprodutor

Vírus, Príons e Viroses

Reino Monera e Bacterioses

Algas

Reino Fungi e Micoses

Tecido cartilaginoso

Tecido ósseo

Tecido sanguíneo

Tecido muscular

Tecido nervoso

Classificação Biológica

Protozoários e Protozooses

Embriologia humana

Ciclo menstrual

Métodos contraceptivos

Sistema digestório

Tecido adiposo

Tecido hematopoiético

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em conta ao estudarmos são:

1. Conceitos Iniciais em Embriologia & Fecundação

Um breve mapa mental com alguns exemplos de conceitos que veremos ao longo do estudo de Embriologia! Fonte: 

Hoje vamos começar a explorar um ramo fascinante da biologia conhecido como Embriologia. Já ouviram falar disso antes? Se não, não tem problema. Vamos entender juntos!

A embriologia é o estudo do desenvolvimento dos organismos, desde o momento da fertilização até a sua forma adulta. Em outras palavras, é a ciência que examina como uma única célula, o zigoto, se transforma em um organismo completo e complexo, seja ele uma galinha, uma girafa ou mesmo um ser humano!

E por que essa disciplina é importante? Bom, ela é essencial para entendermos os processos que ocorrem durante a formação de um organismo, as etapas que levam ao desenvolvimento dos órgãos, tecidos e estruturas que nos tornam quem somos. Além disso, é um campo de estudo fundamental para áreas como a medicina, a genética e a biotecnologia.

Agora que já temos uma visão geral sobre a embriologia, vamos mergulhar um pouco mais fundo. Vamos começar nosso estudo pelo início do processo de desenvolvimento: os tipos de ovos e a segmentação.

Os ovos, ou óvulos, são células reprodutivas femininas que possuem diferentes classificações baseadas em sua quantidade de vitelo (a substância que alimenta o embrião em desenvolvimento). Eles podem ser oligolécitos, heterolécitos, telolécitos ou centrolécitos, cada um com características distintas que impactam a maneira como o embrião se desenvolve.

Após a fertilização, o ovo se transforma em um zigoto, que começa o processo de segmentação, dividindo-se em múltiplas células. Esse é o início do incrível processo de desenvolvimento embrionário.

Então, estão prontos para embarcar nesta jornada fascinante através da embriologia? Vamos aprender juntos sobre os incríveis processos que nos fazem quem somos!

b) Etapas do Desenvolvimento Embrionário

O desenvolvimento embrionário nos animais origina de uma só célula (o zigoto) até dar origem no animal desenvolvido. Fonte: 

O desenvolvimento embrionário é um processo complexo que passa por várias etapas fascinantes. Vamos falar um pouco sobre cada uma delas:

Essas etapas são como uma dança complexa de movimentos e mudanças, todas coordenadas para criar um novo organismo. E é isso que a embriologia estuda - essa incrível jornada do zigoto ao organismo completo!

A fecundação ou fertilização, de fato, é um processo que ocorre na reprodução sexual, que é comum, mas não exclusiva, em muitos organismos, como animais, plantas e alguns tipos de fungos. No entanto, é importante entender que a reprodução sexual não é o único método de reprodução que existe na natureza. Existem diversas formas de reprodução, e vamos falar um pouco sobre cada uma delas.

Uma Hidra, ou parte do grupo dos Cnidários, é um animal capaz de realizar brotamento. Fonte: 

: Este tipo de reprodução não envolve a combinação de material genético de dois pais diferentes. Em vez disso, um único organismo cria um descendente idêntico ou quase idêntico a si mesmo. Isso pode ocorrer de várias maneiras, incluindo brotamento (como em muitos tipos de leveduras), divisão binária (comum em bactérias), esporulação (em alguns fungos e plantas), e até mesmo regeneração, onde um novo organismo cresce a partir de uma parte de outro (como em estrelas-do-mar).

Nas abelhas, um ovo não fecundado dá origem aos zangões, um macho fértil haploide, por meio da partenogênese. Fonte: 

: Este é um tipo interessante de reprodução, onde um óvulo não fertilizado se desenvolve em um novo indivíduo. Isso é comum em alguns insetos, répteis, anfíbios e até mesmo aves.

