Planejativo

O hábito de escarrar demonstra que, desde a Idade Média, o
 comportamento mudou em uma direção a qual chamamos
 atualmente de “regresso”.


Quando os europeus viajam pelo Oriente ou pela África, julgam
 os atos de assoar e escarrar associados à falta de limpeza e de
 civilização, o que eles já possuíam desde a Idade Média.


As sociedades europeias e civilizadas do século XX passaram
 a considerar o ato de escarrar uma ação a ser repugnada por
 se relacionar a magia, deuses, espíritos ou demônios.


A compreensão racional das origens de certas doenças, do
 perigo do esputo como transmissor não é a causa primária do
 medo e da repugnância, nem a mola propulsora da civilização,
 mas a preocupação com os comportamentos refinados.


O processo civilizatório do Ocidente gerou uma cultura segundo
 a qual o que é prejudicial à saúde desperta necessariamente
 sentimentos de desagrado e vergonha, sendo a recíproca
 verdadeira.

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