Nas plantas, a parte das plantas com gema, isto é, a parte da planta que pode vir a crescer, pode ser retirada manualmente e colocada no solo para dar origem a uma nova planta. Fonte: 

, 2021, Organizadores e Cultivos da Rosa do Deserto, fig. 3

: Nas plantas, muitas vezes vemos a reprodução vegetativa, onde novas plantas crescem a partir de partes de uma planta mãe, como estolões, rizomas, tubérculos ou mesmo folhas.

Cada um desses métodos de reprodução tem suas próprias vantagens e desvantagens, dependendo do ambiente e da situação do organismo. A natureza, como sempre, encontra maneiras incríveis de se adaptar e sobreviver!

Excelente, vamos agora explorar o maravilhoso processo de fertilização ou fecundação. A fertilização é um processo crucial na reprodução sexual que ocorre quando um espermatozoide, proveniente do pai, encontra e se funde com um óvulo, proveniente da mãe. O resultado dessa união é uma célula única chamada de zigoto, que contém o material genético combinado de ambos os pais.

: Tudo começa com o encontro do espermatozoide e do óvulo. No caso dos humanos, esse evento normalmente acontece na trompa de Falópio da mulher após a relação sexual. Milhões de espermatozoides são liberados, mas apenas um será bem-sucedido em fertilizar o óvulo.

: A corona radiata é uma camada de células que envolve o óvulo. Os espermatozoides precisam passar por essa barreira antes de chegar ao óvulo.

: Esta é a camada que envolve diretamente o óvulo. Os espermatozoides usam enzimas localizadas na cabeça (na parte chamada acrossomo) para penetrar nessa camada resistente.

: Uma vez que o espermatozoide penetrou na zona pelúcida, as membranas celulares do espermatozoide e do óvulo se fundem. O material genético do espermatozoide então entra no óvulo.

: A fusão dos núcleos do espermatozoide e do óvulo resulta em uma única célula chamada zigoto. O zigoto contém o material genético de ambos os pais. Isso é chamado de fertilização.

: Depois que um espermatozoide fertilizou com sucesso o óvulo, mecanismos são acionados para evitar que outros espermatozoides façam o mesmo, processo conhecido como bloqueio à polispermia. Isso é importante porque a fertilização por mais de um espermatozoide resultaria em uma célula com muitos cromossomos, o que não é viável.

O zigoto então começará a se dividir e crescer, dando origem a todas as células que formarão o organismo. Isso marca o início do desenvolvimento embrionário, que é um processo igualmente fascinante e complexo, levando à formação de um novo ser.

Ótimo, agora vamos discutir os diferentes tipos de fecundação, os quais variam entre as espécies no reino animal. Cada um desses tipos tem suas próprias vantagens e adaptações específicas ao meio ambiente e modo de vida do organismo.

: Este é o método de fecundação comumente encontrado em mamíferos, incluindo os seres humanos. Nesse caso, o espermatozoide (gameta masculino) se une ao óvulo (gameta feminino) dentro do trato reprodutivo da fêmea. Este método tem a vantagem de proteger os óvulos e o zigoto (célula resultante da fecundação) do ambiente externo, aumentando assim a chance de sobrevivência.

: Este método é comum em muitos animais aquáticos e anfíbios, como os sapos. O macho e a fêmea liberam seus gametas diretamente no ambiente, onde a fertilização ocorre. Embora essa estratégia possa ser menos protegida e suscetível a predadores e às condições ambientais, ela permite que um grande número de ovos seja fertilizado de uma só vez, o que aumenta a diversidade genética.

Fecundação cruzada x autofecundação. Fonte: 

: Nesse tipo de fecundação, os gametas que se unem são originados de indivíduos diferentes. Essa é a forma mais comum de fecundação sexual e é observada na maioria dos animais sexuados, incluindo os cordados (um grupo que inclui os vertebrados). Este tipo de fecundação gera diversidade genética, que é importante para a saúde e sobrevivência da população.

: A autofecundação ocorre quando um único organismo produz tanto gametas masculinos quanto femininos que se unem para formar o zigoto. Isso é comum em algumas espécies de vermes, como as tênias, e alguns tipos de plantas. Embora isso limite a diversidade genética, é uma estratégia eficaz para organismos que vivem em ambientes isolados ou que têm dificuldade em encontrar parceiros.

Esses diferentes métodos de fecundação mostram a incrível diversidade de estratégias reprodutivas no reino animal. Cada um tem suas próprias vantagens e desvantagens, permitindo que os organismos se adaptem a uma variedade de ambientes e condições de vida.

Em embriologia, o termo "ovo" se refere a um óvulo fertilizado - a célula inicial que dará origem a um novo organismo. Este ovo não deve ser confundido com os ovos que vemos na culinária, que são os ovos não fertilizados das aves. Vamos falar um pouco mais sobre a estrutura do ovo e os termos relacionados.

Agora, é importante entender que existem diferentes tipos de ovos no reino animal, cada um com suas próprias características específicas, dependendo da espécie. Essas diferenças geralmente estão relacionadas à quantidade e distribuição de vitelo no ovo, o que influencia diretamente o desenvolvimento do embrião. Por isso, na tabela abaixo, há os princípais tipos de ovos no reino animal.

Vamos agora para a etapa de segmentação ou clivagem do desenvolvimento embrionário. Isso acontece logo após o processo de fecundação e é essencialmente caracterizado por uma série de rápidas divisões celulares.

Pensem em uma célula de ovo recém-fertilizada. Após a fecundação, esta única célula começa a se dividir muitas vezes, uma após a outra, numa série de divisões mitóticas. Este processo é fortemente influenciado pela quantidade e distribuição de vitelo (o alimento armazenado) no ovo. Quanto menor a quantidade de vitelo, mais rápido tende a ser o processo de segmentação.

A segmentação pode ser de dois tipos principais, dependendo de como ocorre a divisão:

: Aqui, a divisão ocorre em todo o ovo, isto é, a clivagem engloba todo o ovo. É mais comum em ovos com pouca quantidade de vitelo.

: Nesse caso, apenas parte do ovo se divide. Esta situação é típica de ovos com grande quantidade de vitelo.

A fase de segmentação tem dois estágios notáveis que podemos observar: a mórula e a blástula.

Inicialmente, após as primeiras divisões, o ovo transforma-se em uma estrutura compacta de 12 a 32 células, semelhante a uma amora, daí o nome "mórula". Cada célula dessa mórula é chamada de blastômero.

Agora, um ponto interessante sobre essa etapa é que, apesar do rápido aumento no número de células, o tamanho total da mórula permanece quase o mesmo que o do ovo original. Isso ocorre porque as divisões celulares acontecem tão rapidamente que as células não têm tempo para crescer entre as divisões. Portanto, cada novo blastômero é menor que o anterior, e assim o tamanho total da mórula não aumenta significativamente, mesmo que o número de células aumente.

Assim, essa fase de segmentação ou clivagem é uma etapa crucial, pois a partir daqui o embrião começa a tomar forma, com as células começando a se diferenciar em diferentes tecidos e órgãos.

Ótimo, agora vamos avançar na jornada de desenvolvimento embrionário e discutir o que acontece após o estágio da mórula.

Conforme a mórula continua a se dividir, uma importante reorganização das células começa a ocorrer. As células começam a se mover para a periferia, deixando um espaço vazio no centro. Esse espaço começa a se encher com um líquido secretado pelas próprias células. A esta cavidade cheia de líquido damos o nome de blastocele.

O conjunto de células que delimita esta cavidade é chamado de blastoderme. Neste ponto, o embrião em desenvolvimento deixa de ser chamado de mórula e passa a ser chamado de blástula. Pensem nisso como a transição de um aglomerado de células para uma estrutura mais organizada e com um espaço interno.

Essa blastocele é bem desenvolvida em certos tipos de ovos, como os isolécitos e heterolécitos. Já nos ovos telolécitos, não conseguimos identificar uma blastocele verdadeira. Em vez disso, a cavidade é chamada de subgerminal, e a blástula é referida como discoblástula.

Agora, em termos de tempo, o estágio de segmentação dura aproximadamente 5 a 6 dias em humanos. A formação da mórula ocorre dentro das tubas uterinas, enquanto a blástula é formada já na cavidade do útero. Então, basicamente, essa fase de transição de mórula para blástula representa a primeira semana do desenvolvimento embrionário em seres humanos. É um período incrivelmente importante e complexo, que abre caminho para as etapas seguintes de desenvolvimento e diferenciação.

Abaixo, há um esquema-resumo em como as formas de clivagem se diferenciam a partir dos grupos de animais existentes e seus tipos de ovos: